As escolhas políticas de Frei Gilson. Artigo de Moisés Sbardelotto

Frei Gilson (Foto: Reprodução Instagram)

18 Março 2025

A oração midiática das 4h da madrugada é símbolo de um tempo em que a midiatização da religião catalisa novas formas de comunicação da fé, redefinindo relações dentro e fora da Igreja. A atuação de Frei Gilson nas mídias digitais não é apenas um fenômeno religioso, mas também um complexo ato discursivo e midiático que situa sua religiosidade em um contexto maior de tensões e disputas políticas, econômicas, teológicas, eclesiais, entre outras. 

O comentário é de Moisés Sbardelotto, jornalista, mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos.

Eis o texto.

Quatro horas da manhã. No silêncio da madrugada, milhões de pessoas acordam para um momento de oração. Mas esses gestos que a tradição cristã sempre valorizou – como a vigília e o recolhimento espiritual em horários simbólicos – agora são vividos de forma diferente.

A oração da madrugada, feita na privacidade do lar, é realizada ao mesmo tempo na publicidade das redes digitais. O tradicional caminho de conversão quaresmal passa a ser um acontecimento midiático, público, massivo, modulado por dinâmicas digitais. A pessoa orante se posiciona diante de uma tela luminosa, e o rito religioso ocorre em uma plataforma digital, mediado por um frei considerado um “fenômeno digital”.

Esse fenômeno se insere em um contexto de reconfiguração religiosa por um processo de midiatização da religião. Frei Gilson ressignifica e complexifica seu papel de religioso consagrado ao atuar como um influenciador digital, com mais de 1,2 bilhão de visualizações no seu canal no YouTube. Sua capacidade de engajamento nas redes não depende apenas de sua experiência pessoal de fé, de sua formação teológica, de seu ofício eclesiástico, mas principalmente do modo como se apropria das lógicas digitais para reforçar sua autoridade religiosa. Mesmo quando ladeado por um bispo convidado a participar de suas transmissões, a autoridade é ele: tudo passa pela (inter)mediação do frei. É ele quem “concede a palavra” à autoridade episcopal – e os bispos convidados aceitam essa “submissão discursiva”. Os processos comunicacionais contemporâneos favorecem que um frei de uma congregação nova e até então pouco conhecida – a Ordem dos Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, fundada em São Paulo em 2003 – se torne, em poucos anos, religiosamente empoderado, politicamente influente e socialmente “viral”.

O contágio dessa “fé-vírus” pode ser interpretado sob diversos ângulos. Entre eles, ganhou relevância a leitura politizada do fenômeno. Alguns apontam o frei como uma peça eleitoral da direita e até um “símbolo do bolsonarismo”. Há também quem critique a associação automática entre seu conservadorismo e a extrema direita, tornando-o alvo de ataques da esquerda. Outros afirmam que o frei é apenas um representante católico disputado, malgré soi, pelas correntes político-partidárias com vistas às eleições de 2026. Apesar disso ou justamente por isso, o frei explicitaria publicamente a relevância social, cultural e política do catolicismo, que continua sendo majoritário no Brasil e que, longe de estar definhando, é capaz de se reinventar.

Há dois focos de leitura aqui, interligados pela valorização da massividade do fenômeno. O primeiro é político. Dadas as métricas digitais do frei, a melhor opção para os partidos interessados seria aproveitar politicamente sua onda favorável. Com isso, toda crítica ao religioso é percebida como uma perda no cálculo político-partidário. O segundo é religioso. Em um país com um declínio do número de católicos e um aumento do número de evangélicos e de pessoas sem-religião, o alcance multitudinário do frei seria diretamente benéfico à Igreja Católica. Com isso, toda crítica ao religioso é percebida como uma perda no cálculo censitário-religioso.

Do ponto de vista eclesial, a questão é em que medida os cálculos político-partidário e censitário-religioso correspondem à desafiadora missão da Igreja de “tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Evangelii gaudium, n. 176). Depois de quase 30 anos de outro fenômeno midiático-religioso, como o do Pe. Marcelo Rossi e seus desdobramentos eclesiais e sociais, essa questão se torna ainda mais relevante, a fim de avaliar o caminho já feito e principalmente de “preparar e retificar” a estrada futura (cf. Mc 1,3).

A dimensão política do discurso

Além dessas leituras, é preciso considerar os processos midiáticos que interligam, cada vez mais, religião, política e mercado, dando visibilidade massiva ao catolicismo – para o bem e para o mal. Em tempos de midiatização da religião, as lógicas digitais que ressignificam as práticas religiosas se entrelaçam também com interesses financeiros e políticos.

Toda ação comunicativa carrega uma dimensão política, seja explícita ou implícita. Não me refiro às preferências partidárias do frei, mas sim ao sistema de relações socioculturais no qual ele está inserido, com o qual se relaciona e ao qual faz referência. Seu discurso é fruto de uma realidade social e religiosa a partir da qual ele fala e, por outro lado, também modela relações sociais e religiosas que constituem a “pólis”.

A atuação do frei nas mídias digitais não é apenas um fenômeno religioso, mas também um complexo ato discursivo e midiático que situa sua religiosidade em um contexto maior de tensões e disputas econômicas, teológicas, eclesiais, entre outras. O nível micropolítico e microteoeclesiológico singular de Frei Gilson está diretamente relacionado com um contexto macropolítico e macroteoeclesiológico. O frei é tanto sintoma quanto agente promotor do ambiente político e teológico-eclesial, em uma relação interdependente e retroativa. O poder religioso não está cristalizado apenas na estrutura da Igreja institucional – da qual, aliás, o Frei Gilson é um representante autorizado como membro do clero –, mas também nas práticas cotidianas, nas tessituras discursivas e nas relações sociais.

Muito embora Frei Gilson não explicite manifestações partidárias, sua atuação envolve escolhas políticas estratégicas: sua presença digital, seu modelo de evangelização, seu estilo comunicativo, sua performance em termos de pregação, as temáticas a serem abordadas em seus vídeos, a venda de produtos religiosos, sua estética midiática, os convidados especiais em cada transmissão (artistas, cantores, bispos etc.), sua relação com o mercado digital e religioso. Essas escolhas configuram um campo de forças no qual diferentes concepções de fé e de sociedade se encontram e se chocam, atravessando e sendo atravessadas por uma dimensão política.

Essa dimensão, por sua vez, deixa traços evidentes no discurso do frei. Defender que “a mulher nasceu para auxiliar o homem”; afirmar que “é claro que Deus deu ao homem ser o chefe”; justificar tais afirmações afirmando que “isso está na Bíblia”; chamar as pessoas que evitam expressões racistas de “geração do mimimi, do dodói”; rezar durante a última campanha presidencial para que Maria liberte o Brasil do “flagelo comunista” são atos de fala que permitem, empiricamente, situar o frei não apenas em um espectro teológico-eclesial, mas também político (mesmo que não explicitamente partidário).

O vídeo em que o frei apresenta a chamada “Quaresma da Igreja 2025” reforça essa perspectiva. Segundo o próprio frei, “este é um dos vídeos mais esperados do ano”. Publicado no YouTube no dia 5 de fevereiro passado, ele revela em 15 minutos ao menos quatro camadas das escolhas “políticas” de Frei Gilson.

“Eu tenho visto milagres acontecendo”

A primeira camada é político-teológica. No início do vídeo, o frei afirma: “Eu tenho um desafio para fazer para você. [...] Este desafio pode mudar para sempre a sua vida. Eu não estou brincando” (os grifos são sempre meus). Ele reforça: “Meu irmão, minha irmã, você vai fazer a melhor experiência da sua vida. [...] E eu lhe garanto que vai mudar para sempre a sua vida”. O desafio consiste em acordar às 4h da manhã durante os 40 dias da Quaresma “para falar com Deus”. Segundo o frei, trata-se de “ofertar a Deus um sacrifício, porque 4h da manhã é um sacrifício”. Seu discurso envolve uma escolha político-teológica de convidar o espectador a uma superação pessoal (“desafio/sacrifício” de acordar cedo), associada, por sua vez, a uma transformação individual total (“mudar para sempre a sua vida”).

Em seguida, ele detalha a dinâmica das transmissões, que incluem o “Santo Rosário diante do Santíssimo Sacramento”, a bênção dos objetos, uma “oração de cura física com Nossa Senhora de Guadalupe” e a celebração da Santa Missa. O frei convida a viver “um momento em que você vai colocar os seus impossíveis. [...] Eu tenho visto milagres acontecendo nesses 40 dias, pessoas recebendo curas milagrosas, pessoas recebendo graças na sua área financeira, pessoas recebendo restauração na família, no casamento. Olha, vocês não têm noção do que acontece”. Seu discurso envolve uma escolha político-teológica ao fazer uma “promessa de realização dos impossíveis”, de “milagres e graças” em aspectos bem pontuais da vida individual, como o campo sanitário, financeiro e relacional.

“Vale a pena ferver o seu WhatsApp”

Uma segunda camada é político-midiática. No vídeo, o frei explica que, após o Rosário, ele fará uma pregação: “Se você não puder assistir à pregação ao vivo, assista à pregação que fica gravada no meu canal do YouTube.” Ele explica que as transmissões também serão feitas pela TV aberta, mas esclarece: “Quem assistir pela TV Canção Nova, não esqueça de ligar também o seu celular, porque quando você liga o seu celular é aí que a gente sabe que você está rezando com a gente”. E reitera: “Toda a transmissão [ocorre] no meu canal do YouTube, que é onde eu aconselho você assistir.” Ainda nos primeiros 30 segundos do vídeo, o frei já havia afirmado duas vezes: “Fique até o final deste vídeo”.

Esses convites não são neutros nem casuais, mas envolvem ênfases político-midiáticas (priorizar a transmissão via YouTube, manter o celular conectado, permanecer até o fim das transmissões). Os algoritmos digitais favorecem conteúdos que geram “engajamento”, por meio de visualizações, curtidas, compartilhamentos, inscrições. As elevadas métricas digitais alcançadas por Frei Gilson realimentam o funcionamento algorítmico da plataforma, impulsionando ainda mais suas transmissões, ampliando o alcance e rompendo supostas “bolhas” religiosas.

Além da audiência contabilizada em visualizações, o frei enfatiza a necessidade de compartilhamento. “Eu aconselho você a fazer o seu grupo no WhatsApp. Convide outras pessoas para rezarem com você.” O religioso detalha toda uma dinâmica piramidal: primeiro, ele aconselha a criar no WhatsApp um “Grupo dos 12”, o número dos primeiros discípulos de Jesus. “São pessoas que vão rezar junto com você. Então tenta animar outras pessoas [...]. Você que às vezes só está no grupo dos outros, mas nunca você fez o seu grupo, então eu aconselho você a fazer o seu grupo, tá? [...] Ali vocês vão mandar o link, vão acordar umas às outras, vão se animar, porque não é fácil fazer esses 40 dias, é muito puxado, é muito cansativo, mas vale muito a pena. Olha, eu tenho certeza que cada pessoa que você convidar, depois ela vai te agradecer pelo convite que você fez, tá bom?

Para quem já tem um “Grupo dos 12”, o frei aconselha a expandir para um “Grupo dos 72”, o número do segundo grupo de discípulos chamados por Jesus. “Mas, frei, será que eu vou conseguir tanta gente?” Ele mesmo responde: “Olha, muita gente tem o ‘Grupo dos 72’. Se você ainda não tem, ‘bora’ fazer o Grupo dos 72. Setenta e duas pessoas rezando a Quaresma com você”. Mas, afirma o frei, para quem já tem um grupo assim, “está na hora de você ir para o 504. O que é 504? É 72 vezes 7, tá? Jesus falou do ‘70 vezes 7’. Está na hora de você crescer esse seu grupo. Tem gente que tem grupo já de mais de 800 pessoas. Então vale a pena você aí ferver o seu WhatsApp”.

Por que essa ênfase na “efervescência” digital? Há uma escolha político-midiática em tentar harmonizar o fervor evangelizador e a busca de engajamento digital. A questão é saber até que ponto e como esses objetivos se complementam e comungam. Em tempos digitais, o desafio é evitar reduzir a evangelização a uma simples transmissão de conteúdos ou a uma mera conectividade em rede.

Curtidas, comentários, compartilhamentos

Perto do fim do vídeo, o frei ressalta outro elemento de engajamento: “Eu quero que aqui nos comentários [aponta para baixo] você comente quem é que vai fazer esses 40 dias. Saiba que o seu comentário muita gente vai ler. Então faz um comentário bonito [...] o seu comentário anima os outros, tá certo? Então eu quero ver todo mundo agora dar um ‘like’ neste vídeo, comenta este vídeo, e o mais importante: terminou de assistir agora, você vai enviar este vídeo para mais de 10 pessoas [...] e dá um recadinho assim para a pessoa: ‘Assiste até o final, assiste até o final esse vídeo e ‘bora’ fazer o desafio’. [...] Vai ser lindo, vai ser especial. Eu espero por você”. Em seguida, dá a bênção a seus espectadores.

Rezar, comentar, curtir, compartilhar: a oração das 4h da madrugada não acontece em um “deserto espiritual”. Ela é (auto)impulsionada por um ecossistema digital que valoriza o engajamento, a captura da atenção e a retenção da audiência. O frei não escapa dessas “tentações”. A estrutura algorítmica pode até ampliar o alcance de sua pregação, mas também a molda e a condiciona a partir de princípios nem sempre cristãos ou éticos.

Assim, os “milagres” passam a ser medidos pelo número de visualizações, curtidas, comentários, compartilhamentos, inscrições – e também em dinheiro. O jornal O Tempo calcula que cada vídeo do frei poderá monetizar entre 5 mil e 15 mil dólares (de 28 mil a quase 90 mil reais). Com 40 vídeos ao longo da Quaresma, o faturamento poderá chegar a 500 mil dólares (quase 3 milhões de reais).

Plataformas digitais como o YouTube organizam o fluxo de informações com base em interesses comerciais, priorizando conteúdos que geram engajamento e lucro. O risco é que a experiência espiritual seja apenas mais um produto dentro da lógica do mercado digital.

Campanha da caridade

Em relação a isso, outra camada do fenômeno é justamente a político-econômica, que, ao mesmo tempo, aparece vinculada à político-eclesiológica. Além do que poderá receber monetariamente com o engajamento digital, o frei convida a um gesto de caridade: “Quaresma é tempo de oração, penitência e caridade. E nós procuramos fazer juntos tudo isso, tá?”. Segundo ele, a “grande penitência conjunta” será acordar às 4h da manhã. A oração incluirá o Rosário diante do Santíssimo Sacramento e a missa. Quanto à caridade, ele afirma que “a gente sempre faz uma campanha de doação e levantamos um dinheiro para ajudar obras de caridade pelo Brasil e pelo mundo, tá? Por ora, eu ainda não tenho a obra de caridade que vamos ajudar, mas quando começar a Quaresma você vai saber. Gente, já fizemos tantas obras de caridade, vocês são extraordinários nesse sentido. Vamos ajudar mais as pessoas mais necessitadas, tá bom?

Nada impede que o frei promova uma campanha de doações. Mas, no mesmo período quaresmal, há mais de 60 anos, a Igreja no Brasil realiza a Campanha da Fraternidade. Há uma escolha político-eclesiológica no fato de não a mencionar. Há quase 30 anos, a CNBB criou especificamente um Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) para apoiar iniciativas de enfrentamento da miséria e da exclusão social com doações arrecadadas na “Coleta Nacional da Solidariedade”, realizada sempre no Domingo de Ramos. Ao estruturar uma campanha paralela e independente, o frei faz uma escolha político-econômica que o distancia de iniciativas caritativas mais amplas da Igreja nacional.

“Quem não compra se arrepende”

Já na parte final, o vídeo dedica 1/3 de sua duração à venda de produtos. O religioso destaca o livro especial da própria “Quaresma da Igreja 2025”, de autoria dos freis de sua congregação, comentando: “Eu preciso dizer a você: este aqui é indispensável. Este aqui nós vamos usar durante os 40 dias no Rosário. [...] Então, você é convidado a ter este livro, tá? Este livro você adquire pela LojaMensageiros.com. Vale a pena. Pessoas que não compram se arrependem”. No site da loja, que é mantido pela congregação, o livro está à venda a R$ 36,90.

Segundo o frei, “às vezes uma pessoa já compra para todo mundo aí do seu grupo do WhatsApp, depois todo mundo vai te reembolsando. [...] Este livro, graças a Deus, sempre é muito vendido, porque as pessoas estão amando isso daqui. Gente que não usava começou a usar. Eu encontrei uma pessoa esses dias, e ela me falava: ‘Frei, eu achava que não tinha motivo para comprar este livro, mas hoje eu não consigo viver sem [ele] para fazer a Quaresma. Vale a pena, tá? Vale a pena.”

Para além do livro devocional, o frei também divulga outra obra que será usada como referência. “Gente, depois, na pregação, eu vou usar um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Eu não estou brincando. Este daqui é um dos melhores livros que eu já li na vida: ‘A força do silêncio’, do cardeal [Robert] Sarah. Nova edição, uma capa linda, vale a pena você adquirir. [...] Um dos melhores livros que eu já li na vida [falando com ênfase e batendo no livro]. Você não tem noção do que é isso.” O livro está sendo vendido pelos freis a R$ 51,90.

A escolha desse livro chama a atenção pelo histórico do autor. No livro-entrevista El Sucesor, o Papa Francisco reconheceu: “Talvez cometi um erro ao nomear [o cardeal Sarah] como prefeito do agora Dicastério para o Culto Divino”. Nas palavras do próprio pontífice, “a partir daí ele foi manipulado por grupos separatistas”. O anúncio desse livro por parte do frei – que, aliás, coincidiu com os mesmos dias em que o papa estava hospitalizado – reforça uma conotação político-eclesiológica nessa escolha.

Há ainda uma paradoxal escolha político-teológico-midiática em valorizar a força do silêncio e, ao mesmo tempo, transmitir conteúdos ao vivo durante várias horas por dia, com no mínimo uma hora de pregação. Além disso, está o convite a que as pessoas permaneçam conectadas nas redes digitais, comentando e compartilhando seus conteúdos.

Cada escolha – teológica, midiática, econômica ou eclesiológica – traz consigo uma dimensão política. Se toda evangelização também carrega uma dimensão política, contudo, nem toda escolha política comunga com o Evangelho. No fim das contas, a oração midiática das 4h da madrugada é símbolo de um tempo em que a midiatização da religião catalisa novas formas de comunicação da fé, redefinindo relações dentro e fora da Igreja. A questão, então, não é tanto quantas pessoas se reúnem, mas sim em torno e em nome de quem. Não é tanto o sacrifício de acordar às 4h da manhã, mas sim qual projeto de fé e de sociedade é promovido e a serviço de quem. Não é tanto quantas pessoas estão conectadas, mas sim o que elas fazem com suas vidas e com a realidade ao seu redor quando a tela se apaga.

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