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Podemos, uma esperança que debate seu futuro

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13 Fevereiro 2017

Os debates e confrontos também implicam em um crescimento, permitem deixar claro o rumo em que deve transitar esta força política em momentos turbulentos. Superado o congresso, é essencial que o Podemos consiga aplicar a premissa justicialista de que quem ganha, conduz, e quem perde, acompanha. Mas também evitar cometer o pecado de serem dominados pelo pragmatismo que só o levará a trair sua própria razão de existência. O peronismo conheceu esse caminho nos anos 1990, e nunca deveria passar por isso novamente, escreve Nicolás Trotta, Reitor da UMET, em artigo publicado por Página/12, 11-02-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas.

Eis o artigo.

O Movimento dos Indignados irrompeu na Espanha em 15 de maio de 2011. Diferentes grupos sociais canalizaram a raiva de milhões de espanhóis com as políticas de austeridade e a concentração dos benefícios da expansão econômica. Sonhavam em romper com o bipartidarismo do Partido Popular (PP) e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e sua alternância no poder (ainda que isso não ocorresse nas políticas implementadas). Junto ao ritmo do desmantelamento do Estado de bem-estar crescia o descontentamento no velho continente.

As mobilizações populares e seus acampamentos deflagraram uma construção política separatista, liderada por professores universitários que gritavam suas verdades em estúdios de televisão e se atreviam a pedir o impossível: um governo a serviço da maioria dos espanhóis. "O Movimento 15M contestou o sistema político duramente e, em vez de dizer 'vamos mandar todos embora', levantou a necessidade de indicar os culpados – os políticos nas mãos de banqueiros e banqueiros sem escrúpulos – e de construir uma alternativa. O sucesso do 15M, a falta de memória, de liderança, de estrutura e de programa, tornou-se o mote do Podemos. O partido Podemos nasceu reclamando por memória, liderança, programa e estrutura", me relata um dos fundadores mais veteranos do

Podemos, Juan Carlos Monedero, brilhante intelectual e docente, dentre muitos que ocupam hoje assentos no parlamento. Assim surgiu o Podemos, colocando em crise um sistema antigo e injusto, em uma nação que utilizou centenas de milhões de euros para salvar bancos, enquanto o desemprego e a exclusão se agravava.

Pablo Iglesias, secretário-geral do Podemos, com quem conversei há algumas semanas em Madrid, completa: "nos juntamos a vários professores da Universidade Complutense com os quais partilhávamos nossos pontos de vista, o conhecimento da experiência latino-americana e com os quais já havíamos militado nos partidos de esquerda e nos movimentos sociais. Eu era uma pessoa bem conhecida pela minha presença em programas de muita audiência na televisão. A sensação de exaustão de todos os partidos que sugiram do regime de 1978 e a intuição de que o 15M não havia esgotado suas possibilidades, fizeram com que nos movimentássemos. A crise do regime abria uma janela de oportunidade e era necessário utilizá-la".

O surgimento do partido Podemos provocou uma cisma política que pode ser medida pelos ataques sangrentos lançados pelo establishment. Insultos, mentiras e alegações vazias estampavam as capas dos principais jornais e programas de televisão buscando demonizar suas figuras mais relevantes, enquanto que as políticas de ajuste e a corrupção devastavam os partidos tradicionais. Era hora de inovar e buscar uma nova alternativa para um número crescente de espanhóis. A surpreendente estreia eleitoral os catapultou para Bruxelas, dando a eles cinco lugares nas eleições europeias. Com êxito, passaram do terreno das promessas para a complexa lama da política. Da teoria à prática. Um grupo de professores irreverentes quebrava o bipartidarismo, uma nova história começava na ainda monárquica Espanha.

Eles estiveram perto de ocupar o Palácio da Moncloa durante o interminável processo eleitoral que paralisou a Espanha e a obrigou a realizar duas eleições compulsórias (12/20/15 e 20/06/16). Após reiteradas tentativas, Mariano Rajoy conseguiu formar um governo, mas a um custo altíssimo para a política tradicional espanhola. Hoje é evidente que convivem na Espanha dois modelos: a aliança conservadora tripla do PPSOECs (entre o Partido Popular (PP), o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o experimento diluído do partido Ciudadanos) de um lado; e o partido Podemos com outras expressões progressistas, do outro. O insucesso do enfraquecido e impopular governo atual estigmatizará a coalizão governante e deixará excelentes condições eleitorais para o Podemos. A ruptura existente na Espanha é respirada no ar e pode ser vista nas ruas. Qualquer semelhança com a realidade política do nosso país não é mera coincidência. No final de contas, a história sempre esteve separada pela disputa entre padrões de distribuição e concentração.

Hoje, o Podemos, com 67 parlamentares, é a terceira força política da Espanha e uma verdadeira oposição que não tem medo de colocar o corpo para expor as políticas de ajustamento. A aliança protagonizada juntamente à Esquerda Unida superou os 5 milhões de votos, meio milhão a menos do que o PSOE. Integra coalizões com responsabilidade de governo em diversas regiões autônomas e os municípios emblemáticos de Madrid e Barcelona. É uma das poucas novas alternativas políticas progressistas em um mundo cada vez mais desconcertante. Seu crescimento não está isento de debates internos acalorados entre as suas principais figuras, diferenças reais e palpáveis, alimentadas - também - pelos meios de comunicação tradicionais. Seus desacordos iniciais fracos foram se consolidando. Uma combinação sempre presente e imprescindível no campo da disputa partidária.

Íñigo Errejón, porta-voz carismático e braço-direito de Iglesias, desencadeou um debate sobre a necessidade de transformar o Podemos em um partido mais previsível e dialogista para estabelecer-se como uma real alternativa de governo: era necessário que fossem mais pragmáticos para crescer. Construir um Podemos semelhante ao PSOE incomoda aos errejonistas. Essa alcunha também tem muito do posicionamento pessoal e acaba sendo funcional à partidocracia ibérica tradicional. As tensões foram crescentes e desembocaram em uma nova e necessária conferência partidária que será realizada hoje, após um intenso ano eleitoral. Não existe perspectiva de disputa do secretariado-geral, que está nas mãos de Iglesias, mas há uma compreensão de que existem posicionamentos na estrutura que debilitam a estratégia de poder. Iglesias e sua equipe promoveram, sem sucesso, a unidade, abrindo o diálogo a todos os setores, dando resposta aos pedidos das bases da organização.

Na política, na era da mídia, a acumulação é realizada nas forças partidárias, mas principalmente através de seus líderes. Os pugilistas no ringue são Pablo Iglesias e Mariano Rajoy, e o regulamento parece não permitir mais participantes.

A assembleia Cidadã, que está sendo realizada neste fim de semana, denominada como Vistalegre 2 por ser a segunda a ser realizada em tal estabelecimento de Madrid, implica uma saudável democratização do debate e é uma marca registrada do Podemos. Enquanto os demais partidos resolvem as suas divergências em acordos de cúpula, o Podemos debate, discute e vota informalmente, democracia partidária em sua máxima expressão. O cientista Pablo Echenique, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), concebeu um sistema de participação e preparação do congresso de acordo com os novos tempos de redes sociais. O desafio do Podemos é sair fortalecido, revitalizado, e não acabar sendo funcional para o Partido Popular e ao PSOE, que olham com atenção para o congresso e se entusiasmam com renúncias ou rupturas.

Já se passaram horas fundamentais na jovem história do Podemos. Um congresso que implique em uma ruptura interna permitirá postergar e colocar em dúvida a data de vencimento do ajuste ao qual está sendo submetido o povo espanhol. Um resultado que contenha todas as expressões permitirá consolidar a liderança de Pablo Iglesias, erigindo-os como a única e grande alternativa no processo eleitoral de 2019. Foram apresentadas quatro equipes de candidatos ao Conselho Cidadão de Estado. As mais importantes são aquelas encabeçadas por Iglesias e Errejón. Um resultado que não seja traduzido em uma vitória para a equipe do líder do partido, implicará em sua demissão automática e um futuro de previsão complexa.

Os debates e confrontos também implicam em um crescimento, permitem deixar claro o rumo em que deve transitar esta força política em momentos turbulentos. Superado o congresso, é essencial que o Podemos consiga aplicar a premissa justicialista de que quem ganha, conduz, e quem perde, acompanha. Mas também evitar cometer o pecado de serem dominados pelo pragmatismo que só o levará a trair sua própria razão de existência. O peronismo conheceu esse caminho nos anos 1990, e nunca deveria passar por isso novamente.

O Podemos e o seu secretário-geral sintetizam a esperança em um continente em crise. Eles representam as necessidades das pessoas comuns e não das elites que se recusam a perder seus privilégios, enquanto seguem enchendo seus bolsos impunemente. Os ex-professores universitários têm em suas mãos uma responsabilidade que transcende as fronteiras da Espanha. Frente ao avanço conservador na América Latina, é imprescindível que eles se tornem um farol que demonstre que outras realidades são possíveis e necessárias. Em nosso país, neste momento, muito poucos sabem que há muito em jogo para o nosso continente na IIª Assembleia Cidadã. Espera-se que os militantes do Podemos estejam conscientes disso.

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