15 Janeiro 2016
A Rede “Iglesias y Mineria” (Igrejas e atividades minerais), que opera junto à mais ampla rede eclesial da Amazônia (Repam), numa carta aberta aos bispos e aos pastores da América Latina difundida ontem, manifesta “a própria preocupação pelo crescimento de violências e criminalizações de pessoas e comunidades que se interessam e exprimem uma posição crítica” ante os projetos mineradores das multinacionais na América Latina. Tal conduta agressiva, assinala a carta aberta, vem acompanhada por uma nova estratégia das empresas, que procuram aproximar às próprias posições também as próprias hierarquias eclesiásticas.
A nota foi publicada por Servizio Informazione Religiosa - SIR, 12-01-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
"As multinacionais”, lê-se num comunicado difundido pela Repam, “não conseguem demonstrar que as operações mineradoras sejam sustentáveis, e as suas práticas de responsabilidade social de empresa não cancelam os graves danos e as violações causadas pelas suas atividades”. “Mas, ao mesmo tempo,” lê-se na carta, “sua nova estratégia é procurar o apoio das instituições que têm credibilidade, para conquistar a confiança do povo. Entre estas instituições está também a Igreja”.
Diante desta estratégia, a Rede “Iglesias y Mineria” [Igrejas e Mineração] pede aos pastores que não assumam posições “neutras” e coloquem em primeiro lugar “a imensa dignidade dos pobres”. Vão neste sentido as recentes tomadas de posição da Celam, de várias Conferências episcopais nacionais e uma recente publicação do Conselho latino-americano das Igrejas.
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América Latina: o alarme da rede eclesial para os projetos de mineração das multinacionais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU