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12 Março 2020

"A Igreja é principalmente o povo de Deus, a comunidade dos crentes em Jesus. Eles deveriam ser os que, dentre seus fiéis, propõem ao bispo quem eles querem que sejam seus pastores – celibatários ou casados, homens ou mulheres – preferencialmente com um ofício ou profissão que lhes permita ter independência econômica e que, junto com os leigos mais comprometidos, estejam dispostos a dedicar parte de seu tempo à comunidade. Isso é muito mais simples que a estrutura que se montou ao longo dos séculos. Para desmontá-la faltam as três condições a que aludia o cardeal Martini: deixar de lado o medo, armar-se de coragem e ter fé", escreve Mariano Martínez Dueñas, bacharel em Teologia e Ciências da Comunicação, assessor para projetos de desenvolvimento na América Latina.

Para Dueñas, tomando como exemplo a exortação Querida Amazônia, é possível questionar se o atual pontífice cumpre todos os três critérios: "não há nenhum motivo para colocar dúvida na fé profunda do papa Francisco. Parece que tampouco lhe falta coragem, já que se requer boa dose dela para aceitar o cargo que assumiu há sete anos. É válido, portanto, se perguntar se talvez teve medo de algo ou de alguém".

O artigo é publicado por Vox Populi al Día, 09-09-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

Uma igreja atrasada

Carlo María Martini, jesuíta, foi arcebispo de Milão por 22 anos. João Paulo II o havia nomeado cardeal em 1983. Ele foi um dos cardeais mais votados no conclave em que o papa Bento XVI foi eleito, em abril de 2005. Ele morreu aos 85 anos em agosto de 2012.

Martini foi um excelente pastor da Igreja de Milão. Ele também foi o homem que cultivou o diálogo com outros intelectuais, como o agnóstico Umberto Eco. No dia seguinte à sua morte, o jornal Corriere della Sera, em Milão, publicou uma entrevista com Martini alguns dias antes, na qual lamentava que a Igreja tivesse sido deixada para trás por 200 anos. Se perguntava: “Como pode ser que não se mova? Estamos com medo? Medo em vez de coragem? No entanto, a fé é o fundamento da Igreja”.

Seu testemunho de vida e seus escritos são uma boa oportunidade para refletir sobre a relação entre fé e Igreja.

Provavelmente, nenhuma religião teve ao longo da história tantas discrepâncias, derivações, cisões, rupturas e excomunhões quanto a Igreja Católica. A primeira discrepância surge no ano 50, quando alguns discípulos que pregavam o Evangelho aos gentios em Antioquia exigiram como condição para o batismo que eles primeiro passassem pelo rito da circuncisão, típico dos judeus. Após longas discussões, no conselho dos apóstolos de Jerusalém, Pedro resolveu a controvérsia em favor da tese de Paulo e Barnabé com estas palavras: “Por que tentais a Deus, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais poderiam suportar?” (Atos 15.10).

Inácio de Antioquia foi o primeiro a designar a Igreja fundada por Jesus como "católica", aberta a todas as pessoas, povos e nações. A denominação "apostólica" vem de ter fundamento nos apóstolos e seus sucessores; e "romana", por ter sido Pedro o primeiro bispo de Roma. Graças a esta Igreja, a mensagem de Jesus chegou até hoje, mas isso não significa que ela deva permanecer organizada conforme nos alcançou. Foi fundada por Cristo, mas, como outras instituições governadas por homens de carne e osso, tende a se atrofiar, ancorar e parar no seu desenvolvimento ao longo do tempo.

O cardeal Martini teve a audácia de dizer ao mundo não apenas que a Igreja deve mudar, mas que essa mudança é necessária, urgente e radical. “A Igreja deve reconhecer seus próprios erros e deve seguir uma mudança radical, começando com o Papa e os bispos”. Palavras proféticas que, como sempre, são irritantes para alguns.

Uma mudança "radical" significa que é feita “da raiz”, sem limitações ou paliativos, tendo Jesus de Nazaré como a única referência. Martini fez uma proposta concreta, que poderia servir de orientação para a Igreja renovada: ele aconselhou o Papa e os bispos a procurar doze pessoas incomuns para cargos administrativos, que elas estão próximas dos pobres, cercadas por jovens e que experimentam coisas novas.

“Coisas novas” que se poderiam experimentar

Pensamos em algumas: renunciar a que o Papa seja chefe de um Estado; suprimir o Estado Vaticano e os cargos de poder, como cardeais, bispos, comissões pontifícias, guarda suíça e nunciatura nos países; destinar a obras sociais os imóveis e bens pontifícios; converter o Banco Ambrosiano em um Banco Ético e dedicar seus recursos a projetos de desenvolvimento social; renunciar aos benefícios econômicos e tributários estipulados nas concordatas; mudar os sinais de riqueza e as roupagens em tecnicolor pela simplicidade; adotar formas de vida similares às das pessoas comuns. O Papa – eleito pelas conferências episcopais – e seus colaboradores mais próximos poderiam ter em Roma uma residência funcional, desde a qual poderiam viajar em voos comerciais para visitar e animar as comunidades nacionais.

A nomeação de bispos pode ser feita escutando a opinião de padres e leigos de cada diocese, levando em conta a recomendação do apóstolo Paulo a Timóteo: É necessário que não se possa rejeitar nada ao bispo. Marido de uma só mulher, homem sério, criterioso, de bons costumes, que facilmente receba em sua casa e seja capaz de ensinar. Nem dado ao vinho, nem indulgente, mas amigo da paz e desinteressado do dinheiro. Um homem que saiba dirigir sua própria casa e que seus filhos o obedeçam e respeitem...” (1 Tim 3, 2-4). Sua forma de vida não deveria ser muito diferente da média dos seus fiéis. Em consequência, os palácios episcopais deixariam de ser luxuosas residências e poderiam cumprir funções pastorais ou sociais. Para fazer essas mudanças se requer bispos com coragem e perder o medo.

Porém a Igreja é principalmente o povo de Deus, a comunidade dos crentes em Jesus. Eles deveriam ser os que, dentre seus fiéis, propõem ao bispo quem eles querem que sejam seus pastores – celibatários ou casados, homens ou mulheres – preferencialmente com um ofício ou profissão que lhes permita ter independência econômica e que, junto com os leigos mais comprometidos, estejam dispostos a dedicar parte de seu tempo à comunidade.

Isso é muito mais simples que a estrutura que se montou ao longo dos séculos. Para desmontá-la faltam as três condições a que aludia o cardeal Martini: deixar de lado o medo, armar-se de coragem e ter fé. É pedir muito?

O papa Francisco é um homem simples e bom, próximo do povo. Tem dado importantes contribuições doutrinais nos aspectos relacionados com a desigual distribuição da riqueza, o cuidado com a nossa Terra e a defesa dos povos marginalizados. Porém, parece que lhe custa tomar decisões sobre mudanças importantes no funcionamento da instituição eclesial. Vejamos um exemplo recente:

O documento preparatório do Sínodo Pan-Amazônico abordou “estudar a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, preferencialmente indígenas, respeitadas e aceitas por sua comunidade, ainda que tenham já uma família constituída e estável...”. O Sínodo em Roma durou três semanas com a participação de mais de 300 pessoas. Passados mais de três meses do término do Sínodo, o Papa publicou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Querida Amazônia” de 79 páginas, nas quais não toma decisão sobre o tema da ordenação sacerdotal de pessoas casadas.

Frente à necessidade e urgência de mudanças, a Igreja oficial responde com palavras, muitas e bonitas palavras. Porém, recordemos os requisitos que apontava o cardeal Martini para renovar a Igreja: fé, coragem e falta de medo.

Não há nenhum motivo para colocar dúvida na fé profunda do papa Francisco. Parece que tampouco lhe falta coragem, já que se requer boa dose dela para aceitar o cargo que assumiu há sete anos. É válido, portanto, se perguntar se talvez teve medo de algo ou de alguém...

Seguramente terá que se esperar a eleição de um novo Papa que tenha a fé, a coragem e a falta de medo para tomar a decisão de renovar a Igreja desde a raiz, sendo consciente de que isso supõe correr o risco de que algumas forças obscuras consigam terminar com seu mandato antes do tempo.

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