05 Dezembro 2025
Ao longo de 2025, “mais de 473 milhões de crianças acordaram com o pior som: o da guerra. Guerra que não escolheram e da qual não conseguem fugir”. Quem o recorda é a Anistia Internacional em Portugal, na campanha de Natal lançada esta semana, e onde a organização de defesa dos direitos humanos deixa o apelo: “precisamos de cada um para proteger estas crianças”.
A informação é publicada por 7 Margens, 03-12-2025.
Na página da mais recente campanha, a Anistia Internacional detalha que, atualmente, dois mil milhões de pessoas vivem em áreas afetadas por um dos mais de 55 conflitos ativos no mundo. “Se todos sofrem numa guerra, as crianças são a sua vítima mais invisível e silenciosa”, sublinha a organização, que tem documentado violações e abusos contra crianças em várias zonas de conflito, incluindo recrutamento infantil, detenção ilegal, negação de acesso humanitário, tortura e morte.
Lembrando que a probabilidade de uma criança morrer numa guerra é sete vezes superior à de um adulto, a Anistia Internacional assinala ainda que “para além da urgência da proteção imediata destas crianças e garantia do seu direito à vida, devemos falar dos danos e bem-estar pós-conflito, dos traumas que terão no seu futuro” aquelas que sobreviverem.
“É necessário proteger as crianças no conflito e garantir o seu apoio pós-conflito.
Para todas as crianças, todos os diretos, sem exceção!”, pede a Anistia Internacional, apelando a donativos que permitam à instituição manter equipas de investigação a recolher testemunhos nos cenários de conflito, prosseguir ações como a divulgação de relatórios e denúncias, ou desenvolver campanhas globais de advocacy “para que a mudança aconteça”.
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