19 Setembro 2019
Cerca de 20% da floresta já foi devastada, porém perda de 25% a 40% da área original pode ser irreversível.
A reportagem é publicada por Rádio e Jornal da USP, e reproduzida por EcoDebate, 18-09-2019.
O programa Ambiente É o Meio desta quarta-feira conversa com o engenheiro, pesquisador e coordenador do Programa Amazônia, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Cláudio Aparecido de Almeida, sobre a monitoração do desmatamento na Amazônia.
O Programa Amazônia fornece dados e imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento e, também, os tipos de agricultura. Almeida conta que, até 2018, cerca de 20% da floresta original já havia sido desflorestada. Para ele, os dados são preocupantes, pois “modelos climáticos recentes apontam que, se o desmatamento eliminar entre 25% e 40% do tamanho original da floresta, não haverá mais retorno”.
O pesquisador conta que, somente no ano passado, houve desmate de cerca de 7,5 mil km². Entre os vetores estão ambientes de pastagem, cerca de 60% da área desflorestada e agricultura, como soja ou algodão, 6%. “É importante nos atentarmos para essa questão, pois estamos chegando próximos a um ponto em que não haverá mais retorno. A Amazônia pode desaparecer como floresta e isso vai impactar o mundo todo.”
Ambiente É o Meio é uma produção da Rádio USP Ribeirão Preto em parceria com professores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e Programa USP Recicla da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) da USP.
Sintonize Ambiente É o Meio em 107,9 MHz na Rádio USP Ribeirão ou em 93,7 MHz na Rádio USP São Paulo, todas as quartas-feiras, a partir das 13 horas. Reprise aos domingos, às 17h30, nas duas emissoras.
Para ouvir a entrevista completa clique aqui.
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A Amazônia pode desaparecer como floresta e isso vai impactar o mundo todo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU