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Eu caminho sozinho. A relação com a natureza nos diários de Henry D. Thoreau

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11 Julho 2020

"Os temas da estreita relação com a natureza, da felicidade que tal condição privilegiada acarreta, à custa de privações, sofrimentos, condições climáticas particularmente adversas, constituem uma nota constante da reflexão de Thoreau. Isso faz de Io cammino da solo uma leitura muito rica e, acima de tudo, moderna sobre o tema da ecologia, entendida como compartilhamento de um ecossistema e não simples limitação de sua exploração", escreve Sergio Valzania, em artigo publicado por L'Osservatore Romano, 04-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Se existe uma pessoa já em vida famosa entre os amantes das caminhadas, apesar de ter viajado pouco, esta é Henry David Thoreau, conhecido na Itália especialmente por seu texto autobiográfico Walden. A Vida nos Bosques, no qual ele conta os dois anos que passou em uma cabana de madeira às margens de um lago, o Walden, não muito longe da casa de sua família, em Concord, Massachusetts, de 4 de julho de 1845 a 6 de setembro 1847.

As outras obras importantes desse pensador estadunidense são: A Week on the Concord and Merrimack Rivers, em que ele fala sobre uma excursão de barco com seu irmão, e Desobediência civil, um texto que mostra as razões e as modalidades de seu compromisso político antiescravagista e antibelicista, desenvolvido em termos de resistência passiva também através da recusa de pagamento de impostos, cuja colocação em prática o levou à prisão.

Homem solitário, que desapareceu com apenas 44 anos de idade, os últimos dos quais, após a morte de seu pai, passados na administração da fábrica de lápis de família, Thoreau encontrou nos últimos anos uma crescente apreciação da modernidade em sua abordagem da natureza, extremamente respeitosa e direta, desprovida de componentes estetizantes e direcionada à frugalidade e à autoprodução. Ele considerava uma grande satisfação e uma ótima maneira de se sentir em harmonia com a criação alimentar-se de produtos da terra cultivados com suas próprias mãos.

Próximo do movimento transcendentalista, de inspiração ecológica e antirracionalista, Thoreau foi levado por um de seus principais expoentes, Ralph Waldo Emerson, a manter um diário, que o autor redigiu por vinte e quatro anos, mais da metade de sua vida, de 1837 a 1861, em trinta e nove cadernos que nunca foram publicados na íntegra. A obra em sua totalidade excede dois milhões de palavras.

Io cammino da solo: Journal 1837-1861

Uma rica antologia desses escritos foi publicada na Itália recentemente, intitulada Io cammino da solo, Journal 1837-1861 (Eu caminho sozinho, Journal 1837-1861, em tradução livre, publicada pela Piano B, Prato, euro 18), que permite aos que não o conhecem pelo menos uma aproximação ao pensamento e à personalidade de Thoreau talvez melhor do que poderia ser feito através da leitura de suas principais obras, inclusive porque, em grande parte, são reelaborações dos textos incluídos no diário.

A seleção dos trechos, com curadoria e tradução de Mauro Maraschi, mostra um Thoreau muito assertivo e decididamente crítico em relação à modernidade e às possibilidades que oferece em termos de conforto material e oportunidades de encontro. As dificuldades de diálogo com os outros, a impossibilidade de viver uma amizade de natureza quase simbiótica, como havia sido a relação entre o autor e seu irmão que morreu muito jovem por uma infecção, descrevem uma figura solitária, quase ascética.

Somente em segundo plano reconhecemos os traços de uma vida cotidiana bastante usual, também feita de trabalho, de algumas raras viagens para proferir conferências, como se a escrita do diário constituísse a ocasião para a liberação das próprias tensões e não para a definição de um pensamento resolvido.

Os temas da estreita relação com a natureza, da felicidade que tal condição privilegiada acarreta, à custa de privações, sofrimentos, condições climáticas particularmente adversas, constituem uma nota constante da reflexão de Thoreau. Isso faz de Io cammino da solo uma leitura muito rica e, acima de tudo, moderna sobre o tema da ecologia, entendida como compartilhamento de um ecossistema e não simples limitação de sua exploração. As considerações sobre as maneiras pelas quais homens e mulheres buscam a felicidade também são muito interessantes. Já em meados do século XIX, Thoreau antecipou uma crítica radical ao recém-emergente consumismo, condenando o afastamento das atividades primárias e a frenética mediação econômica, que leva a procurar oportunidades de compra ilimitadas e de fato inúteis, em um círculo vicioso que afasta das experiências de vida.

Le vie di Francesco.
Un cammino di spirito e natura tra
Firenze, Assisi e Roma

Com uma abordagem contemporânea, uma reflexão semelhante é desenvolvida por Fabrizio Ardito no recente Le Vie di Francesco, Un cammino di spirito e natura tra Firenze, Assisi e Roma (As vias de Francisco. Uma jornada de espírito e natureza entre Florença, Assis e Roma, em tradução livre, publicado por Ediciclo, Portogruaro, 2020, p. 224, euro 16). O livro faz parte da agora rica vertente de guias e ferramentas de apoio para viajantes e peregrinos, com o acréscimo que Ardito é um dos caminhantes históricos italianos e que nessa ocasião enfrenta um percurso muito particular, declarando um senso de participação ligado à adesão à espiritualidade franciscana.

O prefácio do cardeal Matteo Maria Zuppi confirma essa intenção, quando garante que "caminhar é realmente a única maneira de entender profundamente São Francisco". E a via dedicada ao santo, que percorre os lugares de sua vida, atravessados muitas vezes e cenários de momentos significativos da pregação, de Gubbio a Greccio, de Assis a Verna, nasce com o objetivo preciso de aproximar os peregrinos de hoje à espiritualidade franciscana.

O Caminho de Santiago é a reinterpretação moderna de uma rota antiga, as Vias de Francisco são uma rede de percursos identificados há algumas décadas sob o estímulo e a solicitação de oportunidades, talvez limitadas no tempo, para passar um tempo livre dos ônus e contradições da modernidade, em um encontro consigo mesmo e com a natureza, que se baseia no mistério da encarnação no próprio físico, no qual cada homem e cada mulher participa.

Os percursos apresentados por Ardito são extenuantes, sobe-se e desce-se várias vezes das montanhas da Toscana, da Úmbria e do Lácio, mas vale a pena percorrê-los porque "é nessa via que, querendo ou não, vocês encontrarão Francisco".

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