"O percurso do conflito para a comunhão é irreversível", afirma presidente da Federação Luterana Mundial

Rev. Musa Panti Filibus | Foto: Albin Hillert - FLM

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12 Dezembro 2017

O presidente da Federação Luterana Mundial, o arcebispo Panti Filibus Musa, reuniu-se no Vaticano na semana passada com o Papa Francisco; é a primeira visita a São Pedro de Musa, eleito em maio passado na Namíbia no comando da comunidade luterana mundial. Em seu discurso agradeceu ao pontífice pelo aprofundamento das relações ecumênicas entre as duas tradições da igreja e o forte compromisso que a Igreja Católica assumiu neste ano de comemorações do 500º aniversário da Reforma Protestante: "A sua presença na comemoração conjunta da Reforma em Lund, foi para nós um dom precioso. Ela marcou um ponto de virada significativo: não são mais os conflitos do passado que marcam as nossas relações, mas o espírito da unidade como dom do Espírito Santo".

A informação é publicada por Riforma, 11-12-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

Referindo-se ao encontro na Suécia em 31 de outubro de 2016 o pontífice comentou como "Tenha sido importante para nós encontrarmo-nos principalmente na oração, pois o dom da unidade entre os crentes se enraíza e floresce não como resultado de projetos humanos, mas através da graça de Deus. Somente por meio da oração podemos cuidar uns dos outros. A oração é como o combustível do nosso caminho rumo à plena unidade".

Musa, que é arcebispo da Igreja Luterana de Cristo na Nigéria (LCCN), estava acompanhado pelos vice-presidentes das sete macrorregiões que compõem a Federação luterana e pelo secretário-geral, pastor Martin Junge.

Outro ponto que incentiva a colaboração entre as partes é o acordo assinado há um ano entre o World Service e a Cáritas, os dois ramos sociais das comunidades luteranas e católicas, que da Colômbia ao Nepal já deram início em 2017 a vários projetos conjuntos.

Musa recordou como o evento Lund represente um sinal de esperança para muitas famílias interconfessionais que "compartilham tudo na vida, mas não podem compartilhar o pão e o vinho na mesa eucarística, e assim nos lembrarmos dessa dolorosa ferida ainda aberta. A eucaristia não é apenas o objetivo final da nossa viagem, mas o cerne da nossa relação. Começamos um caminho irreversível do conflito para a comunhão, e não queremos mais abandoná-lo".

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