31 Outubro 2024
O processo de beatificação do ex-geral jesuíta Pedro Arrupe (1907-1991) supera um obstáculo importante. A fase diocesana do processo será concluída no dia 14 de novembro, anunciou quarta-feira o Vicariato de Roma. O processo de beatificação foi formalmente aberto em 2019 a pedido dos jesuítas.
A reportagem é publicada por katholisch.de, 30-10-2024.
Arrupe nasceu no País Basco em 1907 e ingressou na ordem dos jesuítas em 1927, após estudar medicina. Ele foi para o Japão como missionário em 1938. A partir de 1942 trabalhou como mestre de noviços em Hiroshima, onde vivenciou o lançamento da bomba atômica e depois transformou o noviciado de sua ordem em um hospital de campanha. Em 1965, pouco antes do fim do Concílio Vaticano II, foi eleito superior geral da ordem.
Quando um acidente vascular cerebral deixou Arrupe impossibilitado de trabalhar em 1981, o Papa João Paulo II nomeou um “delegado pessoal” para liderar a ordem, mergulhando os jesuítas numa grave crise que só foi resolvida em 1983 com a eleição de um sucessor. Arrupe morreu em Roma em 1991.
Padre Pedro Arrupe (Foto: Vatican Media)
A beatificação é precedida de um procedimento de investigação eclesiástica precisamente definido. Para fazer isso, a diocese responsável deve recolher informações sobre a vida e a morte da pessoa e fornecer provas de um milagre ou martírio, bem como de virtuosidade e de uma “reputação de santidade”. Após a conclusão do processo, os arquivos são enviados ao Dicastério do Vaticano para os processos de beatificação e canonização. Este verifica a autenticidade dos documentos e depoimentos de testemunhas e, se necessário, obtém relatórios sobre milagres. Concluído com sucesso o procedimento, o Papa declara que o falecido pode ser chamado de beato e venerado publicamente. (KNA)
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Beatificação do padre Arrupe. Mais um passo adiante - Instituto Humanitas Unisinos - IHU