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Jovens padres com prioridades antigas?

Foto: finix photographer/Pexels

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18 Outubro 2025

Os resultados de um estudo conduzido junto de padres dos EUA, que acaba de ser divulgado pela Universidade Católica da América são, no mínimo, curiosos. Ou talvez o adjetivo mais correto seja “preocupantes”.

A reportagem é de Clara Raimundo, publicada por Sete Margens, 16-10-2025.

Baseado num inquérito ao qual responderam 1.164 presbíteros, o Estudo Nacional de Padres Católicos – levado a cabo pela prestigiada empresa de sondagens Gallup – revela enormes diferenças entre os mais velhos e os mais jovens. Isso, só por si, não seria surpreendente. O que poderá surpreender – ou não – é que, ao contrário do que dizia a canção do Rui Veloso, parece ser muito mais o que os separa do que aquilo que os une.

Vejamos: quando questionados sobre se o cuidado da Casa Comum deve ser uma prioridade, 78% dos padres ordenados antes de 1980 e 61% dos ordenados entre 1980 e 1999 respondem “sim”. Mas apenas 35% dos padres ordenados já no novo milênio concordam.

A clivagem é semelhante no que diz respeito ao acolhimento da comunidade LGBTQI+, com 66% dos padres ordenados antes de 1980 a considerar que isso é prioritário, e apenas 49% dos ordenados entre 1980 e 1999 a concordarem. Já nos padres ordenados a partir de 2000, a percentagem desce ainda mais, ficando-se pelos 37%.

E quanto à sinodalidade? “Ah, esta será uma preocupação muito mais presente nos padres jovens”, pensarão alguns. Este estudo mostra que estão enganados. De acordo com o mesmo, também a sinodalidade é mais popular entre os padres mais velhos, com 77% daqueles que foram ordenados antes de 1980 a apontá-la como uma prioridade e cerca de 57% dos padres ordenados entre 1980 e 1999 a afirmarem o mesmo… mas apenas 37% dos que se tornaram padres a partir de 2000 a corroborarem.

De resto, as respostas ao inquérito sugerem que os padres norte-americanos, no geral, se sentem “desconectados” do processo sinodal iniciado pelo Papa Francisco em 2021 e atualmente na fase de concretização. À pergunta se o Sínodo sobre a sinodalidade era uma perda de tempo, 37% dos clérigos responderam “sim”. Apenas 28% disseram que se sentiam “totalmente incluídos no processo” e um quarto dos inquiridos afirmou que este foi “útil para o seu ministério”, enquanto 42% disseram que não.

Surpreendentemente – ou não… – foi maior a percentagem de padres ordenados no século XXI a considerar que o acesso à missa tradicional em latim deveria ser uma prioridade (39%) do que o tema da sinodalidade (que, como vimos atrás, só foi considerado prioritário por 37% dos mais jovens). Já entre os padres ordenados antes de 1980, foram apenas 11% os que disseram que a celebração da chamada missa tridentina era um tema relevante.

O que é, então, prioritário para os padres mais jovens? A devoção eucarística, por exemplo, que foi apontada por 88%. Mas também aqui divergem dos seus pares mais experientes, já que esta só é apontada como uma prioridade por pouco mais de metade (57%) dos inquiridos que foram ordenados antes de 1980.

Noutras áreas, as diferenças geracionais verificadas pelo estudo são menores, mas ainda assim assinaláveis e reveladoras. Por exemplo: 93% dos padres ordenados antes de 1980 consideram a imigração e a assistência aos refugiados uma prioridade, assim como 82% dos ordenados entre 1980 e 1999, mas a percentagem desce para 74% entre os ordenados em 2000 ou depois.

E quanto à pobreza? Aquele que é um tema claramente prioritário para os Papas Francisco e Leão XIV – ao qual é dedicada a recente exortação apostólica Dilexi te – terá sido considerado prioritário pela esmagadora maioria dos prelados, independentemente da geração a que pertencem? Não, nem aqui houve unanimidade. Se a quase totalidade dos padres ordenados antes de 1980 (98%) respondeu que os pobres são, sim, uma prioridade, essa percentagem fica pelos 79% entre os padres mais jovens.

Não espanta, por isso, que enquanto cerca de 70% daqueles que foram ordenados antes de 1975 dizem ser “progressistas teológicos”, apenas 8% dos dos que se tornaram padres a partir de 2010 afirmem o mesmo. Paralelamente, cerca de 70% dos prelados mais jovens autodenominam-se “conservadores/ortodoxos”, ou mesmo “muito conservadores/ortodoxos”, em questões teológicas.

“Um problema mais sério que a questão numérica”

Os resultados deste estudo são tão mais preocupantes porquanto surgem corroborados noutros estudos realizados em países europeus. Um trabalho de investigação recentemente encomendado pela Conferência Episcopal Alemã, que incidiu sobre os padres que foram ordenados naquele país entre 2010 e 2021 (com média etária de 37 anos) revela que o processo sinodal e as reformas que daí podem decorrer são de pouco interesse para os jovens presbíteros. Quando questionados sobre como a Igreja deveria mudar, mais de três quartos mencionam a necessidade de “mais ofertas com profundidade espiritual” ou “uma orientação mais forte para a transmissão do conteúdo da fé”. Um número significativamente menor (37%) é a favor de uma maior participação dos leigos na Igreja. A abolição da obrigatoriedade do celibato é apoiada por apenas cerca de 30% dos entrevistados. E somente um em cada quatro padres votaria pela ordenação de mulheres.

Também o jornal La Croix realizou em 2023 um extenso inquérito para traçar o perfil dos então quase 700 seminaristas franceses. Acabou por resumi-lo assim: “os futuros padres estão profundamente preocupados com a fidelidade à Igreja e à sua doutrina, temendo caricaturas e disputas intracatólicas, sustentando uma visão clássica do sacerdócio”.

E aqui mesmo ao lado, um bispo confidenciava ao jornal Religión Digital: “O perfil neoconservador dos jovens padres que saem dos seminários espanhóis é preocupante”. E acrescentava: “Embora a formação possa corrigir alguma coisa, não é assim tão simples. Certamente é um problema. Foram formados padres muito rígidos, que não concordam com Francisco, ou mesmo com Bento XVI, que não se importam com o ecumenismo, o cuidado da Criação ou a preocupação com os pobres”. Em declarações ao mesmo jornal, outro bispo assinalava que o perfil conservador dos novos padres é “um problema mais sério que a questão numérica [da falta de vocações]”.

“Uma concepção desviante do clero”

Não há estudos que tracem a evolução do perfil dos padres portugueses, mas não é difícil encontrar jovens presbíteros em diferentes dioceses do nosso país que dão mostras deste conservadorismo. É vê-los a pavonear-se pelas ruas de batina preta até aos pés, a celebrar missas em latim de costas voltadas para os fiéis, a proibir as raparigas de acolitar, a defender que a comunhão deve ser recebida na boca e de joelhos, ou a organizar conferências em que os convidados são tão ou mais conservadores do que eles (veja-se a recente presença em várias paróquias portuguesas do padre brasileiro Paulo Ricardo, apoiante assumido de Jair Bolsonaro…). E tão focados nisso que por vezes se esquecem do essencial.

Esquecem-se de que o Papa Francisco propôs, desde o início do seu pontificado, um “modelo de pastor” que deve ter o “cheiro das ovelhas”, que não se considere o “administrador” dos bens da graça, que não tenha a preocupação de “regular” a fé das pessoas mas sim de facilitá-la, que não se ocupe excessivamente com as questões de “moda eclesiástica” e não se preocupe demasiadamente com a sua imagem. Numa mensagem aos seminaristas franceses, precisamente no ano em que o jornal La Croix os inquiriu, recomendou-lhes a adoção de “um estilo pastoral de proximidade, compaixão, humildade, gratuidade, paciência, gentileza, doação radical de si aos outros, simplicidade e pobreza”.

É certo que, para alguns destes padres neoconservadores, Francisco morreu, não apenas literalmente.

Mas Leão XIV vive e já fez questão de lembrar a todos que, se querem ser Igreja de Cristo, devem “reler o Evangelho” e “caminhar pobres com os pobres”, tendo bem presentes as inúmeras pobrezas no mundo de hoje: o drama dos migrantes, as alterações climáticas, o tráfico de pessoas, o trabalho forçado, a falta de habitação, os abusos sexuais, as diversas formas de dependência, a solidão…

Reconhecendo que “persiste – por vezes bem disfarçada – uma cultura que descarta os outros sem sequer se aperceber”, Leão XIV alerta na Dilexi te que “também os cristãos, em muitas ocasiões, se deixam contagiar por atitudes marcadas por ideologias mundanas ou por orientações políticas e econômicas que levam a injustas generalizações e a conclusões enganadoras”. O Papa acrescenta que muitos cristãos têm “preconceitos” em relação aos pobres, sentindo-se “mais à vontade” sem eles, e que “há quem continue a dizer: ‘O nosso dever é rezar e ensinar a verdadeira doutrina’ (e aqui refere-se claramente a muitos padres).

Porque é que é tão preocupante os padres dizerem isto? O dominicano Thomas Doyle, canonista que tem sido um dos principais defensores dos direitos das vítimas de abusos sexuais no seio da Igreja Católica, ajuda a enquadrar a questão: muitos jovens que saem hoje dos seminários são “tão doutrinários”, mas “completamente carentes em relação a um real trabalho pastoral”, e muitos “acreditam firmemente na ideia de que, uma vez ordenados, serão seres sagrados e radicalmente diferentes”. Trata-se, na perspectiva de Doyle, de “uma concepção desviante do clero e dos bispos que se consideram a essência da Igreja” e “essenciais” para a salvação. Concepção essa que tem vindo a ser usada para reforçar uma determinada atitude: “Somos melhores do que vocês e podemos fazer o que quisermos”.

Mas não são e não podem (ou não devem). Apenas têm as prioridades trocadas, como os estudos tão bem revelam.

Leia mais

  • Que tipo de padres queremos em 2032? Artigo de Fernando Altemeyer Junior
  • Vocação e o cuidado de si. Artigo de Matias Soares
  • Formação presbiteral: roteiro para a formação de sacerdotes diocesanos e religiosos. Artigo de Eliseu Wisniewski
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  • O Concílio Vaticano II e a América Latina

 


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