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Molhar as raízes em nossa própria fonte. Artigo de Leonardo Boff

Foto: Richard Dacker | Pexels

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24 Outubro 2025

"Junto à inteligência do cérebro neocortical, há emoção do cérebro límbico, surgido há milhões de anos, sede do amor, da empatia, da compaixão, da ética e de todo o mundo das excelências. Somos seres de sentimentos. Sem um laço afetivo entre nós humanos e para com a natureza tudo se degrada e desfalece."

O artigo é de Leonardo Boff. 

Leonardo Boff é teólogo e filósofo, autor de Tempo de Transcendência: o ser humano como projeto infinito (Vozes, 2002), A justa medida: para equilibrar o planeta Terra (Vozes, 2023), entre outros livros.

Eis o artigo. 

Não há como negar que estamos o centro de uma formidável crise planetária. Ninguém sabe para onde vamos. É aconselhável visitar historiadores que normalmente possuem uma visão holística e uma sutil percepção das principais tendências da história. Cito um que considero dos mais inspiradores, Eric Hobsbawn, em seu conhecido livro-síntese Era dos Extremos (1994). Concluindo suas reflexões pondera:

“O futuro não pode ser a continuação do passado... Nosso mundo corre o risco de explosão e implosão... Não sabemos para onde estamos indo. Contudo uma coisa é clara. Se a humanidade quer ter um futuro que vale a pena, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio sobre esta base, vamos fracassar. E preço do fracasso ou seja, a alternativa para a mudança da sociedade é a escuridão” (p. 562). A escuridão pode representar o fim da espécie homo. Algo parecido disse Max Weber em sua última conferência pública na qual (en fin!) se refere ao capitalismo, encerrado numa “jaula de ferro” (Stahlhartes Gehäuse) que ele mesmo não consegue romper. Por isso, nos pode levar a uma grande catástrofe: “O que nos aguarda não é o florescimento do outono, nos aguarda uma noite polar, gélida, sombria e árdua” (Cf. M. Löwy, La jaula de hierro: Max Weber y el marxismo weberiano, México 2017). Por fim o próprio Papa Francisco na encíclica Fratelli tutti (2020, n. 32), adverte: “Estamos no mesmo barco ou nos salvamos todos ou ninguém se salva”.

Há uma convicção mais ou menos generalizada no campo ecológico e em notáveis analistas da geopolítica mundial: dentro do sistema capitalista que prima pela busca ilimitada (sem a justa medida) de renda financeira, criando duas injustiças, uma social (criação de incomensurável pobreza) e outra ecológica (devastação de ecossistemas), não há solução para a crise atual. Atribuiu-se a Einstein a frase: “o pensamento que criou a crise não pode ser o mesmo que nos vai tirar dela; temos que mudar”.

Como as promissoras narrativas do passado sobre o futuro da humanidade se frustraram, não podem elas oferecer-nos rumos novos, exceto talvez, o ecossocialismo planetário que nada tem a ver com o socialismo um dia existente e fracassado. Ou voltar ao modo de vida dos povos originários, cujo saber ancestral ou o bien vivir y convivir dos andinos nos garantiriam ainda um futuro neste planeta. Mas parece-me que nos enredamos tanto dentro de nossa bolha sistêmica que esta proposta, por sugestiva que seja, se torna globalmente impraticável.

Quando chegamos ao fim dos caminhos viáveis e só temos o horizonte à vista, a mim parece que só nos resta optar por nós mesmos e desentranhar virtualidades ainda não ensaiadas. Somos por natureza um projeto infinito e um nó de relações em todas as direções. Devemos mergulhar dentro de nós mesmos e molhar nossas raízes na fonte originante que sempre jorra em nós na forma de inarredável esperança, de grandes sonhos, de mitos viáveis e de projetos inovadores de outro rumo à frente.

Ao tomar o ser humano como referência estruturadora não penso numa antropologia dos antropólogos e antropólogas ou nos ramos de saberes sobre o humano, sempre enriquecedores. Penso no ser humano em sua radicalidade insondável que ronda a zona do mistério que quanto mais nos acercamos dele mais distante e profundo se apresenta. E continua mistério em cada conhecimento. Foi a percepção que Santo Agostinho fez de si mesmo: factum sum mysterium mihi: “fiz-me um mistério para mim mesmo”. Esse mistério é expressão de um mistério maior que é o próprio universo ainda em gênese e expansão. Portanto, o ser humano-mistério nunca está desconectado desse processo do qual faz parte, o que supera uma visão meramente individualista do ser humano. Importa nunca esquecer que é um ser de relações ilimitadas, até com o Infinito. Elenquemos alguns dados que pertencem à nossa essência, a partir dos quais se nos concede elaborar novas visões de futuro.

Antes de mais nada importa entender o ser humano como Terra que num momento de sua complexidade começou a sentir, pensar, amar, cuidar e venerar. Eis que irrompe no processo cosmogênico o ser humano, homem e mulher. Não é sem razão que é chamado de homo ou Adam, ambos significando “feito de terra, ou sendo terra fértil e arável”.

Central no ser humano é o amor que F. Maturana e J. Whatson mostraram sua base biológica. Diz Whatson em seu famoso DNA: o segredo da vida humana (2005, p. 414): “o amor nos faz ter cuidado do outro; foi ele que permitiu nossa sobrevivência e êxito neste planeta; esse impulso, creio, salvaguardará nosso futuro; estou seguro de que o amor está inscrito em nosso DNA”. Não haverá nenhuma transformação ou revolução humana que não venham imbuídas de amor.

Junto com o amor emerge o cuidado, entendido de longa tradição como essência do ser humano. Como ele não possui nenhum órgão especializado, é o cuidado de si mesmo, dos outros e da natureza que nos assegurará a vida.

Foi a solidariedade/cooperação do comer juntos que outrora nos permitiu dar o salto da animalidade para a humanidade. O que foi verdadeiro ontem continua verdadeiro e essencial hoje, embora carente. Como ser de relação, é a solidariedade e a cooperação que estão na base de qualquer convivência.

Junto à inteligência do cérebro neocortical, há emoção do cérebro límbico, surgido há milhões de anos, sede do amor, da empatia, da compaixão, da ética e de todo o mundo das excelências. Somos seres de sentimentos. Sem um laço afetivo entre nós humanos e para com a natureza tudo se degrada e desfalece.

Em nosso profundo vige a espiritualidade natural que possui o mesmo reconhecimento que a inteligência e a emoção. Ela é anterior a qualquer religião, pois é a fonte da qual todas bebem, cada qual a sua maneira. A espiritualidade é da nossa essência e se expressa pelo amor incondicional, pela solidariedade, pela transparência e tudo o que nos faz mais humanos, mais relacionais e abertos.

A espiritualidade nos permite captar que por debaixo de todos os seres vigora uma Energia poderosa e amorosa que os cosmólogos chamam de Abismo gerador e sustentador de tudo o que existe. O ser humano pode abrir-se a essa Energia de Fundo, pode entrar em comunhão com ela e ter uma experiência de encantamento e veneração face à grandeza do universo e de quem o criou.

Tais valores, realisticamente, vêm acompanhados por seus contrários – somos sapiens e demens – que não podem ser recalcados, mas mantidos nos seus limites. Molhando nossas raízes nessa fonte originante podemos definir outro futuro no qual o amor, a solidariedade e o bien vivir serão seus fundamentos.

Leia mais

  • Por que chegamos aonde chegamos? Artigo de Leonardo Boff
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  • A Mãe Terra possui surpresas desagradáveis. Artigo de Leonardo Boff
  • Para onde estamos indo? Artigo de Leonardo Boff
  • A urgência de um humanismo mínimo. Artigo de Leonardo Boff
  • A ameaça mais sensível: a mudança climática. Artigo de Leonardo Boff
  • Só nos resta a esperança: uma árvore que se dobra mas não se quebra. Artigo de Leonardo Boff
  • Leonardo Boff, a caminho da ecolibertação. Carta de Juan José Tamayo
  • Por um novo humanismo planetário. Artigo de Edgar Morin

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