13 Novembro 2020
Aqueles que têm experiência de protestos já previam o choque frontal entre manifestantes e polícias com empurrões, lançamento de objetos e pessoas de ambos os lados que acabavam no hospital.
Em Gênova, a manifestação dos metalúrgicos da Arcelor Mittal foi formada por mais de mil pessoas. Eles estão em greve contra a gestão da fábrica de Cornigliano. Quatro trabalhadores foram despedidos. Um deles é acusado de criticar o gerente da fábrica em um chat privado no WhatsApp.
O comentáro é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 12-11-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
A manifestação, com bombas de fumaça e bombinhas, slogans contra a empresa e o governo, chega ao prédio da Prefeitura, onde um batalhão da polícia de choque está de prontidão contra o movimento.
A tensão aumenta com ameaças e empurrões porque os manifestantes e as forças da ordem estão em contato. Uma única faísca é suficiente para detonar a bomba da violência.
É nesse ponto que um jovem policial decide baixar o escudo e o cassetete e tirar o capacete.
O vídeo (ver abaixo) mostra como a princípio seus colegas olham para ele perplexos e depois de um segundo eles também fazem a mesma coisa.
Todos se desarmam.
Os manifestantes aplaudem e agradecem pela solidariedade.
De agora em diante, quando me perguntarem o que é a não violência, responderei contando o que aconteceu em Gênova no dia de São Martinho, o cavaleiro que usou a espada não para matar, mas para dividir sua capa com os que estavam com frio.
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A Polícia de Gênova - Veja o vídeo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU