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“Qual é o medo de um pai que abandona seu filho nas mãos dos soldados de um país alheio”. O bebê do aeroporto de Cabul

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27 Agosto 2021

 

“Quando aquele bebê poderá retornar a Cabul? É fácil ficarmos com a impressão de que existe uma geração inteira suspensa no ar, entre um mundo em risco e aquele cujo bem-estar é difícil de sustentar. Não podemos abandonar essa criança, não podemos abandonar os milhões de afegãos que querem viver em paz e liberdade. Mais do que nunca é urgente que estejamos ao lado dessa criança, que fortaleçamos com o nosso tempo, atenção e empenho a ponte que o seu débil corpo vai se tornar. Não vamos largar a mão do Afeganistão, não vamos esquecer. Agora que ninguém poderá ser afegão em liberdade, todos nós temos que fazer algo afegão para proteger e transmitir o melhor desse povo martirizado. O Bebê no Aeroporto de Cabul não é apenas um sinal de um mundo que está morrendo, mas o que temos diante de nós nessa foto é o nascimento de um mundo que quer renascer fraternalmente, todos irmãos e irmãs”, escreve Fernando Vidal, diretor do Centro de Impacto Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Comillas, em artigo publicado por Religión Digital, 25-08-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 


Um bebê sendo entregue a um soldado estadunidense no aeroporto de Cabul. Foto: Reprodução Religión Digital

 

Essa criança que vemos sendo puxado por mãos não é apenas um menino, mas é o mundo de amanhã. Em seu pranto ressoa o grito do mundo, que se desgarra ante a tragédia do Afeganistão e tantas outras nas quais se vai a vida de todos nós.

La humanidad sentía que avanzaba hacia el progreso y uno de los signos era la disminución de dictaduras. Hace tres décadas que eso dejó de ser así y hoy, el 43% de la humanidad está bajo gobiernos autoritarios. La derrota de Afganistán debe impulsar un nuevo enfoque global. pic.twitter.com/x2NkgyRfar

— @fervidal31 (@fervidal31) August 24, 2021

A foto é impressionante por sua simetria. Sob um muro, há caos e terror. Sobre ele, um céu nublado envolve a resignação, a impotência e a estupefação. Os braços de um pais e uma mãe alçam o bebê aos céus. É muito pequeno, seu corpo se curva, ainda não tem força nem para se sustentar por si mesmo. Esse jogo de braços também é simétrico ao braço que o recebe e o segura no ar. O bebê já está em um país seguro, mas parece que esta brutal reconquista do Talibã que deixa sua sombra sobre todo o país deixou a foto quieta para sempre, com o bebê suspenso entre dois mundos. Essas duas partes da foto não estão quietas, nem unidas, mas sim se separando cada vez mais, distanciando-se. Os de baixo são navios que se afundam no talibanismo, sem que possamos salva a imensa maioria de náufragos.

O bebê não se solta, não apenas as duas mãos, mas é seu corpo, sua identidade, sua interioridade que se alarga unindo os dois mundos, seu corpo suportará as distâncias que depois da burca coletiva se tornam infinitas.

É difícil para a Europa ver o quanto está em jogo nessa perda. A Operação Liberdade Duradoura tem um nome que neste ano de 2021 se tornou um sarcasmo. A retirada para o oeste não apenas deixa uma grande área nas mãos do jihadismo, mas uma imensa fonte de financiamento para o tráfico de ópio e cristais que em breve encherá mais nossas ruas.

É possível que este bebê, um refugiado que sofrerá os processos de exclusão dos imigrantes no Ocidente, que terá uma identidade confusa, em um exílio eterno, seja vítima em quinze ou vinte anos da droga que seu país exporta massivamente a Europa ou América do Norte? Se ele não, provavelmente muitos como ele sim.

La vulnerabilidad nos pone límites, pero también es bella y una sociedad que la tenga muy presente es más prudente, humilde, amable, sensible y sostenible. El fracaso histórico en Afganistán nos tiene que hacer mirar la civilización de otro modo, desde donde están mirando ellos. pic.twitter.com/zSrRan7M9Z

— @fervidal31 (@fervidal31) August 24, 2021

Até recentemente, as crianças nasciam com pão debaixo do braço, vinham para um mundo que seria melhor que o de seus pais. Eles teriam melhor educação, melhores empregos, melhor saúde, mais democracia. No entanto, já faz mais de uma década que os jovens perceberam que viverão pior do que seus pais, que a mobilidade intergeracional é decrescente para a maioria popular. Até o início do século XXI, tínhamos a convicção de que nosso mundo estava melhorando gradativamente, que a linha do progresso continuava sua ascensão lenta. No entanto, como o Papa Francisco aponta na encíclica Fratelli Tutti, a evolução do progresso foi interrompida. O menino do aeroporto de Cabul é o ser mais incerto do mundo. Qual é o medo de um pai que abandona seu filho nas mãos dos soldados de um país alheio?

Quando aquele bebê poderá retornar a Cabul? É fácil ficarmos com a impressão de que existe uma geração inteira suspensa no ar, entre um mundo em risco e aquele cujo bem-estar é difícil de sustentar.

Não podemos abandonar essa criança, não podemos abandonar os milhões de afegãos que querem viver em paz e liberdade. Mais do que nunca é urgente que estejamos ao lado dessa criança, que fortaleçamos com o nosso tempo, atenção e empenho a ponte que o seu débil corpo vai se tornar. Não vamos largar a mão do Afeganistão, não vamos esquecer. Agora que ninguém poderá ser afegão em liberdade, todos nós temos que fazer algo afegão para proteger e transmitir o melhor desse povo martirizado. O Bebê no Aeroporto de Cabul não é apenas um sinal de um mundo que está morrendo, mas o que temos diante de nós nessa foto é o nascimento de um mundo que quer renascer fraternalmente, todos irmãos e irmãs.

 

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