Um episódio para fazer memória aos cinco anos da pandemia de covid, às famílias brasileiras que perderam mais de 700 mil entes queridos para a doença. Refletir quais eram as expectativas para o “novo normal” e o que de fato se confirmou.
Infelizmente, o desastre e o gosto amargo da pandemia não se limitaram a um período específico. Pelo contrário, obscurantismo, desumanização, o negacionismo estão em plena circulação nas plataformas das big techs mundo afora, sendo essa a tônica de atuação de políticos da extrema-direita no Brasil e no mundo.
Ataques do governo Trump à diversidade, à inclusão e às universidades são exemplos de obscurantismo e desumanização. O negacionismo das vacinas é outro exemplo. O historiador italiano Massimo Faggioli alerta que a história está cheia de precedentes assim: Itália e Alemanha nas décadas de 1920 e 1930, Chile em 1973, Camboja no fim da década de 1970 e Hungria de Viktor Orbán nos últimos anos. “Líderes que tomam o poder quando a democracia está em crise frequentemente miram na academia”, comenta no artigo “Universidades católicas na mira de Trump?”
“Em que época vivemos? Como descrever nossos tempos? Algo decisivo está em jogo, para o pensamento crítico, nesta questão dos nomes. Os nomes da época. O mapa de nomes orienta estratégias, indica os movimentos do adversário, revela possíveis resistências”, questiona e reflete Amador Fernandez-Savater no artigo Brutalismo, a fase mais alta do neoliberalismo. "O que é significativo não é o que termina e consagra, mas o que começa, anuncia e prefigura”, Achille Mbembe.
Outro texto da semana que vale citar um trechinho é a entrevista “Da lógica do capital, os desejos contemplativos são ineficientes” com Manuel C. Ortiz. “O desejo, apesar de sua complexidade, é uma das faíscas determinantes não apenas para cada pessoa, mas para a comunidade. Assim, desde os pré-socráticos até Freud, passando por Nietzsche ou Habermas, houve inúmeros pensadores que tentaram desvendar seu mecanismo hermético”.
Por fim, alertas de violência contra as mulheres e políticas de inclusão de gêneros no Brasil, e memória dos 12 anos de pontificado do Papa Francisco. Além disso, as reflexões dos colegas da equipe do IHU, Guilherme Tenher e Gabriel Vilardi.
Os programas do IHU estão disponíveis nas plataformas Anchor e Spotify e podem ser ouvidos on-line ou baixados para o seu celular. Ouça outros episódios clicando aqui.