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04 Março 2021

"Alguém que defende a tortura e o AI-5 é totalmente diferente em seu sentir, em seu pensar e em seu agir de outro que dá a própria vida pela defesa dos pobres e do meio ambiente, como a irmã Dorothy ou Chico Mendes, por exemplo. O que leva as pessoas de fé cristã ter identificação e preferência por um defensor da tortura e da cultura de violência?", escreve Alexandre Aragão de Albuquerque, arte-educador (UFPE), especialista em Democracia Participativa (UFMG) e mestre em Políticas Públicas e Sociedade (UECE).

 

Eis o artigo.

 

Interconexão permanente. Essa parece ser a dinâmica do universo, no qual nada se cria, tudo se transforma, num vai-e-vem de movimentos previsíveis-e-imprevisíveis, dependentes das subjetividades, ou seja, das intenções que dão direção e sentido aos corpos móveis em suas relações de troca de energia e matéria.

A máscara sanitária que se deixa deliberadamente de usar contamina de morte a mãe ou o pai com o coronavírus; a insistente propaganda ilusória de tratamento precoce com cloroquina que se veicula em lives no Facebook acelera os óbitos entre a população; o incentivo e o apoio às aglomerações alimentam em muitos o sentimento doentio de escárnio pela dor do outro; o cancelamento do auxílio-emergencial acarreta fome e desespero para o grandioso número das famílias empobrecidas; a liberação da venda de armas induz a uma cultura de ódio e de violência. Será que, de fato, estamos atentos a essas (e outras) conexões?

A partir desta perspectiva na qual estão todos imbricados, com pensamentos e atos provocando consequências não apenas em suas vidas pessoais, mas expandindo-se para o todo social e natural, qual seria o papel da religião para o diálogo e o enfrentamento das pequenas e grandes questões da humanidade do tempo presente? Teriam as religiões fundamentos éticos capazes de fornecer aos seus fiéis valores e discernimentos, levando-os a uma permanente conscientização diante de suas responsabilidades pessoais em virtude do bem a ser construído em uma sociedade plural? Ou seriam elas apenas formas de acalanto das consciências, fortalecendo o hermetismo de comunidades, por meio de crenças e moral salvacionistas escatológicas individuais?

Tudo isso leva a repensar a questão de Deus. Em que Deus se crê, finalmente? E quais as implicações éticas (políticas) da fé religiosa no tempo contemporâneo? Como atualizar, no chão concreto brasileiro onde vivemos, com suas contradições estruturais e diversidade cultural, o diálogo entre Razão e Fé? Como se sabe, no Brasil, mais de 80% declaram-se cristãos: como pensam, como agem, como falam, do que falam? Quais são suas responsabilidades diante do contexto político fascista a que tristemente chegamos?

Sendo a religião uma atividade humana, é no próprio ser humano que ela encontra sua explicação filosófica. Os humanos, a partir do seu agir, têm na sua corporalidade – unidade física e espiritual – uma mediação essencial no contato com outros humanos e com o ambiente natural. Seus atos demonstram a sua singularidade. Ou como se diz nos evangelhos, pelos frutos se conhece a árvore. Uma bananeira não dá manga, nem uma mangueira produz banana. Produzir banana ou manga faz parte da constituição de cada árvore. Alguém que defende a tortura e o AI-5 é totalmente diferente em seu sentir, em seu pensar e em seu agir de outro que dá a própria vida pela defesa dos pobres e do meio ambiente, como a irmã Dorothy ou Chico Mendes, por exemplo. O que leva as pessoas de fé cristã ter identificação e preferência por um defensor da tortura e da cultura de violência?

Cada humano expressa-se a partir de sua história. E a religião, enquanto dimensão formadora de indivíduos e grupos, não pode estar indiferente a estas questões. Deus não pode ausentar-se da reflexão sobre um tema tão central como o da convivência humana em sociedades diversas e repletas de conflitos econômicos e sociais. As religiões não podem aprisionar Deus, com suas grades de ferro conceituais, com seus formatos dogmáticos e fundamentalistas, com sua moral enrijecida.

Enquanto um discurso humano, a religião é também uma atividade de articulação teórica da inteligibilidade nos conteúdos da fé. Isso significa dizer que sua fala se relaciona também com busca da compreensão integral do ser humano e do mundo presente. Consequentemente, à ética (política) não cabe uma atuação a partir de éticas passadas, mas se faz necessária a elaboração de uma ética de responsabilidade global, de uma macroética de solidariedade e de convivência com as diversidades.

Segundo o professor Dr. Fábio Py, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), os fundamentos teológicos cristãos que dão sustentação ao bolsonarismo versam sobre um olhar conservador concebendo Jesus como homem branco, europeu, de olhos azuis, defensor do patriarcalismo, fundados na ideia triunfalista do cristianismo como a salvação do mundo. Além disso, outra estrutura teológica que lhe dá suporte é a teologia da prosperidade, segundo Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus, que se baseia na leitura literal da Bíblia a qual reconhece no sucesso econômico individual um sinal da fé viva do crente e da predileção divina por ele. Em suma, um Deus dos ricos e poderosos.

Num de seus primeiros discursos como presidente, em 18 de março de 2019, no encontro “Brazil Day in Washington”, EUA, Bolsonaro afirmou: “Acreditamos na família, acreditamos em Deus, somos contra o politicamente correto, não queremos a ideologia de gênero. Devemos então dar graças a Deus pela mudança de ideologia no Brasil”. Como em todos os seus discursos oficiais, ele utiliza o texto religioso enquadrando-o em uma ideologia que aprisiona Deus à sua forma de pensar o mundo e as relações humanas. A presença de Deus em seus discursos se manifesta estrategicamente como legitimadora de sua ideologia autoritária e preconceituosa.

Como decretou Maquiavel em seu clássico estudo sobre o Poder, a religião é o agente mais potente da manutenção da ordem em uma sociedade, em virtude do enorme respeito dos cidadãos a Deus. Respeita-se mais os juramentos feitos a Deus do que às leis da república porque a potência de Deus é maior do que a dos homens. Maquiavel constata também que quando se examina a história de Roma, é forçoso reconhecer que existia uma clara utilização da religião em favor dos interesses do Estado, afinal a crença nos milagres (como aquele de Jesus na goiabeira) nascia da simples autoridade dos pastores e sacerdotes como prova suficiente para os cidadãos romanos de então. Maquiavel demonstra o quanto a religião ensina a obedecer às regras políticas a partir do ensinamento religioso, assumindo tanto o procedimento coercitivo da disciplina e hierarquia militar, quanto o caráter persuasivo dos condicionamentos pedagógicos cívicos para a produção de pensamento único. O organismo político, ao utilizar-se da religião como forma de dominação popular, torna-se capaz de levar o povo a temer a desobediência do Estado como se fosse uma ofensa a Deus.

A tarefa para aqueles que pregam uma fé religiosa parece ser a de buscar compreender as conexões presentes nas relações existenciais, no sentido de encontrar uma ética (política) capaz de responder aos desafios de convivência humana em sociedades plurais repletas de conflitos de ordem distributiva econômica e de opressão política e social. Deus é maior do que tudo o que já foi dito sobre ele. Para os que creem, Ele é o Absoluto livre, que faz novas todas as coisas. Cabe à religião ir ao encontro de novidades libertadoras para que seus fiéis possam aplicá-las no fundamento do seu sentir, pensar e agir social e político.

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