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Presépio e missa do galo: a transgressão do “primeiro os últimos”. Artigo de Andrea Grillo

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14 Dezembro 2020

"O presépio significa que os últimos, estrangeiros e ilegais reconhecem Jesus, enquanto reis, governadores, ministros e residentes regulares tentam matá-lo. Exatamente como, na Páscoa, quem sabe reconhecer Jesus são uma mulher de muitos maridos, um deficiente grave como o cego de nascença e um cadáver como Lázaro, enquanto os poderosos o matam sem piedade. Essas são as categorias privilegiadas da Igreja!", escreve Andrea Grillo, teólogo italiano e professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado por Come Se Non, 13-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Todos os anos, com a aproximação do Natal, é inevitável que haja quem “use” o presépio para interesses de botequim. Botequim político e botequim comercial têm todo o interesse em “fincar” na manjedoura produtos para vender ou autoridades para se orgulhar.

Neste ano, a triste contingência pandêmica aumentou a dose, acrescentando ao presépio a “missa da meia-noite”. Assim, em um ímpeto de martírio de fachada, tornou-se para alguns uma questão de princípio não só a “defesa interessada do presépio”, mas também a pretensão de celebrar a missa da noite em pleno “toque de recolher”, com um irresponsável desvio de toda proibição.

Ora, nesse contexto, quando a polêmica se torna vazia e formal, podemos encontrar o paradoxo de que alguns sujeitos com relevância política e eclesial, mas sem uma verdadeira relação com a fé, cuja sensibilidade para com o estrangeiro e o necessitado é há muito proverbial, tornam-se os “defensores do presépio” e da “missa da meia-noite”, pretendendo fazer com que pastores razoáveis e os cristãos sensíveis passem por “inimigos do povo”. Esquecendo a emergência sanitária e a lógica da fé, falam até do “direito aos afetos”.

Mas, quando você reduz o presépio ou a missa da meia-noite a um “afeto”, você já perdeu o seu sentido e o seu significado. Você os deixa prontos para serem o centro de um “spot publicitário”, não de um ato de fé. Presépio e missa da noite são atos escandalosos, não afetuosos. Por isso, não se prestam aos comerciais dos panetones ou dos governadores, mas despertam conversão e transgressão. Tentemos entender por quê.

A questão decisiva, em tudo isso, não é o afeto, mas aquilo que pode ser chamado de “efeito presépio”. Gostaria de tentar explicá-lo muito brevemente.

Em todas as grandes tradições, as passagens decisivas – no nosso caso de católicos, o Natal e a Páscoa – tornam-se “lugares de reconhecimento”, não só religioso, mas também cultural e social. “Fazer o presépio” no Natal e “visitar os sepulcros” na Páscoa se transformam em lugares de identidade.

Precisamente nessa passagem, as tradições se põem em risco, porque concentram todas as “mensagens” em um ponto e, precisamente por causa dessa “sobrecarga”, correm o risco de perder o seu sentido. O presépio e o crucifixo se tornam, assim, meros símbolos de identidade, nos quais a comunidade se identifica “contra alguém”, contradizendo de forma clamorosa o significado do próprio símbolo.

O presépio, de modo exemplar, e a missa da noite, que anuncia o “sinal” do menino em uma manjedoura, são um caso típico dessa “tentação”. Presépio, em latim, significa “manjedoura” e constitui a “versão de Lucas” sobre o mostrar-se do Salvador. Nele, Deus se revela aos pastores irregulares, proscritos, marginalizados, moralmente suspeitos, não aos bons fiéis regulares da época.

A tensão, naquele texto de Lucas, está entre a grandeza do Senhor e a pequenez humana, que só pode reconhecê-lo na irregularidade marginal dos pastores. Na versão de Mateus, que, por sua vez, é ouvida na missa da vigília, a dose é aumentada ainda mais: não há manjedoura, não há pastores, enquanto a tensão é entre a estrela e os magos que a seguem, na sua condição de estrangeiros, com a hostilidade visceral dos residentes.

O nosso “presépio”, misturando todas essas mensagens, acumulando-as em uma única cena e também acrescentando fragmentos tirados de outros textos apócrifos, corre o risco não de aumentar, mas sim de diminuir a força da tradição, reduzindo-a a um “enfeite” burguês. O presépio significa que os últimos, estrangeiros e ilegais reconhecem Jesus, enquanto reis, governadores, ministros e residentes regulares tentam matá-lo. Exatamente como, na Páscoa, quem sabe reconhecer Jesus são uma mulher de muitos maridos, um deficiente grave como o cego de nascença e um cadáver como Lázaro, enquanto os poderosos o matam sem piedade. Essas são as categorias privilegiadas da Igreja!

Por isso, celebrar a missa da meia-noite e fazer o presépio são uma “grande transgressão”, uma inversão, um rito no sentido mais elevado e mais forte do termo. Essa lógica simbólica merece respeito e cuidado, porque revela a trama secreta do mundo e da cultura.

O que devemos dizer, então, daqueles que querem expulsar os estrangeiros e os crucificados da Itália e querem que, em todas as casas e em todos os escritórios, haja um crucifixo e um presépio como enfeites? Isso é simplesmente um uso hipócrita dos símbolos.

Das duas, uma: ou enchemos de símbolos natalícios e pascais uma terra que saiba se mostrar acolhedora e não indiferente, ou optamos por expulsar os sem-teto e todos os crucificados da terra, mas, ao menos por um mínimo de pudor, tentemos corar e sentir vergonha diante dos símbolos daquilo que não aceitamos e que queremos apenas combater.

Uma religião que protege a indiferença e a prepotência é um monstro que, muito frequentemente, encontra-se à vontade em corações afetuosos. É óbvio que, para quem joga apenas com o ódio e o desprezo, o presépio e o crucifixo também podem se tornar não instrumentos simbólicos de comunhão, mas instrumentos diabólicos de desprezo.

Mas não renunciar às nossas tradições significa, acima de tudo, não curvá-las a um uso distorcido. Mesmo em tempos de “cuidados sanitários”, entre as coisas mais dignas de escuta, em condições de respeito pelo “bem comum”, está a transgressão do presépio. Com o seu imediatismo, ele ecoa as palavras com que Maria louva a Deus no Magnificat, quando diz: “Derrubou os poderosos de seus tronos, elevou os humildes, saciou de bens os famintos, despediu os ricos de mãos vazias”. Essas são as palavras da Imaculada Conceição e da Assunta, da Anunciata e da Dolorosa.

Essa é a condição do presépio e da missa da noite: uma reconsideração “marginal” da vida e das suas prioridades, em um coração e em um corpo que diz “a alma minha engrandece ao Senhor”.

É dessa grande transgressão que vive o mistério de Deus, que dirige os nossos passos no caminho da paz: para anunciar esse Deus, pode-se e deve-se celebrar o Natal. Mas apenas com a condição de deixar falar, na sua nudez elementar, as surpreendentes palavras fortes da Escritura e as desarmadoras ações transgressivas do rito, no qual, em nome daquele “sinal do menino em uma manjedoura”, podemos partilhar escandalosamente o mesmo pão e o mesmo cálice. Viver a comunhão entre diferentes, acolhendo-nos reciprocamente, graças a um Deus que, nascendo nas margens e entre os marginalizados, “dispersou os soberbos nos pensamentos do seu coração”.

 

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