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“Chegamos a uma era da incerteza”. Entrevista com Pablo Servigne

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17 Mai 2021

 

A luta contra a mudança climática foi se enraizando cada vez mais forte nas sociedades ocidentais. Mesmo assim, ainda resta muito a conscientizar sobre esta problemática global. Neste sentido, o engenheiro agrônomo e doutor em Biologia, Pablo Servigne, apresenta de forma muito documentada (com base em estudos), em “Colapsología” (Arpa) – é coautor –, a possibilidade de que o mundo entre em colapso, tanto em termos climáticos como econômicos e sociais. Servigne oferece dados, especifica diferentes cenários e busca despertar consciências para provocar uma mudança de rumo global.

A entrevista é de Javier Gallego, publicada por La Razón, 09-05-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Que data apresenta para o colapso, levando em conta as atuais circunstâncias?

É difícil datar o futuro porque a ciência não pode ter certezas, mas com todos os dados, a ciência pode afinar sua intuição. Há 40 anos, os cientistas dizem que há 85% de chances de que exista um aquecimento global pela atividade humana.

E o que fazemos com esta incerteza? Traçamos cenários: a colapsologia é o estudo do desmantelamento que ocorreu e que pode ocorrer. Nós temos que imaginar que estes cenários podem se dar.

Que panorama vislumbra daqui a uma década, se tudo continuar assim?

Minha impressão é que, de agora até 2030, haverá muitos desastres e, claramente, o mundo não se parecerá ao de agora. Haverá pontos de inflexão, antes de 2030.

Quais tipos de pontos de inflexão?

Desastres climáticos, como secas, inundações, ciclones. Também um desmantelamento da biodiversidade. Todos estes desastres ecológicos provocam, depois, desastres humanos e políticos e, em consequência, acontecem as guerras, as doenças e a fome.

Quando você olha para os números sobre os refugiados climáticos, há estudos que preveem que daqui até 2050 haverá 250 milhões de refugiados. Um mundo catastrófico se aproxima.

A situação que você traça é muito pessimista. Afirma que nem mesmo fazendo uma paralisação total da produção é possível voltar às condições prévias ao início do aquecimento global. Por quê?

Agora, em termos climáticos, estamos em uma trajetória irreversível, não há mais retorno. Há 23 milhões de anos não temos a taxa atual de CO2 na atmosfera. De fato, a humanidade nunca conheceu esta situação e não podemos parar a trajetória. Chegamos a uma era da incerteza.

A ideia da colapsologia é a de imaginar que não há retorno ao anterior, de que não é uma crise que possamos solucionar. É um estado ao qual será preciso se habituar e caminhamos para um século de tormenta.

Em uma etapa da história da humanidade cheia de avanços técnicos incomparáveis, considera inviável uma saída para estas circunstâncias?

Há países que estão entrando em colapso, culturas e povos que já estão em situação catastrófica. Podemos minimizar os riscos e os efeitos da crise, mas será difícil evitar o colapso porque, caso queiramos preservar a biosfera, devemos parar nossa economia industrial que destrói o planeta e isto significa fazer nossa economia industrial entrar em colapso. Seria dar um tiro no próprio pé.

Se queremos preservar nossa economia industrial, com o crescimento e o extrativismo, devemos destruir mais o planeta e isto desmantelará ainda mais os ecossistemas. Podemos escolher entre o colapso ou o colapso. Existe um meio-termo que seria impedir que nossa civilização destrua o planeta e os ecossistemas, antes de ultrapassar os limites.

Que países considera que já entraram em colapso?

Por exemplo, a Síria. Houve quatro anos de seca histórica, entre 2006 e 2010, e um milhão de refugiados (de camponeses). Havia precondições para o colapso e a faísca e o gatilho foi um regime autoritário que provocou uma guerra, em 2011. Em poucos anos, o país entrou em colapso.

Em todos os colapsos há precondições e faíscas. Por exemplo, aqui, na Europa, as precondições foram a destruição e o desmantelamento dos serviços públicos de saúde e a faísca foi a Covid.

A Covid mata, mas, sobretudo, o que matou foi a destruição dos serviços de saúde. Nos países onde há bons serviços de saúde, a faísca do vírus não matou tanto. Um colapso é o encontro entre precondições e faísca, que há muitas (pode ser climática, energética ou do mercado de valores).

Uma das chaves que vocês destacam é que estamos condenados a ficar sem energia pela escassez de petróleo e pela escassez de recursos para gerar energias renováveis. Acreditam que será assim?

Há um problema daqui a cinco ou dez anos em termos de abastecimento e o petróleo não pode ser substituído pelas energias renováveis, não há potência suficiente. As energias renováveis precisam de energia para ser construídas e de materiais e minerais, mas não temos. Também não há vontade e dinheiro.

As consequências da mudança climática e da escassez de recursos são múltiplas. Entre elas, surgem os conflitos geopolíticos. Você acredita que é possível estourar uma nova guerra mundial?

Claro, é um dos cenários. Agora, há uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Tudo pode degenerar em guerra, doença e fome.

Você fala da complexificação do mundo para se referir à interdependência mundial. A globalização é uma oportunidade ou é uma ameaça? Considera que é necessário um recuo para, por exemplo, um modelo mais autárquico?

Para se proteger de catástrofes locais, como uma seca, é preciso construir resiliência global. Para se proteger dos desastres sistêmicos ou globais, você tem que atender o local. Não se deve abandonar o global, mas é preciso encontrar um equilíbrio saudável.

Também explica que nossa civilização industrial está à beira da extinção. O que significa? O que virá depois?

A extinção da civilização industrial significa milhões de mortos porque muitas pessoas dependem do sistema industrial. Por exemplo, na Espanha, quase todo o sistema alimentar, a agricultura, a refrigeração, a cozinha, o transporte e a gestão dos resíduos depende do petróleo.

É preciso se antecipar ao fim de nossa civilização industrial para construir uma alternativa. Isto é o que se chama de transição: construir o próximo modelo, antes que haja milhões de mortos.

Considera que isso é possível com os meios técnicos que temos?

Claro, já começou com milhares e milhares de iniciativas, invenções, empresas, associações que trabalham para inventar um mundo menos industrial, mais local.

Também se refere ao fato de que os efeitos da mudança climática podem provocar a extinção da vida marinha e terrestre, em um período não muito distante. Por quê?

Leio artigos científicos que veem isso como possível, mas é uma possibilidade. Nosso objetivo seria que não fosse uma possibilidade. Podemos nos organizar para que isso não aconteça.

 

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