31 Março 2025
"A formação dos filhos vai muito além da educação acadêmica ou do desenvolvimento de habilidades técnicas. Um dos pilares mais importantes para o crescimento saudável de uma criança e de um adolescente é a construção da autoestima", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves.
Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves é teólogo, filósofo e historiador, especialista em Ética e em Projetos e Inovação na Educação. Leciona Teologia, Ensino Religioso, Filosofia e Projeto de Vida.
Os jovens de hoje enfrentam desafios que afetam profundamente sua autoestima e percepção do mundo. A comparação constante nas redes sociais, a pressão por sucesso imediato e a falta de clareza sobre o futuro criam um cenário de insegurança e baixa autoconfiança. Muitos adolescentes sentem que não são bons o suficiente ou que precisam se encaixar em padrões irreais para serem aceitos.
Além disso, a falta de perspectiva em diversas áreas da vida – seja no campo profissional, seja na realização pessoal – faz com que muitos jovens sintam-se desmotivados e incapazes de reconhecer suas próprias potencialidades. A dificuldade em falar sobre si mesmos de maneira positiva é um reflexo desse problema: quantos adolescentes conseguem listar suas qualidades sem hesitar? Muitos se sentem desconfortáveis ao receber elogios, pois não foram incentivados a enxergar suas próprias virtudes.
A formação dos filhos vai muito além da educação acadêmica ou do desenvolvimento de habilidades técnicas. Um dos pilares mais importantes para o crescimento saudável de uma criança e de um adolescente é a construção da autoestima. A maneira como um jovem se percebe e valoriza influencia diretamente suas escolhas, suas relações interpessoais e sua capacidade de lidar com desafios. Pais e responsáveis desempenham um papel essencial nesse processo, ajudando a fortalecer a confiança e o senso de valor dos filhos.
Vivemos tempos em que a autoestima dos jovens tem sido desafiada por uma série de fatores, como a pressão social, a influência das redes e a incerteza quanto ao futuro. Para além das exigências acadêmicas e sociais, muitos adolescentes enfrentam dificuldades para reconhecer suas próprias qualidades e desenvolver uma visão positiva sobre si mesmos. Nesse contexto, a presença ativa dos pais desempenha um papel essencial na formação da identidade e na construção da autoestima dos filhos.
Muitos pais estão atentos ao desempenho acadêmico dos filhos, mas será que reconhecem e valorizam outros aspectos de suas personalidades? A autoestima é um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Ela influencia suas escolhas, sua capacidade de enfrentar desafios e a maneira como se relacionam com o mundo.
No entanto, em um cenário onde a pressão por resultados é constante e as comparações são inevitáveis, muitos jovens têm dificuldade em reconhecer suas qualidades e se sentem inseguros sobre seu valor. A presença dos pais nesse processo é essencial para ajudá-los a desenvolver autoconfiança, equilíbrio emocional e uma percepção positiva de si mesmos.
A infância e a adolescência são fases cruciais para a construção da autoestima. E, nesse processo, o olhar e as palavras dos pais têm um impacto profundo. Quando uma criança cresce ouvindo palavras de incentivo e reconhecimento, ela desenvolve uma autoimagem mais positiva. Mas, quando seu valor é medido apenas pelo seu desempenho escolar ou por expectativas externas, ela pode crescer sentindo que nunca é suficiente.
Os jovens de hoje enfrentam desafios únicos que afetam sua autoestima. A exposição às redes sociais, onde a vida dos outros parece sempre perfeita, gera comparações constantes. A pressão por sucesso e a incerteza em relação ao futuro criam um ambiente de insegurança. Além disso, muitos adolescentes sentem dificuldade em falar sobre si mesmos de maneira positiva.
Por outro lado, o mundo contemporâneo impõe desafios que afetam profundamente a percepção que os jovens têm de si mesmos. A comparação constante nas redes sociais, a exigência de sucesso imediato e a incerteza quanto ao futuro criam um cenário de insegurança e, muitas vezes, de falta de perspectiva. Além disso, muitos adolescentes encontram dificuldades em reconhecer suas próprias qualidades, seja por medo de julgamento, seja por falta de incentivo para enxergar o valor que possuem.
Diante desse cenário, os pais podem – e devem – ser agentes ativos na construção da autoestima dos filhos. Pequenos gestos no dia a dia fazem toda a diferença. Um elogio sincero, o reconhecimento de um esforço ou até mesmo um momento de escuta atenta podem fortalecer a segurança emocional dos filhos. É importante lembrar que a valorização não deve estar apenas ligada ao desempenho escolar, mas também ao caráter, aos talentos individuais e às pequenas conquistas diárias.
O diálogo aberto e a escuta ativa são fundamentais nesse processo. Muitas vezes, os adolescentes não verbalizam suas inseguranças, mas expressam suas emoções por meio de atitudes e comportamentos. Estar presente, demonstrar interesse e criar um ambiente seguro para conversas sobre medos, sonhos e desafios pode ser um grande diferencial na vida dos filhos.
Além disso, é essencial evitar críticas destrutivas e comparações. Cada indivíduo tem um ritmo e um potencial único, e a valorização da individualidade é um fator essencial para o desenvolvimento da autoestima. Os filhos precisam saber que são amados e reconhecidos pelo que são, e não apenas pelo que fazem.
Uma forma de reforçar esse reconhecimento é, como exercício, que os pais reflitam sobre as qualidades dos filhos e se perguntem: “Será que meu filho sabe que eu vejo isso nele?” Expressar verbalmente essas qualidades pode ser um passo poderoso para fortalecer a autoconfiança e o senso de valor próprio nos jovens.
Por fim, é importante lembrar que a forma como os pais se comunicam com os filhos se torna, muitas vezes, a voz interna deles ao longo da vida. Palavras de incentivo e apoio reverberam positivamente, enquanto críticas excessivas podem gerar inseguranças difíceis de superar. A parentalidade positiva, baseada no respeito, no acolhimento e no incentivo, é um caminho eficaz para ajudar os filhos a se tornarem adultos mais seguros, felizes e resilientes.
Criar um ambiente de diálogo também é uma ferramenta indispensável na construção da autoestima. Muitos adolescentes deixam de compartilhar seus sentimentos e dificuldades porque não se sentem ouvidos ou compreendidos. Demonstrar interesse genuíno pela vida dos filhos, acolher suas emoções e evitar julgamentos são atitudes que fortalecem a confiança e fazem com que se sintam valorizados. Da mesma forma, evitar comparações e críticas destrutivas é essencial para preservar a autoconfiança dos jovens. Frases como “Por que você não é como seu irmão?” ou “Você nunca faz nada direito” podem causar danos emocionais duradouros. Cada indivíduo tem seu próprio ritmo e talentos, e o reconhecimento dessas diferenças é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade.
Por fim, os filhos precisam ter a certeza de que são amados pelo que são, e não apenas pelo que fazem ou conquistam. O amor incondicional é um dos principais impulsionadores da autoestima e deve ser demonstrado em palavras e atitudes. Pequenos gestos, como elogios sinceros e incentivos diários, podem ter um impacto profundo na forma como os jovens se percebem e enfrentam os desafios da vida.
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