17 Novembro 2016
“Não tenho dúvidas de que era um santo: tomado pela paixão por Cristo e pela paixão pelos pobres, catadores e papeleiros”, escreve Leonardo Boff em depoimento no seu blog sobre o Irmão Antônio Cechin.
Foto e Fonte: IHU.
Eis o depoimento.
O Irmão Antônio Cechin é uma referência no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. Há muitos anos o conheço e visitei o trabalho que fazia com os catadores de materiais recicláveis na cidade de Porto Alegre, cujo centro se encontrava numa das ilhas do Guaiba.
Participou como fundador dos principais movimentos sociais e era grande animador das Comunidades Eclesiais de Base. De sólida formação acadêmica, estudou em Paris e trabalhou por anos em Roma. Mas fez uma decidida opção pelos pobres.
Durante o regime militar foi preso por duas vezes e na última barbaramente torturado, especialmente fazendo experiências na cabeça. Refeito, continuou o seu trabalho junto com sua irmã Mathilde até o fim. Ainda nos dias 4,5,6 no novembro estivemos juntos num encontro com o grupo Emaus em Correias, Petrópolis. Já víamos os limites de sua saúde. Era uma pessoa de virtudes eminentes.
Não tenho dúvidas de que era um santo: tomado pela paixão por Cristo e pela paixão pelos pobres, catadores e papeleiros. Se triste é a partida do amigo deste mundo, alegre é a chegado ao Reino dos justos junto a Deus. Pois é lá que seguramente está junto com os milhares que ajudou ao longo da vida.
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Irmão Antônio Cechin: “Um santo tomado pela paixão por Cristo e pela paixão pelos pobres” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU