12 Dezembro 2024
"Tributar os altos lucros da indústria militar tornou-se um imperativo ético", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 30-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Educação, saúde, impacto ambiental. Esses são os setores que parecem vagar pelos corredores opacos da Lei orçamentária com o chapéu na mão. Pelo contrário, os gastos com armas são decisivamente reforçados por um fluxo de dinheiro que empurra para a meta imposta pela OTAN de 2% do PIB. A campanha Pare o rearmamento quis lembrar esse fato ontem com uma manifestação perto da Câmara dos Deputados. Os gastos militares na Itália aumentaram em 132% nos últimos 10 anos, o governo já destinou 40 bilhões para a aquisição de novos sistemas de armas e o novo orçamento prevê um adicional de 12% para os gastos militares. Os pedintes dos gastos sociais argumentam que um corte de 20% nos gastos militares seria suficiente para garantir 700 escolas e reduzir em 30% as listas de espera para as consultas médicas, financiar ações de combate às mudanças climáticas, reduzir a pobreza energética e sustentar os compromissos internacionais para aumentar os fundos para a cooperação para o desenvolvimento. Tributar os altos lucros da indústria militar tornou-se um imperativo ético. As 10 maiores empresas italianas do setor registraram um lucro líquido de mais de um bilhão em exportações. Em suma, são as vítimas de guerras fora e dentro de nossas fronteiras nacionais que enriquecem as indústrias de armas.
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Pare o rearmamento. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU