24 Junho 2016
“No Rio Grande do Sul, a galera não fez feio! Ocupamos nossas escolas, fizemos diversas aulas e atividades, consertamos os problemas de nossos colégios abandonados, pintamos, arrumamos tudo, e ainda tivemos que resistir contra a voracidade reacionária daqueles estúpidos que quiseram nos expulsar à força, curiosamente os mesmos que querem uma escola que não tenha aula de história, geografia e demais ciências sociais, pois é isso mesmo que querem os que defendem o fascista projeto da “escola sem partido” (PL 190), que também são os mesmos que defendem a privatização da educação e demais serviços públicos (PL 44)”, afirma Fernando Fontoura, estudante que ocupou sua escola (Escola Técnica Estadual Irmão Pedro), diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), em artigo publicado por Zero Hora, 24-06-2016.
Eis o artigo.
O movimento estudantil protagonizou páginas heroicas ao longo da história de nosso povo. Inclusive, pode-se afirmar que a história do movimento estudantil confunde-se com a própria história das lutas populares no Brasil. E, obviamente, neste cenário de crise econômica e política, em tempo de golpe contra o Brasil, a estudantada se levanta, principalmente porque o golpe é também contra a educação.
E, no Rio Grande do Sul, a galera não fez feio! Ocupamos nossas escolas, fizemos diversas aulas e atividades, consertamos os problemas de nossos colégios abandonados, pintamos, arrumamos tudo, e ainda tivemos que resistir contra a voracidade reacionária daqueles estúpidos que quiseram nos expulsar à força, curiosamente os mesmos que querem uma escola que não tenha aula de história, geografia e demais ciências sociais, pois é isso mesmo que querem os que defendem o fascista projeto da “escola sem partido” (PL 190), que também são os mesmos que defendem a privatização da educação e demais serviços públicos (PL 44).
Porém, para choro deles, a gente venceu a surdez do governo Sartori quando tivemos a coragem de ocupar a Assembleia Legislativa do RS. E essa ocupação histórica garantiu R$ 40 milhões em repasse às escolas (antes o governo dizia não ter dinheiro), uma comissão estudantil fiscalizadora, a suspensão da tramitação do PL 44 neste ano e a configuração da vitória sobre o fascista PL 190, já que o mesmo está ridicularizado entre os deputados estaduais. Agora, é retomar as grandes mobilizações nas ruas para garantir o cumprimento da negociação feita com o governo Sartori, pois ele não costuma honrar o fio de seu volumoso bigode.
O comandante Carlos Marighella nos ensinou que é preciso ousar lutar, que é preciso ousar vencer. Hoje, a gurizada de luta aprendeu que, além da ousadia tão necessária, é preciso saber lutar e saber vencer também. Afinal, a guerra é feita de batalhas. E vencemos uma importante batalha contra o “sartorão”, agora precisamos avançar nas ruas pela vitória final. Porque ainda acreditamos que um dia a educação será realmente uma educação necessária ao Brasil e seu povo, será realmente uma educação popular.
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Ousar Lutar, Ousar Vencer - Instituto Humanitas Unisinos - IHU