17 Mai 2018
Em entrevista à BBC Brasil no Reino Unido, onde participou de um ciclo de palestras organizado por estudantes brasileiros, Drauzio Varella defendeu que os ricos deixem de usar o Sistema Único de Saúde (SUS).
"Um país com mais de 200 milhões de habitantes ousou dizer que saúde é um bem de todos e um dever de Estado (...) Acho que, num país com a desigualdade do Brasil, temos uma parte da população com condições econômicas bastante favoráveis que não deveria usar o SUS. Deveria deixá-lo para quem não tem outra alternativa: ou se trata pelo SUS ou não se trata. Então, não tem sentido de eu estar ocupando o lugar do outro, tenho que me entender com a iniciativa privada", diz. Tampouco economizou palavras duras quanto à intervenção política no Ministério da Saúde.
"Você sabe quantos ministros da Saúde o Brasil teve de 2000 a 2018? 12. Nos últimos cinco anos, foram seis. A média de permanência no cargo foi de dez meses. Outro problema é que no Brasil temos milhares de cargos de confiança, trocamos os diretores de hospitais pelo país inteiro, trocamos os chefes de autarquias...a cada dez meses os processos são desestruturados. Isso ocorre em todas as esferas: federal, estadual e municipal. Como você consegue organizar uma empresa, qualquer uma, se a cada dez meses todos os diretores e gerentes são trocados?", questiona.
Durante a conversa, Varella também falou sobre sua experiência nos presídios brasileiros, nos quais é voluntário há décadas. Também discorre sobre temas que costumam gerar polêmica, como a descriminalização das drogas, o aborto, a homossexualidade e o papel da fé no processo de cura.
Drauzio Varella concedeu entrevista à Luis Barrucho, publicada por BBC Brasil, 16-05-2018.
Qual é o principal problema de saúde pública do Brasil?
São muitos os principais problemas. Temos um sistema único de saúde no Brasil que as pessoas conhecem mal e que, infelizmente, tem uma má fama. Mas o SUS continua sendo o maior sistema de saúde do mundo. Um país com mais de 200 milhões de habitantes ousou dizer que saúde é um bem de todos e um dever de Estado. Lógico que temos a dificuldade de tornar o SUS realmente acessível à toda a população, mas também tivermos enormes avanços. Temos o maior programa de vacinações do mundo, temos o maior programa de transplante de órgãos gratuito do mundo todo, revolucionamos a epidemia de Aids, e há muitas outras ilhas de excelência. Por outro lado, há alguns gargalos que dificultam o acesso. O principal problema está na atenção básica.
O sr. falou que o Brasil ousou criar um sistema de saúde que é universal. Na sua opinião, o SUS deveria deixar de ser universal? Qual seria a solução de curto prazo para o SUS?
O SUS foi um grande avanço. Não podemos perder isso. É uma conquista da sociedade brasileira. Temos que defender o SUS antes de tudo. Mas acho que, num país com a desigualdade do Brasil, temos uma parte da população com condições econômicas bastante favoráveis que não deveria usar o SUS. Deveria deixá-lo para quem não tem outra alternativa: ou se trata pelo SUS ou não se trata. Então, não tem sentido de eu estar ocupando o lugar do outro, tenho que me entender com a iniciativa privada. Já outras pessoas defendem o fim da saúde complementar no Brasil. Acho que isso é um radicalismo incoerente, porque é jogar em cima do SUS pessoas que já são muito privilegiadas. O que temos que fazer é aprimorar o SUS.
A solução está dentro do SUS. Para isso, é preciso, em primeiro lugar, impedir a intervenção política. Você sabe quantos ministros da Saúde o Brasil teve de 2000 a 2018? 12. Nos últimos cinco anos, foram seis. A média de permanência no cargo foi de dez meses. Outro problema é que no Brasil temos milhares de cargos de confiança, trocamos os diretores de hospitais pelo país inteiro, trocamos os chefes de autarquias...a cada dez meses os processos são desestruturados. Isso ocorre em todas as esferas: federal, estadual e municipal. Como você consegue organizar uma empresa, qualquer uma, se a cada dez meses todos os diretores e gerentes são trocados?
O segundo ponto é como vamos gerenciar o SUS. Os recursos são limitados. Mas isso não é discussão do Brasil. São limitados na Inglaterra, nos Estados Unidos, que investem 18% do PIB, ou seja, mais de US$ 2 trilhões para a saúde. Poderíamos fazer mais com os recursos que nós temos. Não seria possível dar uma saúde maravilhosa e nem dar tudo para todos. Mas haveria a possibilidade de fazer mais se tivéssemos organização, já num nível municipal, estadual e até federal mais razoável. Um gerenciamento mais eficiente do que nós temos hoje.
Se o Sr. fosse ministro da Saúde, qual seria sua primeira medida?
Seria uma tragédia. Não entendo nada de administração pública. Mas eu acho que não existe uma única medida. Primeiro de tudo, é importante ressaltar a importância política do ministro da Saúde. O ministro da Saúde tem que ter liderança. Quem é o atual ministro da Saúde do Brasil? O ministério da Saúde é de um partido político que tem mais representantes na Lava Jato. O ex-ministro da Saúde (Ricardo Barros) saiu para concorrer à eleição. Seu substituto é o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (Gilberto Occhi), que é do mesmo partido. Qual é a lógica? Qual é o projeto? Qual é a política pública de saúde que uma pessoa dessas pode trazer para o ministério? Não precisa ser um médico. Mas tem que ser uma pessoa que ouça os técnicos, que tenha ideias do que fazer para enfrentar esse enorme desafio. E o enfrentamento desse enorme desafio tem que começar lá em baixo. Tem que começar na Unidade Básica de Saúde. Porque aí que você resolve quase todos os problemas.
Qual é a imagem do SUS? É o pronto-socorro. Um local cheio de macas no corredor, com pessoas sentadas no chão e um sujeito falando: 'estou aqui com o meu pai há quatro horas, ele está doente e ninguém o atende'. Essa é a imagem que a população faz do SUS. Mas se você for nessa fila, 80% ou mais das pessoas que estão ali não tinham que estar naquele lugar. Temos a cultura do pronto socorro no Brasil. Passou mal? Vai para o pronto socorro. Estou com dor de garganta? Vou para o pronto socorro. Você não devia ir para lá. Isso você resolve na Unidade Básica de Saúde, desde que essa unidade funcione, desde que você tenha recursos mínimos nesse lugar para tratar os casos mais simples e deixa para o pronto socorro aqueles que realmente precisam de uma intervenção de urgência. Começaria por aí.
O sr. vem atuando em penitenciárias brasileiras há muito tempo. Essa dedicação gerou três livros entre eles o best-seller Carandiru, que virou filme. Como o sr. vê a atual situação das penitenciárias brasileiras?
A sociedade brasileira, na qual eu me incluo, quer ver bandido na cadeia. Quando cheguei ao sistema penitenciário, em 1989, no antigo Carandiru, o Brasil tinha 90 mil prisioneiros, entre homens e mulheres. A população total de presos hoje no Brasil está na casa dos 720 mil. Encarceramos muito mais do que no passado. Sete vezes mais. Mas a população do país não aumentou sete vezes mais de 1989 para cá. E a segurança pública melhorou nas cidades brasileiras?
É isso que ninguém reflete. Está na cara que isso é uma guerra perdida. Não é assim que vamos resolver o problema. Não é desse jeito. Encarcerar simplesmente não melhora a segurança nas cidades. A gente se esquece de que esses que estão sendo presos vão ser libertados em pouco tempo. Mas quando voltam, voltam mais preparados para o crime. Vão conviver com os mais velhos, que participam de facções criminosas. Vão sair da cadeia mais organizados, mais articulados, do que quando entraram. O encarceramento tem que ser repensado.
Está certo prender por quatro anos uma menina que coloca droga na vagina e leva para o namorado? Quem aqui ganha com isso?
Ainda esse existe por parte da sociedade essa mentalidade de que bandido bom é bandido morto...
Quem pensa assim pertence a uma de duas classes. Primeiro, a classe das pessoas que têm o que perder. Ou seja, "não quero ser assaltado, não quero que estuprem a minha filha, então mata esses caras, tira eles do caminho". É uma filosofia. Os outros são os que estão lá embaixo na rede social.
Porque quando a gente fala em violência no país, a gente fala da violência contra a classe média e a classe mais rica. O Rio de Janeiro teve um episódio anos atrás de um médico que estava andando de bicicleta na Lagoa e morreu ao ser esfaqueado durante um assalto. Esse caso todo mundo cita até hoje. Mas nesse período, de lá para cá, quanta gente morreu nas favelas do Rio de Janeiro? Quantas pessoas? Quantos jovens? Quantos pais de família morreram nas favelas cariocas? Aqueles que estão ali naquele local são os que vivem a maior violência. A violência no Brasil é especialmente uma violência contra os pobres, é secundariamente uma violência contra os que estão numa situação financeira melhor.
É muito fácil você dizer no Brasil que quem quer trabalhar trabalha e vive bem. Vou usar uma palavra muito na moda hoje: meritocracia. Meritocracia é bom para quem teve formação universitária, condições de vida muito razoáveis, bem privilegiadas. Aí vale a meritocracia. Agora, como comparar o nosso caso, em que tivemos todas as oportunidades, com os dos outros que nascem na favela? Qual é a chance de uma criança dessas competir com a gente? É zero. Não existe possibilidade. Aí você põe essas crianças num lugar violento.
A violência urbana tem inúmeras causas. Três delas foram estudadas cientificamente. Em primeiro lugar, uma infância submetida à violência. Uma infância sem amor, sem carinho dos familiares. Segundo, a falta de estrutura familiar ou social que imponha determinados limites. Ou seja, ter adultos que dão o exemplo, que sirvam de modelo. E a terceira é a convivência com pares violentos. Então se você pegar essas três condições, você está falando da população de todas as periferias de todas as cidades brasileiras. Quando você analisa isso, você até acha que o país é pouco violento.
Vamos falar agora de temas mais polêmicos. Descriminalização das drogas. Você é a favor ou contra?
Essa guerra às drogas nos levou ao quê? Ao pior do mundos. Estamos aqui em Londres. Eu não uso nada. Você também não. Mas se quisermos sair às ruas e achar cocaína, não vamos achar? Estamos falando de Londres. Imagina em São Paulo, no Rio de Janeiro...se a droga entra na cadeia, imagina na rua.
O sr. é a favor da descriminalização para drogas pesadas, por exemplo?
Sou a favor da descriminalização sempre. O usuário não pode ser criminalizado. Isso é uma questão de saúde. Por que não pode ser descriminalizado? Porque ele não entra nessa querendo virar dependente. Todo mundo que usa uma droga, pensa no quê? Naquele prazer que está obtendo naquele momento. A maioria das pessoas que usa droga não se torna dependente. Tome o exemplo do álcool. De todas as pessoas que bebem, quantas são alcoólatras? A dependência está associada a fatores comportamentais, sociais e biológicos. E até genéticos. Por que tratar essa pessoa como bandido? Ela precisa de ajuda. Trata-se de um problema de saúde.
Outra questão é a legalização das drogas. Vamos chegar fatalmente a esse ponto. Imagine que hoje nós proibíssemos todo mundo de fumar. O que ia acontecer? Tremendo tráfico. Por outro lado, não devemos legalizar todas as drogas do dia para a noite. Temos que começar com a maconha. Por quê? Porque é menos aditiva. Maconheiro é louco para dizer que maconha não vicia. É lógico que vicia. Mas ela é menos aditiva. Você não vê ninguém vendendo casa ou carro para comprar maconha. Você não vê ninguém morrendo de overdose de maconha.
Agora, não é um processo simples. Como você faz? É o Estado que vai vender? Quando vejo esses meninos fazendo passeata para legalizar a maconha, acho um raciocínio mágico, não é tão simples. Isso pressupõe uma política séria, muito bem coordenada, muito bem organizada para começar criar situações que estrangulem o tráfico economicamente. Porque é a única forma de combatê-lo com inteligência.
Ainda sobre esse assunto, existe esse argumento de que justamente por ser proibido e ilegal, você tem menos pessoas usando, ou seja, se você descriminaliza, você acaba induzindo que mais pessoas possam experimentar. Esse argumento faz sentido?
Faz algum sentido. Acho que é mais ou menos inevitável. O consumo vai aumentar. Agora, tem que agir lá atrás. Não se pode liberar a maconha e quem quiser fuma. Você tem que explicar para as crianças quais são os problemas de fumar maconha. São muitos. Como essa armadilha pode levar à dependência. Como funciona o cérebro. Qual é a ação da droga no cérebro que faz com que ele te faça repetir mesmo sem o prazer que sentia antes. Você vê que todo maconheiro velho reclama da qualidade da maconha atual. Todos se queixam. Na verdade, a maconha hoje é muito mais forte hoje do que a do passado. É ele que já não sente mais o mesmo efeito.
Temos que investir na educação. Não estamos fazendo isso com o cigarro? Você vê meninos e meninas chegando em casa e pedindo para os pais pararem de fumar. A única forma de combater as drogas é diminuir o número de usuários. Para isso, precisamos educá-los.
Outro assunto muito polêmico é o aborto. O sr. é favor ou contra?
Sou contra, lógico. Mas mais contra do que eu são as mulheres que fazem aborto. Elas são contra. A gravidez provoca uma alteração hormonal imediata na mulher. Desde o instante em que o óvulo chegou no útero, o ambiente hormonal não é mais o mesmo. Pois a função biológica dessa mudança é preparar a mulher para aguentar a gravidez. Imagino que não seja fácil.
Sendo assim, se a mulher grávida deseja interromper a gravidez, é porque ela tem um motivo muito forte para isso. E esse motivo muito forte vai fazer com que ela interrompa a gravidez, em qualquer circunstância. E quem são as que vão morrer? As pobres e as negras pobres, que vão fazer o aborto em condições inseguras. Porque as mulheres de classe média vão fazer com médicos, talvez não em condições ideais, mas razoáveis. O aborto no Brasil é, na verdade, livre, desde que você tenha dinheiro para pagar por ele.
Há uma PEC - proposta de emenda à Constituição - parada hoje no Congresso que quer proibir o aborto em circunstâncias nas quais ele é legal, como feto anencefálo, quando há risco de morte para a mulher por causa da gravidez ou em casos de estupro. Como o sr. vê isso?
O Congresso nacional é formado basicamente por homens. Gravidez é um processo feminino. Puramente feminino. O nosso papel como homens é irrelevante. Você faz um sexo ao acaso com uma mulher qualquer e essa mulher vai ter um filho. Você vai dizer que esse filho é seu? Sim, biologicamente é seu. Porque tem metade dos seus genes. Mas você nunca mais viu essa pessoa. Ela nunca mais te viu. Nem sabe quem você é. Mas ela tocou a gravidez até o fim. Levou a gravidez igualzinho à outra que é casada, no civil e no religioso, tudo certinho. O homem colabora com uma célula. A mulher pega essa célula dele e constrói uma criança em nove meses, que nasce com boca, nariz e dois olhos. Por isso que digo que é um processo puramente feminino. Você vai ser pai dessa criança? Vai. Depois dessa criança nascer, aí você pode ser um pai maravilhoso. Então, ficam esses homens que não têm ideia desse processo impondo regras. É uma forma de subjugar as mulheres.
Um vídeo do sr. sobre os LGBT viralizou recentemente. Ainda existe um preconceito muito forte no Brasil ainda contra essa minoria. Como é que o sr. vê esse preconceito?
Neste vídeo, eu digo 'que diferença faz para você se seu vizinho dorme com outro homem? Se a sua vizinha é apaixonada pela colega de escritório? Se faz diferença, procure um psiquiatra. Você não está legal'. Eu penso assim mesmo.
O que você tem a ver coma vida dos outros? Duas pessoas se amam, são do mesmo sexo, qual é o problema? O que isso me atinge? Por que discutir esse comportamento como se isso fosse uma aberração? A homossexualidade existe em todos os mamíferos. É uma condição biológica. Você não chega a uma fase da vida e pergunta a si mesmo se quer ser gay ou heterossexual. A sexualidade é; ela se impõe. Você tem mulheres e homens que gostam do mesmo sexo e, entre esses dois extremos, você tem uma gama enorme de comportamentos sexuais. O que não podemos é querer impor a nossa condição para os outros porque eles são diferentes.
Queria lhe fazer algumas perguntas pessoais. Qual é a sua maior frustração como médico?
Existem muitas frustrações. Primeiro com os erros que eu cometi no decorrer da profissão. Todos nós erramos, mas o erro em medicina pega de um jeito muito diferente. Eu felizmente não cometi erros graves, que colocassem a vida dos outros em risco. Mas às vezes tomei decisões que não foram as mais acertadas naquele momento. Nós médicos temos dificuldade de falar sobre essas coisas. Isso me dá um pouco de frustração. Outra coisa é você sentir essa disparidade no Brasil entre a medicina de qualidade oferecida para uma camada muito pequena da população e uma medicina de baixa qualidade oferecida para a grande massa de brasileiros.
Qual conselho o sr. daria para um estudante de medicina que acabou de se formar?
Primeiro conselho é o seguinte: medicina é uma profissão para quem gosta de estudar. Se você não gosta de estudar, vai fazer outra coisa na vida. Se você dedicar para outra profissão o esforço que dedicamos para a medicina, os plantões, as horas de estudo, os fins de semana que a gente trabalha, se você estiver no mercado financeiro, você fica rico com esse tipo de dedicação. Então, medicina é para quem gosta de estudar, tem prazer de se dedicar à medicina. A segunda é que você não pode perder a perspectiva. Ou seja, tratar um nicho populacional sem se preocupar com o resto. Não sou contra o médico ter clínica particular, ganhar dinheiro. Eu mesmo tenho tudo isso. Mas algum trabalho você vai ter que fazer para ajudar quem está numa situação mais difícil e que jamais terá acesso à medicina de qualidade. Essa perspectiva não pode ser perdida.
O sr. se diz ateu mas muita gente fala que o processo de cura foi ajudado pela religião. Isso é verdade ou é mentira?
Isso é uma bobagem. Imagina que você teve um tumor de estômago. Foi operado, fez quimioterapia e rezou bastante para ficar curado. E você ficou curado. Então, por essa lógica, teria recebido uma dádiva de Deus. Mas então por que Deus lhe deu esse tumor de estômago? Por que não lhe deu essa "dádiva" antes? Isso é um desrespeito com os que morreram.
Muita gente também acredita em pensamento positivo. Quer dizer que os que morreram não tiveram pensamentos positivos? A verdade é que a gente precisa encontrar uma explicação sobrenatural para fenômenos que a gente não conhece. Eu trato alguns pacientes e eles se curam e trato outros e eles não se curam. É assim. O acaso está ligado à natureza humana o tempo todo. Como não consigo explicar que leis são essas, então, eu digo foi Deus. Prender-se a essas explicações miraculosas é um empobrecimento da condição humana.
O que o médico mais detesta ouvir falar de um paciente?
Não tinha pensado nisso. Acho que é o "graças a Deus". Você fica com vontade de dizer: "Graças a Deus?! E eu?! Não ajudei nada?!".
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Ricos 'não deveriam usar o SUS', diz Drauzio Varella - Instituto Humanitas Unisinos - IHU