• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“A cura, a vacina ou o tratamento são para todos ou são para ninguém”. Entrevista com Carlos Gadelha

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em Gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Psicanalista revela florescimento da psicanálise brasileira no regime ditatorial. Para ele, “Ainda Estou Aqui” é exemplar no reparo psíquico e na construção de um regime de sensibilidades mais complexo da ditadura. No divã, mostra que existe uma luta de classe histórica nesta área e critica a atual medicalização do sofrimento

    “Vivemos um novo 'boom' da psicanálise, o anterior foi na ditadura militar”. Entrevista especial com Rafael Alves Lima

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

27 Mai 2020

Investir em saúde é uma forma de investir na economia também. Essa é uma das ideias principais defendidas pelo economista Carlos Grabois Gadelha, que é integrante do Comitê de Ciência e Tecnologia da Abrasco e pesquisador da Fiocruz . Enquanto muitos tentam colocar a ideia de que ou salvamos a saúde, ou salvamos a economia, o economista defende que desenvolver o complexo econômico e industrial da saúde ajudaria nas duas frentes a sociedade brasileira, tendo em vista que geraria emprego e renda, aumentando a qualidade de vida da população.

Na entrevista, Gadelha lembra que o setor da saúde gera 15 milhões de empregos diretos e indiretos e garante 9% do Produto Interno Bruto (PIB). Além do debate econômico, o pesquisador ressalta a importância de retomar a ideia humanista para construir o futuro: “Temos que retomar a construção de um futuro que una desenvolvimento econômico, social e ambiental”.

A entrevista é publicada por Ecoa e reproduzida por Associação Coletiva de Saúde - Abrasco, 26-05-2020.

Eis a entrevista.

Quais as lições que essa pandemia vai deixar?

Esse período nos permite uma certa mudança na escala de valores. Perceber que o coletivo não é um acessório. Por ser transmissível, o vírus escancara essa necessidade. Não podemos dividir a sociedade entre quem tem e quem não tem plano de saúde. A cura, a vacina ou o tratamento são para todos ou são para ninguém. A pandemia está mostrando nossos acertos, como os arranjos nos territórios, a população se ajudando, a importância da saúde da família. Mas está também mostrando nossos erros, nossa estrutura desigual e a nossa fragilidade por precisar de insumos que vêm de longe.

A corrida pela importação de respiradores, que virou até caso de polícia e embate político, é uma mostra disso?

O Brasil não é um país pequeno, mas age como se fosse: compra tudo de fora e vende produtos básicos como soja e ferro. A falta de respiradores mostra essa falta de visão estratégica. É uma irresponsabilidade. A produção nacional representa 40% da demanda, mas os componentes mais sofisticados desses ventiladores são importados. Nossa dependência é de aproximadamente 80% em relação ao mercado internacional. Nos últimos 20 anos, quintuplicou essa importação. Agora até luvas estão buscando lá fora.

Como diminuir essa dependência?

Perdemos 2/3 da nossa indústria, mas temos uma base ainda. Temos ciência e tecnologia. O que falta é mudar os óculos para olhar a saúde como investimento e não como despesa. A China é um exemplo que é possível fazer isso. Tanto é que ela pulou de 2% para 16% na participação nas nossas importações de produtos da saúde. Até ultrapassou os Estados Unidos nessa lista. Nós temos o SUS [Sistema Único de Saúde], um direito para 200 milhões de pessoas que gera três milhões de empregos. E temos mais quatro milhões na área, além de oito milhões de empregos indiretos. E isso pode aumentar, afinal, robôs não conseguem substituir médicos e enfermeiros. Agora estamos vendo a importância que tem a palavra cuidado. A saúde é um setor imenso na economia, representa 9% do PIB e pouca gente sabe. Então temos mercado. Só precisamos abandonar uma visão de curto prazo, de olhar só em preço imediato e pensar no preço que estamos e vamos pagar como país com essas decisões.

Mas ultimamente com os cortes do orçamento da saúde, o Brasil não está indo no caminho totalmente contrário?

Só em 2019, a saúde perdeu R$ 20 bilhões de seu orçamento, e agora temos que correr atrás. Também está aí o contingenciamento das verbas para a pesquisa e para ciência. Olha, não estou otimista. O debate não está apontando para a solução dos problemas. A discussão está pobre, enviesada, falando só sobre com falsos dilemas: ou mercado ou estado. Tem que ser os dois. Os desafios nacionais puxam a economia. Investir em bem-estar é investir no futuro, na cidadania e na renda das pessoas. Temos que recuperar essa noção.

Você defende o complexo econômico e industrial da saúde como um caminho para o desenvolvimento do Brasil. Acredita que agora a gente está vivendo um momento em que essa alternativa fica mais clara?

Com certeza. E isso se percebe no vazio da polêmica atual: “vamos priorizar a saúde ou a economia?” Se investirmos no setor da saúde, é uma forma de proteger a coletividade e ter um dinamismo econômico, ao mesmo tempo.

Eu defendo que há quatro frentes para alavancar a economia brasileira: a saúde, a mobilidade, o saneamento básico e a bioeconomia. Mas precisamos de uma política industrial arrojada, não só projetos pilotos. São áreas de potencial no país. Além disso, esse desenvolvimento traria uma vida mais decente nas cidades, melhoraria a sustentabilidade e criaria um ambiente de inovação, articulando governo, empresas, instituições, coletivos e empreendedores sociais. A quarta revolução industrial está aí para isso, e o Brasil não deve perder mais essa oportunidade.

Como vê as discussões sobre o “novo normal” e os cenários pós-pandemia?

Não podemos nos conformar passivamente com um novo normal excludente e que fragmenta a sociedade. Temos que voltar à perspectiva iluminista de criação de um futuro desejável. A democracia, os sistemas universais de saúde e os direitos sociais nunca foram normais, naturais. Foi a arte, a política e o engenho humano que criaram um normal humanista e voltado ao bem-estar. Temos que retomar a construção de um futuro que una desenvolvimento econômico, social e ambiental.

 

Leia mais

  • Planos de saúde e o SUS. Uma relação predatória. Revista IHU On-Line, Nº. 541
  • Sistema público e universal de saúde – Aos 30 anos, o desafio de combater o desmonte do SUS. Revista IHU On-Line, Nº. 526
  • SUS por um fio. De sistema público e universal de saúde a simples negócio. Revista IHU On-Line, Nº. 491
  • Sistema Único de Saúde. Uma conquista brasileira. Revista IHU On-Line, Nº. 376
  • O Complexo Econômico-Industrial da Saúde no Brasil hoje. Artigo de Carlos Gadelha
  • Os desafios de uma tecnologia que sirva ao humano e não que se sirva dele. Entrevista especial com Carlos Augusto Grabois Gadelha
  • Sociedade civil pede o fim do Teto de Gastos
  • Pandemia exacerba desigualdades na Saúde
  • SUS, 32 anos: esta terra tem dono
  • “O SUS é um grande instrumento, talvez um dos melhores do mundo, mas as pessoas têm mania de subavaliá-lo”, constata Delfim Netto
  • Carta ao Ministério da Saúde sobre a informação raça/cor nos sistemas de informação da Covid-19
  • Crise dos leitos: não há saída possível sem a regulação das redes pública e privada
  • A hipocrisia nos leitos de UTI
  • Covid-19 e o SUS: O papel da Atenção Primária à Saúde no controle da epidemia
  • “Em apenas 3 anos, EC 95 retirou R$ 22,5 bilhões do SUS”. Movimento sanitário escreve carta à Ministra Rosa Weber
  • Sistema Único de Saúde muito além da assistência
  • Sem os cortes recentes na Saúde, enfrentamento da pandemia seria menos dramático. Entrevista especial com Fernando Pigatto
  • Sucateado, SUS vive "caos" em meio à pandemia
  • “Ainda bem que temos o Sistema Único de Saúde”
  • Necessidades de Infraestrutura do SUS em Preparo a COVID-19: Leitos de UTI, Respiradores e Ocupação Hospitalar
  • SUS: elemento central para enfrentar a pandemia de coronavírus. Entrevista especial com Reinaldo Guimarães
  • “Enfrentar o coronavírus significa fortalecer o SUS e o trabalho dos profissionais de saúde”. Entrevista com Victor Grabois
  • Mudar a política econômica e fortalecer o SUS são medidas corretas para combater coronavírus
  • Coronavírus: a hora de debater o Teto dos Gastos

Notícias relacionadas

  • Uma boa notícia para hoje! (Mc 1,1-8)

    "Em sua aventura cristã, a Igreja também não pode tomar caminhos traçados de antemão. A estrada deve também inventar-se. Ape[...]

    LER MAIS
  • Estar vigilantes para despertar os demais…

    "A nossa espera é, ao mesmo tempo, contemplativa e ativa. Quando é contemplativa, voltada para outro diferente de nós, chama-se[...]

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • Sofrimento, resiliência e espiritualidade. Entrevista especial com Susana Rocca

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados