• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Sem comando federal, é cada estado por si na pandemia. A inacreditável história do Maranhão”

Mais Lidos

  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS
  • Dos Bispos à Economia: Aqui estão as Caixas-Chave do Pontificado do Papa Leão XIV

    LER MAIS
  • Deus é Mãe. E um Bom Pastor! Breve reflexão para cristãos ou não. Comentário de Chico Alencar

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

18 Fevereiro 2021

O Maranhão é o estado com, proporcionalmente, o menor número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Até esta terça-feira (16/02) eram 685 mortos por milhão de habitantes – pouco mais do que a metade do índice nacional, de 1.138 mortos por milhão. Amazonas (com 2.400 mortos por milhão), Rio de Janeiro (1.821) e Roraima (1.576) são as unidades da federação que lideram essa triste estatística.

Desde abril do ano passado, o jornalista e escritor Wagner William passou a observar e apurar cada movimento do governo maranhense na gestão da crise sanitária. No recém-lançado livro A Operação Secreta Etiópia-Maranhão - A Guerra dos Respiradores no Ano da Pandemia (Editora Vestígio), ele esmiúça os atos que explicam o relativo sucesso do estado no combate à covid-19.

Isso vai desde o fato de o Maranhão ter sido o primeiro estado brasileiro a decretar lockdown – em 5 de maio – até a cinematográfica operação que empresta título à obra. Em meio a uma disputa mundial por respiradores, depois de ter negociações atravessadas pelo governo federal, o estado montou uma operação logística especial para conseguir os equipamentos.

Com investimento de R$ 6 milhões e a participação de 30 pessoas, o governo maranhense conseguiu trazer 107 respiradores e 200 mil máscaras da China em abril. Uma escala na Etiópia foi planejada para que não houvesse risco de confisco do material no meio do caminho.

"Era uma história muito inacreditável e, ao mesmo tempo, muito surpreendente", diz o jornalista em entrevista à DW Brasil. "Mas [acredito que] os números refletem não somente a operação, mas a filosofia do governo estadual de defender a vida e a ciência."

A entrevista de Wagner William foi concedida a Edison Veiga, publicada por Deutsche Welle, 17-02-2021.

Eis a entrevista.

O que o levou a mergulhar nessa história?

No dia 16 de abril, a Folha [de S. Paulo] publicou uma matéria com essa coisa meio inacreditável de como o governo do Maranhão teve de driblar o governo federal para comprar respiradores numa pandemia. Achei revoltante. Quatro dias depois foi publicada outra notícia, dando conta de um bloqueio, do Ministério da Saúde, de uma compra que o Maranhão havia realizado em janeiro. [A operação] foi inacreditável, mas demonstra um desespero de um estado que percebeu que não teria apoio do governo federal, teria de se virar sozinho.

O Maranhão só é o melhor estado no combate, nos números da pandemia, por decisões de seu governador [Flávio Dino, do PC do B]. Assim como o Brasil está sendo imunizado por decisão de outro governador, o de São Paulo [João Doria, do PSDB]. Ambos, tanto o que trouxe a [primeira] vacina, quanto o que trouxe os respiradores, ideologicamente, não têm ligação nenhuma, mas reforçam que foi necessário que os estados tomassem providências. Porque se dependesse do governo federal, o número de mortes seria bem maior.

O seu livro parte da operação para detalhar a maneira como o governo maranhense conduziu a pandemia ao longo de 2020. Qual a síntese, então?

Era uma história muito inacreditável e, ao mesmo tempo, muito surpreendente. Chequei várias vezes os detalhes, parecia negócio de espionagem. A atuação do governo maranhense foi perfeita. Hoje, é o estado com menos mortes por milhão. Mesmo tendo um dos piores PIBs do país [17º, em dados de 2018], um dos últimos IDHs [penúltimo, conforme dados de 2017]. Diante dessa proeza, não há o que questionar quanto à atuação do governo do estado maranhense.

Mas [acredito que] os números refletem não somente a operação, mas a filosofia do governo estadual de defender a vida e a ciência. Não posso falar somente da operação. Porque [os números melhores] se explicam pelo fato de que o Maranhão não se autossabotou depois, manteve uma linha de ação a favor da vida, da ciência, sempre buscando resultados. Neste contexto, o livro evoluiu naturalmente.

O que foi a operação Etiópia-Maranhão?

O governo do Maranhão resolveu acompanhar com atenção a pandemia desde o início, por isso ainda em janeiro [de 2020], eles determinaram a compra de respiradores, de uma empresa de Santa Catarina. Em 19 de março, eles receberam um ofício do Ministério da Saúde confiscando os respiradores que iam ser entregues [com base da na lei 13.970/2020, que dispõe sobre medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus, o governo federal havia requisitado todos os equipamentos]. Ao mesmo tempo, o voo que traria os respiradores para o Consórcio Nordeste [criado em 2019 para integrar os nove Estados da região] ficou em Miami, porque, ao que tudo indica, empresas norte-americanas haviam comprado o material, produzido da China, em pleno voo.

Então, o governo maranhense passou a tentar comprar diretamente da China. A primeira reserva foi bloqueada em seguida, porque empresas da Alemanha compraram. A segunda, foi bloqueada por norte-americanos. Temendo um colapso, o governo procura um grupo de empresários. Essa foi uma grande sacada [a parceria com a iniciativa privada]. Eles começaram a administrar essa compra. O grupo empresarial encontrou uma empresa [chinesa], colocou seus funcionários lá. Esses funcionários acompanharam e foram retirando os respiradores conforme eles eram produzidos. E guardando em um depósito, um galpão, para evitar que qualquer outro interessado visse e tentasse atravessar.

Com os respiradores prontos, havia o receio de confisco no voo ou na escala.. Então [por meio de uma importadora brasileira] aconteceu um lance de sorte, que foi a Ethiopian Airlines. Eles tiraram os bancos da aeronave, transformando seu avião em cargueiro e se comprometeram a entregar, o que era raríssimo naquele momento. O voo saiu da China, fez escala na África e chegou a São Paulo. Com os 107 respiradores e as 200 mil máscaras.

O governo federal atrapalhou o Maranhão?

O governo Bolsonaro atrapalhou e foi um dos principais motivadores dessa operação. O Ministério da Saúde confiscou uma compra que o Maranhão tinha feito em janeiro de empresas brasileiras, de 68 respiradores. Aí foi preciso realizar uma operação realmente secreta, detalhada, e, é bom que se diga isso, com apoio do empresariado maranhense -- eles ajudaram e participaram decisivamente.

Qual sua avaliação sobre a gestão federal da crise sanitária?

O governo Bolsonaro é isso: três ministros da saúde, sendo que o último ficou interino por meses; faltou respirador; faltou kit intubação, que são os sedativos e anestésicos utilizados no procedimento; milhares de testes perderam a validade; faltaram cilindros de oxigênio; e tem a negação da vacina. Nem preciso dar minha opinião. Os fatos estão aí. Não tem como reescrever a história, basta observar os fatos para que esse governo seja analisado quanto à sua culpa inquestionável em relação à pandemia.

Há movimentos para se fazer a CPI da Pandemia. Acho que os crimes que foram cometidos durante o enfrentamento da pandemia não podem ficar impunes, esses não. Escândalo de corrupção já está no nosso DNA, mas esse [tipo de crime] não pode [ser esquecido], porque a conduta do presidente acabou provocando muitas mortes. Não pode sair impune.

Não deveria ter havido essa operação [feita pelo governo maranhense para conseguir os respiradores]. O que deveria ter havido era um comando [federal] da crise. Mas a natureza preenche um vácuo. Se não há comando, não há liderança, é cada um por si. Como se viu no caso da vacina, um desespero total.

Leia mais

  • Documento denuncia política negacionista de governos frente à pandemia
  • Crônica jurídica de uma tragédia anunciada. Como as normas publicadas pela União levaram o Brasil à catástrofe sanitária e humanitária da Covid-19. Entrevista especial com Fernando Aith
  • Organizações das Igrejas cristãs e bispos da Igreja Católica denunciam à ONU desigualdade social e descaso do governo do Brasil durante a pandemia de Covid-19
  • Um Governo que mata por asfixia. Fora Bolsonaro!
  • País tem estrutura para vacinar 80 milhões contra covid-19 antes do inverno. Falta governo
  • Incerteza com vacinas começa a corroer o governo
  • “Impeachment é pouco para tanta barbárie, covardia e indecência” – Frases do dia
  • A vacina salva; o governo estorva
  • Católicos e evangélicos apresentam 62º pedido de impeachment de Jair Bolsonaro
  • Padres e pastores pedem impeachment de Bolsonaro: “Usa Deus de forma desonesta”
  • Os negacionistas ameaçam a vida na Terra. Artigo de Leonardo Boff
  • Lutar pela vida é também falar sobre morte: Reflexões sobre o negacionismo (e as posturas humanas) em tempos de pandemia
  • Vacinação em massa sempre foi imune a ideologias no Brasil. Até surgir o vírus do negacionismo
  • Polarizar e compreender a centralidade do negacionismo, duas armas para derrotar o bolsonarismo. Entrevista especial com Patrícia Valim
  • Desmentindo as notícias falsas (fake news) sobre vacinas
  • Ciência, religião, fake news e cloroquina
  • Os anti-máscaras se disseminam nas redes sociais

Notícias relacionadas

  • Onda de assassinatos vitima seis Guajajara de três terras indígenas no Maranhão

    LER MAIS
  • Líderes comunitários são ameaçados de morte no Maranhão

    Foto: Assessoria Nacional de Comunicação da Cáritas Brasileira Cinco lideranças da comunidade quilombola São Benedito dos [...]

    LER MAIS
  • Estudo chega a 25 defensores de Direitos Humanos assassinados no Maranhão entre 2015 e 2016

    LER MAIS
  • Governo decreta situação de emergência por causa de queimadas

    Após os incêndios florestais ocorridos no leste do Maranhão nos últimos dias, o governador Flávio Dino (PCdoB) decretou situa[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados