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É preciso parar a economia baseada no dinheiro. Entrevista com Pierangelo Dacrema

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03 Julho 2020

Para sair da pandemia, seria necessário um novo Bretton Woods: muitos dizem isso hoje, mas já se falava disso em 2008, sob o impacto da crise financeira. “Durante a campanha eleitoral para a Casa Branca, Barack Obama defendeu a necessidade de um acordo global sobre as políticas monetárias, no modelo daquele que, em 1944, havia projetado os cenários do pós-guerra”, observa Pierangelo Dacrema.

A reportagem é de Alessandro Zaccuri, publicada por Avvenire, 02-06-2020, A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“Infelizmente, nada foi feito. O sistema bancário estadunidense se limitou a pôr em segurança a si mesmo, e o status quo ante foi retomado sem discussão. Tudo como antes, precisamente, mas não deu exatamente certo.”

Professor de Economia dos Intermediários Financeiros na Universidade da Calábria, Dacrema é um economista anômalo. Em seus livros (muitos dos quais publicados pela editora Jaca Book), ele se rebela contra os automatismos da “ciência triste” e chega a propor a abolição da moeda, mas também é capaz de escrever romances nos quais, devido a uma bizarrice do destino, Karl Marx se encontra em diálogo com John Maynard Keynes.

Os traços do debate entre “O capital” e “As consequências econômicas da paz” também podem ser reconhecidos em “Economia del malessere” [Economia do mal-estar] (Ed. All Around, 128 páginas), no qual Dacrema propõe uma análise contracorrente do pós-coronavírus.

Trata-se de um livro às vezes polêmico, mas não totalmente pessimista, como já se pode deduzir a partir do subtítulo: “Por que tudo vai dar certo se nada for como antes”.

Eis a entrevista.

Não é um objetivo ambicioso demais, professor?

Pode ser, mas a minha sensação é de que hoje não há mais margens para sair ilesos de um erro semelhante ao cometido em 2008. Há pelo menos 20 anos, desde os atentados do 11 de setembro, não fazemos nada mais do que repetir: “Chega, não se pode voltar atrás”, para depois acomodar tudo da melhor forma possível, de modo a restaurar as condições pré-existentes.

Em quais aspectos seria preciso intervir?

Na mentalidade abrangente, antes ainda dos elementos individuais. No entanto, alguns sintomas podem ser abordados de modo mais oportuno. Tomemos a disparidade de tratamento econômico dentro de uma empresa. Nos anos 1980, a relação entre o salário de um empregado e o de um dirigente era de 1 a 30, no máximo de 1 a 40. Hoje, ela se estabeleceu entre 1 e 400, sem que ninguém encontre nada para reclamar. Diante de uma desigualdade desse tipo, é ilusório limitar-se a introduzir correções fiscais. É necessária uma nova visão de conjunto.

Por que você se mostra contrário à moeda?

Porque o dinheiro não é a economia, mas sim um instrumento a serviço da economia. Um instrumento, acrescento, que, ao longo do tempo, se tornou cada vez mais caro, até ter efeitos contraproducentes. Entende-se isso muito bem quando examinamos o fenômeno do desemprego, que é um resultado dessa visão centrada na moeda. Quando operamos uma equação entre trabalho e dinheiro, aqueles que não são retribuídos pelo que fazem devem ser considerados desempregados. Mas, na realidade, não é assim, e a experiência dos últimos meses demonstra precisamente isso.

A que você se refere?

Ao fato de que, na fase mais dramática da emergência, nós todos nos demos conta de que a economia é um gesto criativo e generoso. Quem nos ensinou isso foi o trabalho dos médicos, dos profissionais da saúde, daqueles que trabalham nas várias ocupações essenciais que mantiveram vivas as nossas cidades, garantindo-nos conforto e bem-estar. O verdadeiro valor econômico é de natureza social, não financeira e, como tal, deveria ser reconhecido.

É por isso que você propõe uma moratória global dos pagamentos?

É uma ideia que pode parecer arriscada ou até ingênua, estou ciente disso. Mas, enquanto não mudarmos o nosso modo de pensar, não conseguiremos fazer progressos autênticos. Em vez de nos contentarmos com um retorno prudente ao passado, devemos olhar verdadeiramente para o futuro, lembrando a nós mesmos que o Sol um dia se apagará.

Estamos tentando sair do eclipse da pandemia, e você invoca o apocalipse?

Mais do que um eclipse, foi um ofuscamento: embora escondido atrás das nuvens, o Sol ainda estava lá, sempre esteve. E essa é a boa notícia, vamos deixar claro. Ao mesmo tempo, porém, temos a responsabilidade de tomar decisões que não satisfaçam apenas as necessidades imediatas ou silenciem os medos do momento. Pensar em termos globais significa colocar novamente em jogo o componente inovador ou, melhor, poético de qualquer atividade humana.

A moratória iria nessa direção?

Certamente. Uma eventual suspensão de toda a forma de pagamento em dinheiro evitaria o risco de focos de inflação e daria origem a um extraordinário experimento social da economia pós-monetária.

Sim, mas é uma hipótese extrema...

“Quando a acumulação de riqueza não tiver mais um significado social importante, haverá profundas mudanças no código moral”: assim afirmava Keynes, em 1930. Segundo as suas previsões, essa solução do “problema econômico” exigiria cerca de um século. No fim das contas, estamos quase lá. Tentemos considerar outro fato: o mundo inteiro depende da agricultura, mas nenhum dos homens mais ricos do mundo obtém os seus lucros da agricultura.

E o que isso indica?

Que existe uma enorme lacuna entre a realidade e o modo como a representamos. Os números das finanças não são suficientes para explicar a complexidade da economia, que é feita de ação humana, de esforço, de concretude. Precisamente por isso, ela não pode ser reduzida a uma projeção matemática.

Mas você acredita que a moratória seria adotada por todos os países do mundo?

A Europa poderia começar a dar o exemplo, e os outros governos, mais cedo ou mais tarde, acabariam se adaptando. Em longo prazo, o princípio da colaboração, sobre o qual se fundamenta a União Europeia sempre prevalece sobre as táticas particularistas de vida curta.

O debate dessas últimas semanas não parece muito encorajador, não?

Eu lhe respondo citando não Bretton Woods, mas sim outro acordo: Londres, 1953. Foi então que se decidiu reduzir pela metade a dívida pública da Alemanha. Uma anistia gigantesca, que permitiu que o país se tornasse a potência econômica que conhecemos. A se julgar pelo modo como Berlim está se movendo, eu diria que a chanceler Merkel não esqueceu aquele episódio.

 

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