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10 Junho 2019

Uma multidão coberta sob guarda-chuvas cantava para Matteo Salvini na Piazza del Duomo, em Milão, no último 18 de maio. O líder da Lega, depois de bradar alguns lemas contra o Islã com seus sócios europeus que o acompanhavam, empunhou um rosário e investiu pela primeira vez contra o papa Francisco. Começou criticando sua visão sobre a migração. Apertando na ferida, sua equipe projetos nos telões fotos de João Paulo II e Bento XVI para que pudesse louvar suas figuras, em contraste com a do atual pontífice. O mesmo fez depois com o cardeal conservador guineano, Robert Sarah, um dos favoritos do setor ultra para o próximo conclave e antagonista de Francisco. Porém o roteiro não é original. É o obstinado letimotiv da crescente ala opositora ao Papa atual, organizada desde os EUA e com certo braço no colégio cardinalício. A novidade é que nesse dia, quando Salvini pronunciou o nome do Papa, a paróquia da Lega, hoje o partido com mais eleitores católicos na Itália, se pôs a vaiar estendendo a insólita divisão às ruas.

O artigo é de Daniel Verdú, publicado por El País, 09-06-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

De um lado ao outro do Tiber ninguém esconde um enfrentamento que também alcança a Conferência Episcopal Italiana. Francisco e o Vaticano – a parte que segue compacta – se ergeu no dique das políticas sociais e migratórias do atual Governo. A relação com o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e com o outro vice-presidente, Luigi Di Maio, ambos católicos, é excelente. Essa é uma questão social, ética, apontam na Santa Sé. O Papa, no entanto, não recusa um certo tipo de política. Ainda que frequentemente parafraseie Henry Kissinger, assegurando que a italiana é demasiadamente complicada e não a entende, acaba dizendo que um “político não deve semear ódio e medo” quando perguntam por Salvini [na coletiva de imprensa do avião de volta da sua viagem à Romênia no domingo passado].

A Lega já é o partido preferido dos católicos praticantes na Itália: seus votantes são 27%

A sequência é geralmente de ação e reação. Quando o Ministro do Interior ataca uma família de ciganos sitiados pelos vizinhos, Francisco os recebe no Palácio Apostólico. Se ele fechar os portos, o Papa abraça as ONGs e seus líderes, como o espanhol Óscar Camps (em total sintonia com Francisco). Até mesmo a Conferência Episcopal Italiana, alinhada com Francisco nesta frente, autorizou um pároco a embarcar no último navio que estava patrulhando o Mediterrâneo, algo que incomodou muito o Ministro do Interior que, como sempre, baseia sua estratégia em um cálculo eleitoral estudado. E os números o respaldam.

Hoje a Lega é o partido preferido dos católicos. Em um ano, desde que Salvini se apresentou pela primeira vez com um rosário e uma Bíblia em um comício, os eleitores que se declaram praticante e vão a cada domingo à missa, passaram de 12% a 27%, segundo uma pesquisa realizada por Demos & Piper para La Repubblica. As pessoas que conhecem Salvini, no entanto, não se lembram de que ele era um católico praticante. Se ele era mais ou menos devoto, eles apontam, não era uma questão pública. Salvini, um homem divorciado que teve duas novas parceiras desde que está no governo, viu um espaço eleitoral desacompanhado entre os eleitores de direita que não entram em sintonia com algumas das ideias de Francisco. "Católico? Tanto quanto eu sei, não foi. Mas ele tem a casa cheia de imagens da Virgem que seus fãs lhe dão, desde quando começou a aparecer com um rosário na mão a cada ato".

Na Itália, onde a Democracia Cristã (DC) governou monoliticamente durante 44 anos, se faz raro ver enfrentamentos entre o Executivo e o Vaticano. É verdade que Pio XII, que decretou em 1949 a excomunhão para quem votasse no Partido Comunista – se negou a fazê-lo com Mussolini –, teve também atritos com o primeiro ministro Alcide De Gasperi, recorda o historiador e ex-diretor do L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian. Especialmente quando o Vaticano incentivou uma lista de ultradireita à Cidade de Roma no qual se conheceu como Operação Sturzo [pelo sacerdote que a encabeçaria] e o hoje venerado líder da DC se negou. Agora, não obstante, ocorre o contrário.

Em 18 de maio, os espectadores de um comício de Salvini vaiaram Francisco quando o líder da Lega o criticou

O choque incomoda os setores mais conservadores da Igreja, tradicionalmente acostumados a estar perto do poder e à direita. O cardeal Gerhard Müller, que até dois anos atrás era chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, criticou há duas semanas que "neste momento, a Igreja faz política demais e se ocupa muito pouco dos fiéis". "Dizer que Salvini não é cristão [disse um dos principais assessores do papa, Antonio Spadaro] é um erro, uma bestialidade. É um julgamento político ", disse ele depois de defender o líder da Lega por sua luta em favor das raízes cristãs da Europa.

Há um mês, o Vaticano escreveu outro capítulo que ultrajou Salvini. O cardeal polonês Konrad Krakewski entrou sorrateiramente na sala do medidor de um prédio ocupado, onde 400 pessoas estavam vivendo por semanas sem eletricidade, e ligou a novamente. Ele imediatamente se tornou um herói para a esquerda e um traidor para a direita. "Vamos passar para o Vaticano a conta de 300 mil euros que este edifício deve", desafiou o ministro do Interior. Mas não houve resposta. Nem negando o gesto do polonês. Alguns no ambiente do Papa acreditam que não foi acidental. "Ele tinha que saber. Eles conversam com frequência e seria estranho se eu não tivesse lhe dito antes. É um símbolo muito poderoso politicamente, que arriscou alienar o Vaticano com o Executivo". Mas no governo, novamente, apenas Salvini interpretou dessa maneira.

O Vaticano tem um bom relacionamento com Conte e Di Maio

O Papa nunca recebeu Matteo Salvini. Em primeiro lugar, porque, como reconheceu o ministro do Interior, ele nunca pediu a audiência através dos canais oficiais. Depois de ter sido perguntado sobre isso no último domingo no voo de volta de sua viagem à Romênia, Francisco aproveitou a oportunidade para elogiar a figura do primeiro-ministro Giuseppe Conte, e deixar claro que o problema está confinado a um único membro do Executivo. "Eu não ouvi dizer que alguém do governo, exceto o premier, solicitou uma audiência. Ninguém. Com ele, foi uma bonita audiência, uma hora ou mais. Um homem inteligente, um professor que sabe do que está falando”.

Esta última polêmica, que Salvini tentou desativar assegurando que ele ficaria encantado em ser recebido, veio a ser traduzida para as páginas do Avvenire, o jornal dos bispos italianos, completamente alinhado nessa batalha. "Seria sensato o vice-primeiro-ministro seguir os canais institucionais e abster-se de alimentar com comportamento ambíguo nas redes sociais as vozes que dizem que o Papa não quer recebê-lo."

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