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Bolívia: A obstinada potência da descolonização

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05 Outubro 2011

"Convocar um referendo, como anunciou Evo, nos departamentos de Beni e Cochabamba, onde está o TIPNIS, é a melhor forma de evitar debates de fundo. O problema é que abrir um processo de debates, e não de negociações, requer muito tempo, mas isso é o custo que uma sociedade deve estar disposta a pagar para resolver como e por onde ir". O comentário é de Raúl Zibechi, jornalista, professor e pesquisador na Multiversidade Franciscana da América Latino e assessor de vários coletivos sociais em artigo publicado no sítio da ALAI, 29-09-2011. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Não é fácil encontrar um presidente que peça desculpas em público diante do seu povo pelas razões que sejam, e menos ainda quando a quem solicita o perdão são aqueles que se opõem a um projeto defendido com veemência pela autoridade máxima. Evo Morales é o único presidente que o fez nos últimos anos que eu saiba.

Não é fácil encontrar um movimento popular capaz de se mobilizar com energia na defesa de um modo de vida que está se extinguindo no mundo e de fazê-lo inclusive contra um governo presidido por alguém de seu proprio sangue, a quem consideram irmão.

É evidente, o proprio governo reconheceu, que a repressão contra quem defende o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) foi uma decisão equivocada e uma ação criminosa. A população boliviana não está disposta a tolerar repressão e morte. Foi o massacre em Pando em 2008, a causa da derrota da oligarquia cruzenha. A população não tolera a violência do Estado. Foram muitas repressões em muitos anos, desde a última de 2003 que tirou a vida de 75 pessoas em dois dias, até as não tão distantes dos anos 70 na quais os mortos se contavam em centenas.

Essa consciência anti-repressiva é um bom sinal que Evo, e os que apóiam o seu projeto, poderiam tomar como ponto de partida para encaminhar o processo, porque essa mesma população não está disposta a ser joguete da direita nem do império, como o demonstrou de sobra pelo menos desde a Guerra da Água em abril de 2000, em Cochabamba.

É inegável que existem interesses oligárquicos e multinacionais e os mesmos estão esfregando as mãos diante do conflito sobre TIPNIS, até mesmo ambientalistas que torcem por um distanciamento do governo com os movimentos. É oportunismo e é sintoma de uma derrota histórica infligida por esses mesmo movimentos. A direita boliviana apenas respira quando o governo se equivoca, como o fez em dezembro quando do "gasolinazo"  e agora com a repressão em Yucumo.

Também é evidente que a dita rodovia interessa mais ao expansionismo brasileiro que a propria Bolívia. Note-se que alguns dos mais importantes movimentos na região, como os de Puno contra a mineração e as hidrelétricas e como os que defendem o TIPNIS, estão perfilados contra projetos das multinacionais brasileiras financiadas pelo BNDES. A mesma luta no Brasil que enfrenta as hidrelétricas de Belo Monte e do rio Madeira. O que menos necessitamos é debater a quem beneficia cada ação: se a direita e o império ou ao subimpério e a burguesia paulista.

O fundo da questão é o caminho que desejam fazer os povos que habitam  a Bolívia. E esta é a questão mais difícil, a mais espinhosa e a que menos estamos debatendo. Por acaso, alguem pode ignorar que o Bem Viver e a não exploração da natureza impedirão o acesso ao consumo a grandes setores da população? É possível combinar uma política não desenvolvimentista, com baixo crescimento econômico, com uma mínima satisfação das necessidades de alimentação, saúde e educação de toda a população?

É evidente que não temos respostas porque sinceramente não sabemos; e não sabemos porque damos por barato que não há vida para além do modelo baseado no crescimento econômico. Podemos escolher a austeridade para sustentar um projeto de mudanças, mas essa opção deve passar por um debate sincero que não pode ser protagonizado pelos setores acomodados e ilustrados das classes médias, que não são austeras e nem estão fora da sociedade do consumo. Esse debate deve ser orientado pelos de abaixo, os que até agora não têm a vida resolvida, porque são eles que puseram o corpo contra o neoliberalismo e porque são quem mais têm a perder se os processos de mudanças se desmoronam.

Falta vontade política, e certa ousadia, para encarar esse debate e não dar por certo que os tecnocratas de cima já sabem os que os outros precisam. A vantagem da Bolívia é que se tem um presidente capaz de pedir perdão e, sobretudo, movimetnos que sabem o que não querem e estão dispostos a dar a vida para evitá-lo. Não sabemos, entretanto, como é o Bem Viver aqui e agora e, isso, devemos reconhecê-lo por uma questão ética e não apenas porque assim se enriquece os debates.

Convocar um referendo, como anunciou Evo, nos departamentos de Beni e Cochabamba, onde está o TIPNIS, é a melhor forma de evitar debates de fundo. O problema é que abrir um processo de debates, e não de negociações, requer muito tempo, mas isso é o custo que uma sociedade deve estar disposta a pagar para resolver como e por onde ir.

A disputa entre movimentos e governo, que na Bolívia se manterá por longo tempo, é a melhor notícia inclusive para os governantes que querem mudanças de verdade e não apenas ficar aferrados a um cargo. Não foi a "lucidez" dos quadros, sempre brancos e tecnocratas, ilustrados e bem falantes, os que mudaram a América Latina na década obscura do neoliberalismo, mas sim a ação cotidiana das pessoas da cor da terra. Pensar que são bons para pôr o corpo, mas não para conduzir, seria reproduzir os modos coloniais que são, precisamente, os que pretendemos remover.

Dizer Bolívia, ainda hoje, é dizer que é possível que os de abaixo decidam. No acerto ou no erro. Não é isso a descolonização?


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