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A polarização não está nos deixando pensar

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23 Novembro 2017

“Ser ético e combater a corrupção ou ser justo e combater a desigualdade são identidades que estão sendo politicamente mobilizadas por grupos de poder para promover projetos que nem sempre são éticos e nem sempre são socialmente justos”, escreve Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 22-11-2017.

Segundo ele, “à medida que a polarização avança, essas identidades estão sendo alargadas para cada vez incluir mais convicções políticas apaixonadas - agora, elas estão passando a incluir também a defesa da família, dos valores tradicionais e a punição dura aos criminosos, de um lado, e a defesa dos direitos de negros, mulheres e pessoas trans, de outro”.

Eis o artigo.

Três observações sobre a polarização política.

1) A polarização não é o processo no qual a opinião se concentra em dois pontos de vista que se negam, mas em pontos de vista que negam aquilo que acreditam que seja o ponto de vista do outro.

No Brasil de hoje, temos dois campos políticos principais: um campo que se define como "antipetista" e outro que se define como "esquerda".

O campo antipetista se vê essencialmente como anticorrupção (o PT sendo o caso mais extremo da corrupção que tomou o Estado brasileiro) e o campo da esquerda se vê como o guardião da justiça social.

O antipetismo nega, assim, o que acha que é a esquerda: um campo que defende a corrupção. Já a esquerda nega aquilo que acha que o antipetismo é, a despeito do que diz: uma corrente que traveste de anticorrupção sua ojeriza à ascensão social dos mais pobres.

O antipetismo se vê como anticorrupção, mas é visto como socialmente insensível. A esquerda se vê como defensora da justiça social, mas é vista como corrupta. Cada um se define não pela negação do outro, mas pela negação daquilo que acha que o outro é.

2) A polarização não é apenas a concentração da opinião em pontos de vista opostos, mas o alinhamento dessas posições.

A polarização produz a adoção de posições interligadas, isto é, quando determinado campo político toma uma posição, o campo adversário automaticamente toma posição no sentido contrário, produzindo pares de oposições perfiladas.

Quando os antipetistas abraçaram a luta anticorrupção como pauta central, a esquerda, em reação, adotou a tese contrária de que a luta contra a corrupção era uma superficialidade tola, já que os vínculos entre o poder público e as empresas seriam inerentes à sociedade capitalista.

Do outro lado, tão logo a esquerda tomou o Bolsa Família como uma política social exemplar, os antipetistas passaram a vê-lo como um programa assistencialista que manteria os mais pobres em uma condição estrutural de dependência do Estado.

A mesma coisa aconteceu quando o antipetismo se colocou contra a arte elitista irresponsável que expunha crianças à obscenidade e à perversão e a esquerda, em oposição, se colocou a favor da plena liberdade de expressão artística.

Por sua vez, quando a esquerda se colocou contra humoristas que, a seu ver, desrespeitavam negros, gays e mulheres, o antipetismo considerou a crítica um excesso e uma patrulha características do politicamente correto.

3) Como se trata de um alinhamento automático, a polarização limita a reflexão e a tomada de posição política independente.

Isso acontece porque a afirmação da identidade política – ser de esquerda ou ser antipetista e tudo o que isso implica– é mais importante do que a avaliação independente de cada um dos temas em discussão.

O campo antipetista se vê como defensor da lisura e da ética na política e não consegue entender como as pessoas do outro campo podem simplesmente defender um partido corrupto – por isso supõe que todo mundo "do lado de lá" está levando alguma vantagem, um pão com mortadela, um Bolsa Família, um cargo comissionado ou um projeto da Lei Rouanet.

A esquerda se vê como a guardiã da justiça social e trata qualquer um que se oponha ao legado social dos governos petistas como inimigo de classe, pessoas socialmente insensíveis que obviamente estão ocultando sob o manto da luta anticorrupção a defesa crua dos seus privilégios e interesses – de classe, mas também o de pessoas brancas, heterossexuais e cisgênero.

Ser ético e combater a corrupção ou ser justo e combater a desigualdade são identidades que estão sendo politicamente mobilizadas por grupos de poder para promover projetos que nem sempre são éticos e nem sempre são socialmente justos.

À medida que a polarização avança, essas identidades estão sendo alargadas para cada vez incluir mais convicções políticas apaixonadas - agora, elas estão passando a incluir também a defesa da família, dos valores tradicionais e a punição dura aos criminosos, de um lado, e a defesa dos direitos de negros, mulheres e pessoas trans, de outro.

Quando é mais urgente afirmar apaixonadamente a nossa identidade do que exercer o julgamento crítico sobre as questões, de forma independente, nossos mais sinceros e honestos compromissos políticos podem facilmente ser colocados a serviço de projetos que, na prática, promovem o oposto daquilo que queremos.

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