18 Junho 2025
Agência revisou para baixo projeções de avanço da demanda global por petróleo neste ano e em 2026 e prevê que a China atingirá pico em 2027.
A informação é publicada por ClimaInfo, 17-06-2025.
A Agência Internacional de Energia (IEA) continua projetando que a demanda global por petróleo atingirá seu pico em 2029, segundo seu relatório Oil Market Report deste mês. Para a IEA, a China irá atingir sua demanda máxima dois anos antes, em 2027. Mas a gasolina mais barata e a adoção mais lenta de veículos elétricos pelos Estados Unidos, devido à política anticlimática de Donald Trump, sustentarão o consumo por mais tempo, destacou a Reuters.
A agência fez uma revisão para baixo das suas projeções para o avanço da demanda global por petróleo neste ano e em 2026, informou a CNN Brasil. Na avaliação da IEA, os riscos geopolíticos exacerbados, tensões comerciais não resolvidas e mudanças de políticas para o setor de energia adicionaram inúmeras incertezas às perspectivas do mercado da commodity.
A guerra entre Israel e Irã, que é um dos maiores produtores mundiais de petróleo, adicionou mais uma pitada de incerteza no mercado. No entanto, a agência avaliou que o combustível fóssil iraniano continua fluindo até o momento, e em níveis relativamente robustos, explicou a eixos. Portanto, a IEA não acredita em grandes impactos no fornecimento e no preço da commodity.
Assim, a demanda por petróleo atingirá o pico de 105,6 milhões de barris por dia (bpd) até 2029 e, em seguida, cairá ligeiramente em 2030. Por outro lado, a capacidade de produção global deverá aumentar em mais de 5 milhões de bpd até lá, chegando a 114,7 milhões de bpd até 2030. Ou seja, uma sobreoferta de quase 10 milhões de barris diários – e provavelmente sem uma só gota de petróleo da Foz do Amazonas, que, se tiver mesmo combustíveis fósseis em quantidade comercial, só deverá começar a produzir entre 2031 e 2032.
Os veículos elétricos deverão substituir um total de 5,4 milhões de barris por dia da demanda global de petróleo até o fim da década, enquanto a mudança do petróleo para o gás fóssil e as energias renováveis para a geração de energia no Oriente Médio também afetará o consumo, relatou o Valor. E a demanda por petróleo para combustíveis fósseis, que exclui matérias-primas petroquímicas e biocombustíveis, poderá atingir o pico já em 2027, diz a agência.
Exame, France24, Bloomberg, Axios e Wall Street Journal também repercutiram o novo relatório da IEA sobre a demanda global de petróleo.