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O significado universal do judeu Jesus. Artigo de Mauro Pesce

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25 Janeiro 2019

“A pesquisa sobre o Jesus histórico não é a negação da fé, mas, ao contrário, é a busca de uma fé mais verdadeira, mais humana, mais radical, mais fiel ao judeu Jesus. É uma busca que nos afasta da mitologia consoladora que deixa o mundo como está e, muitas vezes, acaba justificando-o, derramando um meloso ‘perdonismo’ sobre opressores e oprimidos, limitando-se a pedir apenas às vítimas que perdoem os seus predadores.”

A reflexão é do biblista e historiador italiano Mauro Pesce, ex-professor da Universidade de Bolonha, onde fundou o Centro Interdepartamental de Estudos sobre o Judaísmo e sobre o Cristianismo (CISEC).

O artigo foi publicado em Adista Documenti, n. 45, 29-12-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto

Eis o texto.

Todos os anos, os cristãos celebram a recordação do nascimento de Jesus e a adoração dos magos. O relato de Mateus, na realidade, queria evidenciar que Jesus era “o rei dos judeus” e que a estrela indicava o surgimento do novo reino de Deus sobre todos os povos da terra (Mt 2, 2). Os Evangelhos queriam afirmar que Jesus era o messias libertador do povo de Israel (At 1, 6).

O cristianismo posterior, porém, deu um sentido profundamente diferente para esses textos, destacando-os do seu contexto judaico e transformando o judeu Jesus em uma espécie de Deus antigo que desce sobre a terra para salvar a humanidade. Inseriu-se nisso uma mitologia cristã imensamente distante daquilo que Jesus dizia e fazia.

Mas os poucos anos (ou poucos meses) em que Jesus realizou a sua atividade ainda hoje são um ponto de referência essencial. O que importa de Jesus é acima de tudo a sua prática de vida.

A sua primeira mensagem, ainda hoje, como nos tempos de Francisco de Assis, é o seu modo de vida radical: sem casa, trabalho, bens, itinerante de vilarejo em vilarejo, diante das cidades helenizadas e romanizadas, abrindo as casas das pessoas convidando-as à hospitalidade, à convivialidade com os mais pobres e doentes.

Jesus não queria morrer. Seu propósito era preparar a entrada dos homens e das mulheres no reino divino: ele desejava que o mundo mudasse e que se concretizasse o mais rápido possível o grande advento de Deus.

A pregação de Jesus provocava a hostilidade dos detentores do poder. Jesus estava do lado dos pobres, denunciava a riqueza como inimiga de Deus, previa o perdão de dívidas, rejeitava o repúdio das mulheres pelos maridos e dava pouca importância às regras rituais: tudo isso levava a imaginar uma possível inversão da ordem social e provocava a hostilidade das elites.

Jesus esperou até o fim no advento imediato do poder divino e fez todo o possível para evitar a própria morte, que não lhe parecia necessária para esse advento. Jesus não foi morto porque assim havia sido estabelecido por Deus, mas porque ele representava um elemento de desestabilização: as suas palavras sobre a injustiça haviam sido afiadas. Ele tinha ousado denunciar os atos ofensivos dos poderosos, frequentava os pecadores e falava de perdão.

Na pregação eclesiástica atual, em vez disso, a sua morte não é o resultado da vontade dos adversários de tirá-lo do meio do caminho, mas é apresentada como se fosse o seu próprio anúncio. A pena capital infligida pelo poder político torna-se, assim, uma ação programada por Deus. Isso é crucial, porque desativa a carga explosiva do escândalo e transforma a morte em um modelo de ascese pessoal. Eliminar as motivações históricas e exaltar uma causa divina transforma o sentido não só da morte de Jesus, mas também da sua vida.

Se quisermos resumir tudo em poucas palavras, devemos dizer: o significado universal de Jesus está na sua prática de vida baseada no anúncio da chegada do reino de Deus. O significado de Jesus não está na sua morte, mas na sua ação positiva pelos mais fracos e no seu convite à conversão e ao amor recíproco.

Imitar Jesus é seguir o seu estilo de vida e a sua ação, e não um sacrificar-se interior místico e inútil.

Então, como ler os Evangelhos criticamente? Eu aconselho, desta vez, algumas obras de Claudio Gianotto: I Vangeli apocrifi [Os Evangelhos apócrifos] (Ed. Il Mulino, 2009) e Ebrei che credevano in Gesù [Judeus que acreditavam em Jesus] (Edizioni Paoline, 2012). Sobre Jesus: A. Destro-M. Pesce, L’uomo Gesù [O homem Jesus] (Ed. Mondadori, 2008) e La morte di Gesù [A morte de Jesus] (Ed. Rizzoli, 2014).

A pesquisa sobre o Jesus histórico não é a negação da fé, mas, ao contrário, é a busca de uma fé mais verdadeira, mais humana, mais radical, mais fiel ao judeu Jesus. É uma busca que nos afasta da mitologia consoladora que deixa o mundo como está e, muitas vezes, acaba justificando-o, derramando um meloso “perdonismo” sobre opressores e oprimidos, limitando-se a pedir apenas às vítimas que perdoem os seus predadores.

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