Patriarca Kirill: O cristianismo não tem a ver com o pacifismo

Patriarca Kirill no encontro de Primazes das Igrejas Ortodoxas em Istambul | Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS
  • Sheinbaum rejeita novamente a ajuda militar de Trump: "Da última vez que os EUA intervieram no México, tomaram metade do território"

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

30 Janeiro 2020

Cristianismo e a ideologia da não resistência não são a mesma coisa, disse o chefe da Igreja Ortodoxa Russa.

A reportagem é publicada por La Croix International, 29-01-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O Patriarca Kirill, de Moscou e de Toda a Rússia, disse que o cristianismo e a ideologia da não resistência não são a mesma coisa.

É essencial resistir ao mal, mas de um modo que o mal não nos domine, disse o líder ortodoxo de 73 anos, no dia 27 de janeiro, durante a reunião plenária das XXVIII Leituras de Natal.

“O cristianismo não tem nada a ver com a chamada ideologia do pacifismo. Cristo falou sobre as virtudes do perdão, do amor aos inimigos e de não retribuir o mal com o mal como obra pessoal e trabalho espiritual interior da pessoa”, disse o patriarca.

O chefe da Igreja Ortodoxa Russa alertou que “o pacifismo (...) exige renunciar à resistência ao mal nos níveis social e estatal, comprometendo o sistema de relações sociais e os princípios da justiça e do acordo civil”.

“E quando as pessoas, inadvertida e submissamente, aceitam o mal, concordam com ele e inclinam a cabeça diante dele, é inevitável que ele vença”, acrescentou Kirill.

“É impossível pôr fim às guerras em um mundo cheio de ódio e raiva. Mas devemos resistir ao mal para que esse mal não nos capture, não escravize nossa consciência, não cegue nossos corações com ódio, crueldade e temeridade”, disse o patriarca.

Kirill disse que o problema demográfico na Rússia pode ser resolvido através da imposição de restrições ao aborto.

O patriarca disse que o aborto realizado não por razões médicas deve ser excluído do termo “assistência médica”.

 

Leia mais