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12 Junho 2019

Graças a Deus, de François Ozon, inspirado em história real, aborda de forma sagaz os abusos sexuais: são as vítimas que denunciam a omissão da Igreja. Fé íntima e religião são apresentadas em um complexo campo de fissuras — e embate

O comentário é de José Geraldo Couto, publicado por Outras Palavras, 07-06-2019.

No Festival Varilux de Cinema Francês, que exibe até o próximo dia 19 o melhor da produção recente daquele país em sessenta cidades brasileiras, incluindo programação no IMS Rio e no IMS Poços, um dos destaques obrigatórios é o novo filme de François Ozon, Graças a Deus, ganhador do grande prêmio do júri no festival de Berlim. Daqui a duas semanas ele entra em cartaz no circuito exibidor.

Seu “assunto” – pedofilia no seio da Igreja Católica – não chega a ser novidade. Três anos atrás, Spotlight, de Tom McCarthy, ganhou os Oscars de filme e roteiro ao reconstituir ficcionalmente a investigação jornalística dos escândalos na arquidiocese de Boston. Graças a Deus também se inspira numa história real – os abusos sexuais de um padre de Lyon com meninos escoteiros de várias gerações –, mas sua abordagem é bem diferente.

Escândalo íntimo

O “escândalo”, aqui, é mais íntimo e silencioso, mais implosão do que explosão. A investigação, bem como o desmascaramento do padre pedófilo, é empreendida pelas próprias vítimas. É num punhado delas – e particularmente em três – que a narrativa busca seu fulcro e sua força motriz.

Esses três personagens centrais são bem diversos entre si. Alexandre Guérin (Melvil Poupaud) é um pai de família burguês, executivo de banco, que continua católico e cria seus filhos dentro da religião. É ele, paradoxalmente, que inicia todo o processo contra o padre. François Debord (Denis Ménochet), por sua vez, é ateu e de temperamento explosivo. Depois de um momento de hesitação, ele resolve levar o assunto adiante, abrindo o escândalo para a imprensa e criando uma associação de vítimas, “La Parole Libérée”.

Por fim, há o personagem mais traumatizado e problemático (entre os três, porque outros, só mencionados, se suicidaram, sucumbiram às drogas etc.): Emmanuel Thomassin (Swann Arlaud), que sofre convulsões epiléticas ao remoer o passado.

O quarto canto desse quadrilátero dramático é o padre abusador, Bernard Preynat, que, na “vida real”, tentou em vão impedir o lançamento do filme nos cinemas, ou pelo menos mudar o nome do personagem. Numa piscada de olho um tanto marota aos cinéfilos, o ator que o encarna no filme é Bernard Verley, que representou ninguém menos que Jesus Cristo no sacrílego A Via Láctea, ou O estranho caminho de Santiago (1969), de Buñuel.

Doença e omissão

Lacônico, elusivo, o padre composto por Verley é mais patético do que propriamente sinistro. Em nenhum momento ele nega seus crimes ou o mal que causou aos meninos. Atribui-os a sua compulsão, que chama de doença. Sinistra mesmo é a omissão da Igreja – e de algumas famílias de vítimas.

É cedo, talvez, para fazer uma avaliação estética mais detida de uma obra que revolve assuntos tão penosos, complexos e candentes. O que se pode dizer com segurança é que Ozon construiu uma narrativa sólida e sagaz, dividida claramente em três partes, cada uma delas conduzida pelo ponto de vista de um dos três protagonistas.

Sobre essa estrutura, ele conseguiu a proeza de abordar ao mesmo tempo o geral e o particular, isto é, o escândalo da Igreja e as feridas pessoais, num contexto histórico e social bem definido. Os atritos e fissuras entre a instituição pública e a fé íntima se condensam na última frase proferida na tela, quando um filho adolescente pergunta ao pai católico, sem obter resposta: “Você acredita em Deus?”

Santiago, Itália

Correndo o risco de ficar meio obscurecido pela programação do Varilux, entra em cartaz também um pequeno filme de um grande cineasta: Santiago, Itália, de Nanni Moretti. “Pequeno”, no caso, não por seu tema, que é interessantíssimo – o acolhimento, pela Itália, de chilenos perseguidos pela ditadura de Pinochet –, mas por sua brevidade (80 minutos) e pelo relativamente baixo empenho formal, em comparação com outros trabalhos do diretor.

É, no fim das contas, um documentário que se aproxima do jornalismo e poderia muito bem ser exibido na televisão, como uma grande reportagem. Baseia-se principalmente em depoimentos de chilenos que, depois do golpe militar que derrubou Salvador Allende em 1973, conseguiram escapar da brutal repressão pinochetista pulando o muro da embaixada italiana em Santiago. Centenas deles, depois de passar meses na embaixada, embarcaram para a Itália e reconstruíram suas vidas lá.

Pungentes, vívidos, ocasionalmente divertidos, esses relatos plenos de drama humano são entremeados de imagens de arquivo dos dias que antecederam o golpe, do movimento militar propriamente dito (com o impressionante bombardeio do palácio do governo) e do terror que se seguiu: tanques na rua, espancamentos de civis, milhares de detidos no Estádio Nacional transformado em campo de concentração. Imagens do acampamento improvisado em que se transformou a embaixada italiana estão entre as mais surpreendentes.

Um dos momentos memoráveis é a entrevista feita por Moretti com um ex-militar chileno que está preso há dez anos, condenado por torturas, assassinatos e sequestros. Ele diz que é inocente e que, se ocorreram “excessos”, Pinochet e a cúpula militar não tinham conhecimento. Encurralado pelos questionamentos do diretor, ele se irrita: “Concordei em falar porque disseram que seria uma entrevista equilibrada, imparcial”. A câmera se desloca então, pela primeira e única vez, para o rosto de Moretti, que diz com um meio sorriso: “Ma io non sono imparziale”.

Vale por uma lição: diante de uma ditadura sanguinária, não há neutralidade possível.

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