12 Junho 2025
"Agora são milhares e milhares que se colocam em marcha e a caminhar até as fronteiras com a Faixa de Gaza para pedir que seja reconhecida e respeitada a dignidade dos sobreviventes dos vinte meses de destruição e devastação, morte e destruição", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 10-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
A resposta da sociedade civil israelense que se rebela contra o governo de Netanyahu já está se parecendo com uma avalanche imparável. Não se trata mais apenas da dor dos familiares e dos movimentos convertidos em obstinação tenaz em favor da libertação dos reféns por meio de negociações e concessões.
Agora são milhares e milhares que se colocam em marcha e a caminhar até as fronteiras com a Faixa de Gaza para pedir que seja reconhecida e respeitada a dignidade dos sobreviventes dos vinte meses de destruição e devastação, morte e destruição. O movimento Standing Together está reunindo grande parte da indignação dos cidadãos e das cidadãs israelenses e os está colocando em marcha, tanto com os pés quanto com a cabeça.
Aloon-Lee Green e Rula Daood, os líderes, ele israelense e ela palestina, do movimento, estão determinados e continuam a repetir que a segurança de Israel não se garante com a ilusória destruição definitiva do outro povo, mas sim pelo reconhecimento de sua dignidade.
Ouvindo de fora, diante do massacre dos palestinos que seguiu o massacre dos israelenses de 7 de outubro, esses discursos parecem saídos de um hospício, mas é justamente hoje que se tornam mais verdadeiros do que ontem. E as pessoas que estão nas ruas são sua prova.