A questão social da exploração sexual infantil em Marabá

Foto: Reprodução/ Pixabay

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10 Agosto 2019

"Como igreja e pessoas que acreditam em Jesus Cristo lutemos contra a prostituição porque está atingindo muitas pessoas, mulheres, adolescentes de nossas vilas e comunidades. A Igreja procura estar ao lado de pessoas atingidas pela prostituição infantil. Não é possível permanecer acomodado quando a prostituição, o ganho fácil para a sexualidade anda solto", escreve Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá, Pará.

Eis o artigo.

Estamos assim chocados com uma situação que nesses dias foi divulgada pelos Meios de Comunicação Social, o Jornal: O Correio de Carajás, na qual a mineração de manganês Buritirama, que leva embora mais de um bilhão de reais de Marabá, mas tem como conseqüência a exploração sexual, sobretudo aquela infantil. Esta rota do manganês na Vila União, não pode servir para a exploração sexual sobretudo, de mulheres e de menores. Os órgãos municipais, as autoridades devem levantar a voz e agir contra a exploração infantil, contra menores.

Nós não podemos ficar de braços cruzados, devemos denunciar para que haja vida sobre a morte, e a vida não se torne objeto de uso e abuso de pessoas adultas motoristas contra pessoas adolescentes, mulheres e inocentes. As coisas ocorrem, sobretudo, na Vila União, a 140 quilômetros de Marabá, quase tudo estrada de chão, estrada muito perigosa devido a quantidade de caminhões que nela circulam.

Os motoristas acabam dormindo nos caminhões, e mulheres e às vezes adolescentes entram e saiam no meio da noite, nestes caminhões, como nos foi relatado pelo Jornal: O Correio. Fala-se também conforme a reportagem que nas Vilas anteriores, como Santa Fé e Três Poderes existe a prostituição infantil. Existem bordeis construídos para atrair a situação da exploração sexual infantil por diversos motoristas. Infelizmente a prostituição traz também a questão das drogas para as pessoas infantis e jovens. Como igreja e pessoas que acreditam em Jesus Cristo lutemos contra a prostituição porque está atingindo muitas pessoas, mulheres, adolescentes de nossas vilas e comunidades.

A Igreja procura estar ao lado de pessoas atingidas pela prostituição infantil. Não é possível permanecer acomodado quando a prostituição, o ganho fácil para a sexualidade anda solto. É preciso que a empresa invista em favor da vida, em projetos que correspondam à civilização do amor, de políticas públicas para que haja educação, trabalho digno para todas as pessoas. As autoridades políticas tomem providências contra a exploração infantil. A rota do manganês de Marabá não pode servir para à exploração infantil, mas sim para a vida. Assim o Reino de Deus cresce com a nossa participação.

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