Sociedade civil inicia mobilizações em Belém para cobrar “verdade” da COP30

Foto: André Butter/ClimaInfo

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07 Novembro 2025

Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pesquisadores e ativistas pressionam o governo pelo fim da dependência dos combustíveis fósseis.

A informação é publicada por ClimaInfo, 06-11-2025.

A COP30 será marcada por um número de manifestações sociais muito maior do que nas últimas três edições da conferência, que aconteceram em países com restrições a protestos. Na semana que antecede o evento, ativistas já chegaram à Belém e começaram a demandar a “verdade”.

Durante a Cúpula de Líderes da COP30, bicicletas circulam pelos arredores do evento levando a mensagem “Lula: lidere um futuro sem combustíveis fósseis”. A ação busca chamar atenção para a necessidade de eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis – o que foi proposto pelo presidente em seu discurso na cúpula.

A demanda para reduzir o uso e a exploração de petróleo e gás é engrossada por ativistas indígenas, mostra a Folha. Em evento promovido pelo Greenpeace no veleiro Rainbow Warrior na Universidade Federal do Pará (UFPA), Angela Kaxuyana, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), chamou de contraditórios os países que dizem se comprometer com ações de enfrentamento da crise climática, mas escolhem permanecer explorando combustíveis fósseis.

“Essas mesmas autoridades se reúnem na zona azul, que exclui a participação dos Povos Indígenas. Nesse espaço somos meramente ouvintes, não somos negociadores”, acrescentou Angela.

Indígenas, quilombolas e ribeirinhos querem ser escutados na COP30, reforçou Walter Kumaruara, liderança indígena jovem da região do Baixo Tapajós (PA), que co-liderou o ritual “gira de raízes”. Como UOL e Revista Cenarium mostram, o ritual convida o mundo a conhecer como a Amazônia dá início aos seus encontros: com corpo presente, escuta e responsabilidade com o território.

Outra expedição que atracou em Belém foi a caravana “KAMALUHAI, o Barco Cobra”, com 200 representantes de comunidade e movimentos sociais vindos das Amazônias do Brasil, Equador, Colômbia, além do México. A embarcação partiu de Santarém em 30 de outubro, após o encerramento do Encontro Global das Caravanas. A travessia e o encontro integram a campanha “A Gente COBRA – Financiamento Climático Direto para Quem Cuida da Floresta”.

Quem também atraca em Belém após longa expedição é Caravana Iaraçu. Alojada no barco Don Giuseppe, a caravana navegou 25 dias pelo Rio Amazonas e fez diversas paradas para discutir saúde e cidades, floresta e rios, clima e oceano, conta o Valor. Estiveram a bordo 60 pesquisadores brasileiros, franceses, colombianos, canadenses e senegaleses, que devem se unir a outros 90 do grupo em Belém.

A Folha destaca um protesto de ativistas da OXFAM na 4ª feira (5/11), um dia antes do início da Cúpula dos Líderes da COP30. Os manifestantes se fantasiaram com cabeças de diversas autoridades e simularam os líderes mundiais cochilando em redes. Estavam representados Lula, Donald Trump, Javier Milei e Emmanuel Macron, entre outros.

Euronews e Rádio CBN também repercutiram manifestações em Belém.

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