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BYD no Brasil: do desembarque triunfante da China ao escândalo da semiescravidão

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06 Janeiro 2025

No final de dezembro, os inspetores resgataram 163 trabalhadores chineses ligados à fábrica de carros elétricos que simboliza a crescente influência de Pequim no país sul-americano.

A reportagem é de Naiara Galarraga Gortázar, publicada por El País, 05-01-2025.

O plano é que os primeiros carros elétricos chineses fabricados no Brasil cheguem ao mercado em março de 2025. A fábrica que a montadora BYD está construindo na Bahia é o projeto que melhor simboliza o doce momento da relação Pequim-Brasília; A fábrica combina a expectativa de criação de milhares de empregos com uma forte carga simbólica porque ocupa literalmente um vazio deixado pela empresa americana Ford. Tudo parecia correr bem até que, na véspera de Natal, estourou o escândalo: fiscais do trabalho brasileiros resgataram 163 trabalhadores chineses dos canteiros de obras da usina e acusaram a empresa empregadora, subsidiária da BYD, de subjugá-los a condições análogas à escravidão. Trabalhavam dias exaustivos, viviam em condições insalubres e alguns deles tiveram seus passaportes retidos.

A referência à escravatura provocou bolhas no gigante asiático. A empresa acusada, Jinjiang Group, nega a acusação de trabalho forçado e fala de um mal-entendido. Um executivo da BYD acusou “forças estrangeiras” de tentar difamar a empresa e prejudicar o relacionamento entre os dois países, relata a Reuters.

Para começar, as vítimas trocaram os alojamentos insalubres onde estavam alojados por quartos de hotel pagos pela empresa. E o Itamaraty suspendeu a concessão de vistos de trabalho temporário à empresa BYD (sigla de Build Your Dreams), uma das principais fabricantes de carros elétricos do mundo. O Brasil é uma grande vitrine de sua expansão internacional e de seu maior mercado fora da China. Seus carros são cada vez mais comuns entre centenas de milhares de motoristas da Uber. Embora 90% dos carros elétricos da BYD circulem na China, um em cada cinco veículos que vão para o exterior é vendido no Brasil.

A fábrica brasileira é também um emblema da crescente influência chinesa no Brasil e no resto da América Latina, um terreno favorável para testemunhar a dura batalha comercial e política que trava com os Estados Unidos. O presidente Xi Jinping inaugurou em novembro o megaporto de Changay, no Peru, o que economizará 25 dias de travessia.

A fábrica da BYD está localizada na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador da Bahia, onde a Ford teve uma de suas principais fábricas até sair do Brasil em 2021. Essa saída marcou o fim de uma era porque a Ford foi a primeira maior empresa automotiva do país sul-americano.

Os fiscais do Ministério do Trabalho brasileiro que compareceram no dia 23 de dezembro ao alojamento dos trabalhadores chineses que constroem a fábrica onde serão produzidos os carros 100% elétricos e híbridos e descobriram que os patrões haviam retido seus passaportes e parte de seus salários, conforme relatado pelo ministério em nota oficial que detalhou outras irregularidades. Dormiam em beliches sem colchão, alguns comiam ali mesmo. Havia tão poucos banheiros que eles tinham que acordar às quatro da manhã para chegar a tempo para o turno das cinco e meia. Além disso, os funcionários trabalhavam jornadas superiores a 10 horas com remuneração irregular.

Por tudo isto, os fiscais acusam os empregadores de manterem os 163 trabalhadores em “condições análogas à escravatura”. No Brasil, país que em 1888 se tornou o último das Américas a abolir a escravatura, esse crime inclui o trabalho forçado, mas também submeter os empregados a condições indignas ou degradantes. Pode levar à prisão, multas pesadas e ao ridículo público, porque todos os anos as autoridades publicam a chamada lista suja com empresas condenadas por manterem trabalhadores em condições que lembram as dos africanos trazidos à força como trabalho gratuito durante três séculos. Só em 2023 resgataram mais de 3.000 trabalhadores.

O Ministério do Trabalho convocou as duas empresas afetadas, Jinjiang Group e BYD, para uma audiência no dia 7 de janeiro na qual farão uma proposta de medidas a adotar que, se cumprirem, poderão evitar a investigação.

O Brasil sempre se vangloriou de uma política externa que busca parceiros e carece de inimigos (embora às vezes as relações azedem). Mas manter o equilíbrio na batalha entre as duas superpotências é cada vez mais complicado e exige uma reflexão cuidadosa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu seu homólogo Xi em Brasília em novembro. E em dezembro, dias antes do escândalo trabalhista estourar, à CEO da BYD para as Américas, Stella Li. Para o presidente brasileiro, o projeto BYD é uma alegria dupla porque é um investimento que fortalece a sua prometida reindustrialização e reforça as suas credenciais verdes.

Lula destacou, ao receber o executivo chinês no palácio presidencial, que os primeiros carros elétricos fabricados no Brasil sairão da fábrica da BYD na Bahia no próximo mês de março, o que até o final daquele ano criará 10 mil empregos e durante 2026 atingirão a cifra de 20.000. Li afirmou que “será a maior e mais avançada fábrica de produção de veículos elétricos do mundo fora da China”. A empresa pretende fabricar cerca de 150 mil veículos no Brasil no primeiro ano e dobrar a produção no segundo, de olho no mercado latino-americano. Para a sua expansão no exterior, a BYD está construindo outras fábricas na Hungria, México, Tailândia e Uzbequistão.

O mercado latino-americano é extremamente importante para a BYD na sua batalha com a Tesla de Elon Musk pela liderança na venda global de veículos elétricos. E sem esquecer, claro, da produção regional de lítio que as baterias dos seus veículos necessitam. A empresa chinesa, atraída para o México pela sua crescente procura de caminhões, ainda está na fase de decidir onde irá localizar a sua nova fábrica mexicana, mantendo o seu roteiro, apesar das múltiplas incertezas que o regresso de Donald Trump traz. A BYD também está considerando construir uma fábrica no Peru.

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