20 Março 2019
O Inesc lançou ontem um estudo bem importante pra se entender como a austeridade está minando a assistência farmacêutica – mas nem de longe a indústria ou o consumo de remédios. Depois de grande alta em 2016, no ano seguinte o orçamento federal para programas de acesso a medicamentos caiu 14,4%, muito mais do que a queda geral do orçamento da Saúde, que foi 3% (isso logo após a emenda do Teto dos Gastos).
Mas as vendas das farmacêuticas continuaram de vento em popa e, também em 2017, cresceram 13%. Aliás, em 2021 o Brasil deve se tornar o quinto mercado mundial de medicamentos.
Quando o Outra Saúde conversou com a pesquisadora Evangelina Martich sobre os genéricos, ela observou que a demanda por medicamentos justamente é inelástica, ou seja, as pessoas consomem porque precisam, mesmo que precisem cair na pobreza para continuar comprando.
A informação é de Outra Saúde, 20-03-2019.
Apesar de cortar na assistência, o governo segue com crescentes subsídios ao setor. Que em tese deveriam se converter em preços mais baixos para o consumidor, mas isso não aconteceu. O resumo da ópera é o seguinte: Em 2017 o orçamento para a área caiu R$ 2,8 bilhões e foi para R$ 16,4 bi; o setor farmacêutico teve lucro de R$ 11,3 bi, e os gastos tributários anuais do governo com essa indústria são de R$ 9,5 bi. O documento completo está aqui.
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Assistência farmacêutica em queda livre - Instituto Humanitas Unisinos - IHU