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06 Novembro 2020

"Cobrir o rosto em público antigamente era proibido pela lei, que agora proíbe descobri-lo. O rosto é tudo o que temos, como no caso do mendigo com frio de Montaigne que respondia ao senhor de casaco de pele: "E vós, senhor, bem tendes o rosto descoberto; ora, eu sou todo rosto", escreve Vittorio Lingiardi, psiquiatra e analista de formação junguiana, professor de Psicopatologia na Sapienza de Roma, em artigo publicado por La Repubblica, 05-11-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Usar a máscara é indispensável para reduzir a propagação do coronavírus. Junto com o distanciamento físico, é a única solução que nos protege do risco de infectar e ser infectado. À renúncia tátil, à suspensão das relações de toque, acrescenta-se a renúncia do rosto alheio. Todos, dos pequeninhos aos idosos, somos chamados a medir-nos com essa privação. Certamente não para baixar a guarda e, portanto, a máscara, mas para nos tornarmos mais consciente e capazes de encontrar novas estratégias relacionais, salvando o valor da intersubjetividade. Ou seja, daquele diálogo "cara a cara" que o filósofo Levinas coloca como fundamento do humano.

Uma parte do nosso cérebro é dedicada ao reconhecimento dos rostos. Graças ao sorriso, permite às crianças decodificar as expressões de quem as cuida e brinca com elas. Só com o tempo desenvolvemos a capacidade de ler a expressão dos olhos. O rosto alheio informa sobre o outro, mas também sobre nós mesmos, por sermos refletidos. Como adultos, entre os estímulos que percebemos, os rostos são os mais informativos: basta um olhar para captar a idade, o sexo, o estado emocional do outro.

Uma lesão na área cerebral dedicada às funções face-selective parece estar envolvida na prosopagnosia, que é um distúrbio seletivo de reconhecimento facial. Condição que Oliver Sacks conheceu em primeira mão e sobre a qual escreveu páginas emocionantes, contando, com seu humor reservado, como ser prosopagnosico lhe tivesse causado mais que um incidente diplomático, por exemplo, quando ele não reconheceu, ao encontrá-lo na rua, o seu analista (que, aliás, depois interpretou o não comprimento como um gesto hostil). Além de reconhecê-los, precisamos descobrir os rostos, e é assim que muitas vezes nascem os amores.

Em Fragmentos de um Discurso Amoroso, Barthes relembra o momento em que Werther vê Carlota pela primeira vez. No amor à primeira vista, diz ele, "é necessário o próprio signo da brevidade ... abre-se uma cortina: o que ainda não tinha sido visto é descoberto integralmente e logo devorado com os olhos".

Um paciente me conta que sua solidão é agravada pela falta de explorações no rosto alheios, principalmente dos sorrisos de desconhecidos. A interação mascarada complica as identificações, os movimentos empáticos, o espelhamento. É a privação do rosto de quem te prepara um café, te vende o pão, te visita e te cuida ou te faz uma pergunta na rua. É um sacrifício para os surdos que podem contar com o movimento labial.

Quais são as consequências dessa suspensão do sorriso?

Cobrir o rosto em público antigamente era proibido pela lei, que agora proíbe descobri-lo. O rosto é tudo o que temos, como no caso do mendigo com frio de Montaigne que respondia ao senhor de casaco de pele: "E vós, senhor, bem tendes o rosto descoberto; ora, eu sou todo rosto."

Hoje esse rosto precisa ser coberto, mas à medida que perdemos o apoio do reconhecimento mútuo nos reforçamos com outras virtudes: altruísmo, avaliação de risco, (auto) proteção e senso de (auto) eficácia. A necessidade de esconder a boca potencializa a comunicação dos olhos que, conforme confirmam os testes de habilidade de mentalização, são o primeiro ponto de acesso ao mundo interior, nosso e dos outros. Para os neoplatônicos, o amor é uma infecção fantástica que se transmite com o olhar: vamos partir daqui, do contágio de se olhar nos olhos.

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