09 Abril 2019
Mesmo que seja doloroso, deve-se dizer com clareza e decisão que há algo como um coração obscuro da Igreja, um hábito organizacional, uma densa rede de atitudes e práticas consolidadas. Essa mistura de prática e teoria tem efeitos maléficos que envenenam, em alguns casos se mostram mortais. O que alimenta o núcleo obscuro da Igreja são diferentes elementos e fatores que interagem entre si de maneira regular e sistêmica.
O artigo é de Daniel Bogner, professor de teologia moral e ética na Universidade de Friburgo, na Suíça, publicado simultaneamente em alemão na revista online Feinschwarz e em italiano por SettimanaNews, 08-04-2019. A versão inglesa pode ser lida aqui. A tradução da versão italiana é de Luísa Rabolini.
Quão obscuro é o lugar onde os abusos levaram a Igreja? Revelações, confissões e reportagens sobre fatos indizíveis se sucedem ininterruptamente. Até mesmo os bispos falam agora dos "fundamentos sistêmicos" dos abusos. Uma reportagem da rede de televisão Arte (“Religiose abusate: l’altro scandalo della Chiesa”, Abuso de religiosas: o outro escândalo da Igreja, em tradução livre) mostrou como é fácil para os sacerdotes a passagem da função de guia espiritual para o abuso sexual.
É evidente que na Igreja e graças à Igreja existem estruturas do mal. Vamos tomar como exemplo os irmãos Marie-Dominique e Thomas Philippe do norte da França. Eles vêm de uma sólida e clássica família católica. E, no entanto, o que apenas ontem poderia ser considerado um modelo de família cristã (de onze filhos, sete escolheram o ministério sacerdotal), revela-se hoje como um sistema que leva a uma sobre-identificação religiosa.
Os dois irmãos fizeram seus votos na ordem dominicana e fazem carreira na Igreja. Um se torna professor de teologia em Friburgo, na Suíça, bem como espiritus rector da Comunidade de São João, fundada por alguns de seus alunos. O outro é o guia espiritual da comunidade internacional de L'Arca, fundada por Jean Vanier, na qual pessoas com deficiência e pessoais sem deficiência vivem lado a lado.
Mais tarde, ambos os irmãos são acusados de abuso. Quando uma das mulheres abusadas tem um colapso enquanto está com um dos irmãos, ele (Marie-Dominique) a leva para a comunidade da Arca do outro irmão (Thomas), que a abusa novamente. São eventos que deixam sem palavras, precisamente porque não acontecem à margem da Igreja, mas justamente no centro de um catolicismo europeu que se pensava estar vigilante no plano espiritual e sensível no plano social.
De forma similar às contribuições e posições tomadas por Doris Wagner, a documentação apresentada pelo canal televisivo Arte realiza um trabalho indispensável de esclarecimento, que leva ao cerne do problema. Aos nossos olhos, revela-se uma vida eclesial em que não há "linha de demarcação", na qual as práticas ruinosas do ponto de vista moral são realizadas com absoluta impunidade e com tamanha insensibilidade a ponto de torná-las quase banais – quando, aliás, não recebem até mesmo um fundamento teológico-espiritual. Marie-Dominique Philippe, da Comunidade de São João, chegou a elaborar o conceito espiritual do "amour d'amitié" (amor de amizade), no qual a prática do abuso físico-erótico se torna parte integrante da catequese e do acompanhamento espiritual.
E mais ainda: as madres superiores fornecem aos padres as jovens coirmãs, cujas famílias são financeiramente sustentadas como contrapartida para os serviços sexuais de suas filhas (um importante fator de subsistência em muitos países africanos, que torna um membro da família facilmente sacrificável à vida religiosa).
Uma exploração da prostituição exercida a nível institucional, na qual não faltava nem mesmo a obrigação a abortar. Tudo isso no coração da Igreja católica. Praticado, tolerado, permitido e silenciado pelos mais fiéis dos seus sacerdotes e pelos mais eficientes entre os que tinham responsabilidade de liderança. Ficamos sem palavras.
Onde esse complexo de eventos nos leva? Podemos medir com precisão sua dimensão? Podemos fazer isso, nós que de alguma forma somos todos parte envolvida de um sistema eclesial que permite tais coisas?
Naturalmente, os primeiros a serem questionados são os vértices da Igreja. São eles que carregam a responsabilidade oficial e institucional. Eles são os primeiros que devem "fazer um movimento".
No entanto, em todo sistema social - e isso também se aplica à Igreja - o estilo do gerenciamento e a legitimidade da liderança também dependem do comportamento da base social, nesse caso, do povo da Igreja. Este último tem sido por demasiado tempo o "fiel rebanho", um corpo social silencioso que se limitou a receber e elaborar as diretrizes espirituais do clero.
É também por essa razão que tudo ficou imóvel por tanto tempo: os impacientes saíram já há bastante tempo, para colocar sua coragem e energia a serviço de outros pagos, enquanto aqueles que permaneceram não quiseram criar problemas – ficaram os perseverantes, os fiéis de bom coração, permanecem aquele que continuavam no caminho sustentados por uma centelha de esperança. Mas, como está claro agora, esse estado de coisas também mudou.
E finalmente, a teologia. Ela também se tornou cúmplice, na medida em que - por razões compreensíveis - preferiu responder a todos os convites possíveis ao diálogo intelectual honesto, em vez de se dedicar à limpeza dos estábulos de Aúgias presentes no terreno que pisava.
Mas quem continua a dizer “ah, a Igreja! Eu não quero saber mais: há coisas muito mais interessantes”, se torna cúmplice da situação atual. A Igreja precisa da teologia, hoje mais do que nunca. Todos nós somos corresponsáveis pela condição atual e pelo que está por vir.
A legitimação dos abusos parece ser uma constelação de relações e fatores internos. Por exemplo, na Igreja é deixado aberto uma espécie de espaço de oportunidade de abuso. Aos indivíduos potencialmente correspondentes ao perfil de abusador é sussurrado um convite velado: "aqui você pode fazer!"
Até recentemente, esperou-se em vão uma reação duradoura e decisiva das organizações eclesiais.
Quase sempre aqueles que esperavam indignação e firme vontade de restaurar a orientação moral correta por meio de protestos decididos ficaram desapontados.
Que contradição inaudita: a Igreja, cuja missão é anunciar a mensagem da vida, tornou-se para muitos um lugar onde se vivencia a morte, na qual se experimenta a destruição da integridade pessoal, é lesada a própria dignidade de ser humano, se testemunha à morte da própria alma.
A Igreja poderá recuperar a sua credibilidade e, com ela, o único recurso com o qual pode cumprir sua vocação de existência missionária? Primeiro, deverá ser sincera consigo mesma e coerente na análise.
Mesmo que seja doloroso, deve-se dizer com clareza e decisão que há algo como um coração obscuro da Igreja, um hábito organizacional, uma densa rede de atitudes e práticas consolidadas. Essa mistura de prática e teoria tem efeitos maléficos que envenenam, em alguns casos se mostram mortais. O que alimenta o núcleo obscuro da Igreja são diferentes elementos e fatores que interagem entre si de maneira regular e sistêmica.
A sacralização do invólucro. Sobre os papéis ministeriais e sobre as estruturas em que tais papéis estão inseridos, acumulou-se uma pátina no curso da história da Igreja, uma pátina que faz com que o recipiente, o invólucro, seja agora considerado sacrossanto, venerável em si mesmo. Hoje, o que representa a Palavra divina no tempo e na história é mais o invólucro da Igreja do que sua ação concreta, a prática possibilitada por suas estruturas externas. Os rituais litúrgicos comumente adotados contribuem significativamente para o fenômeno: de fato, do ponto de vista simbólico, eles reforçam a sacralização da exterioridade.
Formas e estruturas sacralizadas exigem respeito. Reforçam o temor reverencial que muitos crentes sentem diante dos papéis ministeriais e daqueles que os desempenham. A consciência de que entre os "dois corpos do rei" (Ernst Kantorowicz) existem diferenças reais torna-se cada vez mais apagada, substituída por uma mentalidade de subserviência diante do poder ministerial que, além disso, age "in repraesentatione Christi" e se vale de sua originária "sacra potestas”. Quem poderia objetar? Quem poderia solicitar instâncias de controle ou até de participação? E, por outro lado, consideramos aqueles que desempenham funções ministeriais: alguns deles acostumam-se de bom grado e bem rapidamente a usufruir desse "vento em popa" da sacralidade, dessa espécie de benefício ligado à consagração. É algo a que sabem que podem sempre recorrer quando os meios disponíveis ao humano parecem não bastar.
As dinâmicas da sacralização moldaram uma instituição que não só está bem blindada contra as críticas, mas também está praticamente isenta de qualquer controle vinculante que tenha alguma eficácia. Criticar uma instituição e corrigir as suas ações, uma instituição resplandecente de sacralidade: que paradoxo! E, inversamente, por que motivo dividir a potestas de uma instituição cujo poder é ainda "prestado", é um poder do qual se dispõe apenas de forma fiduciária e que nasce de uma única fonte (a chamada "potestade ministerial de Cristo", tantas vezes chamada em causa)?
O conceito neoplatônico de unidade e o cerimonial da corte da antiguidade tardia fizeram o resto, combinando seus efeitos em tornar impossível uma autêntica separação dos poderes – da qual porém hoje falam até mesmo os bispos orientados para reformas. Se quiser levar a sério a inversão de rumo que afirma desejar, a Igreja terá de ir à escola não só dos pensadores e pensadoras da liberdade (de consciência), mas também, e com igual decisão, daqueles e daquelas da liberdade política (em primeiro lugar, Montesquieu, o filósofo da separação dos poderes).
Um poder indiviso, reforçado por uma aura de sacralidade e tolerado por um povo da Igreja excluído de qualquer forma de participação efetiva - o quadro delineado até agora é apenas um lado da moeda. O outro lado é composto pelas pessoas e associações que encarnam concretamente esse sistema, no qual devem "acreditar". Como critério de seleção dominante, a tradição da Igreja impôs a esse tecido social clerical um filtro baseado essencialmente no gênero.
Foi assim possível estabelecer um clero homogêneo em relação ao gênero, uma classe que era ao mesmo tempo, e muitas vezes de forma indistinguível, também um sistema religioso de afiliação masculina, com seus próprios rituais de reconhecimento e identificação e fortes mecanismos de fechamento para o exterior.
Por esse enraizamento em tal solidariedade como afiliados (uma solidariedade em que a aura sacral também confere uma extrema eficácia), o status sacerdotal está apto a evocar promessas de legitimação e de satisfação por desejos e ações deficitários do ponto de vista psicossexual. Esse status também veicula - explícita ou implicitamente - uma desvalorização constitutiva do outro sexo, que se condensa de muitas maneiras na prática e na doutrina da Igreja.
A esses fatores acrescenta-se uma dinâmica que, embora não concernente apenas à Igreja, assume nela um peso muito especial: onde quer que uma instituição tenha a possibilidade de crescer e se consolidar, nela se desenvolve uma estratégia de autolegitimação baseada em uma "tradição" e na longa duração. Na Igreja, as modalidades comportamentais, as práticas usuais de divisão de papéis, as soluções organizacionais rangem, em alguns casos, sob o peso de muitos séculos. O peso do tempo parece literalmente exalar uma aparente atmosfera de legitimação.
Nessa atmosfera, um diálogo aberto sobre o acesso ao ministério da ordem, sobre o atavismo das estruturas eclesiais ou, ainda, sobre a pluralidade das identidades sexuais, pareceu por muito tempo como uma infração de um tabu - como a ruptura de um acordo tácito sobre o fato de que, afinal, está tudo bem assim como está. Por essa razão, a primeira natureza da Igreja não consiste tanto em uma curiosidade comprometida e responsável, nem na busca de novos caminhos a serem percorridos, mas no esforço contínuo para silenciar os impulsos de renovação e remover conhecimentos antropológicos e psicológicos que, a essa altura, nem são mais nem mesmo novos.
Os elementos descritos até agora, ainda que de maneira provisória, não deixam de interagir entre si, combinando-se de novas maneiras e produzindo efeitos que vão muito além do que foi possível mencionar aqui. Eles constituem o núcleo perigoso da crise da Igreja. Para muitas pessoas, essa Igreja parece estar envenenada. E a sua crise se manifesta em numerosos âmbitos: se começamos a discutir a reforma da Igreja, qualquer tema - as relações entre os gêneros sexuais, a participação dos leigos, as fusões entre paróquias, o burnout dos padres, e assim por diante – isso leva, mais cedo ou mais tarde, a um ou a mais de um desses fatores de crise. Os abusos são o âmbito em que as vítimas são mais visíveis e, claro, as feridas são mais profundas. Enquanto a reação em cadeia desencadeada por esse núcleo incandescente não for interrompida, a Igreja continuará a fazer vítimas em vários setores.
Nenhum dos fatores que mencionamos é capaz, por si só, de produzir diretamente os comportamentos de abuso. Sua interação, no entanto, permite o florescimento de uma subcultura eclesial que só pode ser definida como suporte estrutural dos abusos: um espaço de ação sobrecarregado de "sacralidade", que solicita de maneira excessiva sujeitos que, por causa de sua escolha de vida, são chamados a estreitar relações de reciprocidade.
O fracasso desses sujeitos não é nem previsto nem admissível em nível sistêmico; o fracasso, portanto, deve ser encoberto. Particularmente sensíveis às promessas veladas de "oportunidades" de abuso são pessoas com determinadas disposições básicas: não apenas pessoas com tendências pedófilas mais ou menos manifestas, mas também pessoas que, por natureza, acham difícil manter a devida distância dos outros e tendem a superar os limites com excessiva facilidade.
Ao mesmo tempo, eles também são vítimas desse núcleo tóxico da Igreja. Claro, se for aplicado a eles o termo "vítima", isso pode irritar. Mas quer expressar o fato de que a Igreja oferece uma cultura que favorece a implementação de abusos e não sabe como traçar limites que possam impedir que determinadas predisposições sejam traduzidas em realidade.
Isso, no entanto - dada a natureza excessiva das tendências que habitam em cada um de nós - realmente diz respeito a todos nós; afinal de contas, todos nós nos apoiamos naqueles mecanismos de controle oficial e controle social informal que estão em vigor no estado e na sociedade e que nos ajudam a não nos tornarmos perpetradores ou perpetradoras de abusos.
É precisamente aqui que a Igreja fracassa, uma organização que tem uma relação confusa com a comunicação transparente, a crítica democrática, a diversidade de gênero e o dever de responder publicamente pelas próprias ações.
Com isso não se pretende justificar de forma alguma as ações daqueles que cometeram abusos; o que acaba de ser ressaltado evidencia, sob outra perspectiva, como é problemático o efeito dos "fatores sistêmicos" da Igreja, em qualquer direção.
Neste momento, em muitos lugares do mundo, a Igreja volta seu olhar para a realidade dos abusos que descobriu dentro de si mesma. Os bispos alemães reagem inaugurando um "percurso sinodal" que será credível na medida em que conseguirá ser vinculante. Na diocese de Lyon debate-se intensamente sobre a maneira mais honesta de recomeçar ex novo e se talvez não seria oportuno que o bispo, condenado, entregue sua demissão como um sinal de responsabilidade.
Nos Estados Unidos, a Conferência Episcopal está em conflito com o Papa sobre o pacote de medidas contra os abusos sexuais que apresentou. Por seu lado, os bispos africanos, para quem a gestão e elaboração da questão dos escândalos dos abusos vai além de sua força, pedem ajuda das Igrejas europeias. E a lista poderia continuar. Ela nos apresenta uma Igreja que está inquieta e desprovida uma nova orientação comum. Uma orientação que não encontrará se não se inclinar para olhar para o obscuro núcleo tóxico que se esconde em seu próprio interior.
Muitas das ideias que conseguimos abordar aqui apenas brevemente precisam ser profundadas com extrema urgência. Antes de tudo: o que "separação de poderes" pode significar no contexto de uma fé que parte da convicção de poder representar a potestade divina anunciada em Cristo e a eficácia salvífica da fé através de um modelo sacramental dos papéis eclesiais (o ministério da ordem)? E, na mesma linha, não poderia ser talvez oportuno dar à fundamental distância entre os representantes (os escritórios, as práticas e as estruturas da Igreja) e o representado (Deus) uma expressão mais visível e sensível - e isso não apenas na espiritualidade e na linguagem religiosa, mas também na forma organizacional da Igreja, que é visível para todos?
Como poderia tal despotenciação ontológica do ministério sacerdotal e da estrutura da Igreja encontrar aplicação no plano social sem, ao mesmo tempo, causar a perda da nuance peculiar do significado do catolicismo?
Estou convencido: a fé cristã não desaparecerá do nosso mundo. Sua mensagem é tão forte e tão carregada de valor que continuará a mover os homens mesmo que, por outro lado, a Igreja ofereça condições tão contraditórias e desfavoráveis a isso.
Além disso, o fato que o encontro entre a palavra de Deus e os homens ocorra cada vez menos através dessa Igreja e, cada vez mais, fora de seus claustros, também pode ser positivo. Há tempo surgiram, e continuarão a surgir, lugares alternativos nos quais os homens podem vivenciar a força libertadora da mensagem divina.
Para os líderes da Igreja a questão é posta nestes termos: pode a Igreja, mantendo sua conformação histórica, permanecer também como um lugar de encontro com Deus (e talvez, até mesmo um lugar privilegiado para tal encontro) - ou voltar a ser tal, assumindo as exigências de renovação que os abusos colocaram diante dos olhos de todos?
O discurso do papa no final do encontro em Roma das conferências episcopais de todo o mundo contra os abusos foi fortemente criticado. Nem todos, no entanto, convergem na adesão às críticas: o papa teria se limitado a especificar o modo em que deve ser considerado o contexto em que se colocam os eventos que interessam a Igreja. Isso está certo, mas as críticas continuam válidas.
O que estava errado, de fato, não foi o conteúdo de seu discurso, mas sua modalidade. Também nesse caso, como sempre, a Igreja falou de uma perspectiva externa a lugares sociais específicos e concretos. Continua a presumir que pode julgar a realidade social com critérios objetivos e com um "olhar de cima". A Igreja Católica considera-se universal e não percebe até que ponto, em vez disso, ela foi apenas um ator específico entre os demais.
Não abre mão de suas pretensões de superioridade moral, enquanto a Igreja fere inacreditavelmente os seus valores, enquanto podem ser identificadas as causas sistêmicas de sua crise e surgem lícitas dúvidas sobre o fato dela realmente querer elaborar essas causas de forma sustentável.
Nesta situação, seria muito mais honesto falar em primeiro lugar, não dos outros, mas de si mesmo. O trabalho que nos espera já é bastante grande. Se será ou não bem-sucedido, não é do conhecimento de ninguém. "Essa economia mata" - foi assim que o papa formulou sua crítica à globalização. Essa Igreja também mata, devemos acrescentar hoje.
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Essa Igreja mata - Instituto Humanitas Unisinos - IHU