COP16 de biodiversidade: Petro acusa combustíveis fósseis e grandes potências por crise climática

Gustavo Petro e Lula | Foto: Foto: Ricardo Stuckert/PR / Flickr

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23 Outubro 2024

Anfitrião da COP16, o presidente colombiano reiterou que a crise climática contribui diretamente para a perda de diversidade biológica e a destruição da vida na Terra.

A informação é publicada por ClimaInfo, 23-10-2024.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, não mediu palavras em seu discurso inaugural na COP16 de biodiversidade, que acontece em Cali. O anfitrião da conferência destacou o papel da crise climática causada pela queima de combustíveis fósseis para a “extinção da biodiversidade e da vida” e culpou as potências mundiais pela dependência de petróleo da economia global.

“A única razão da existência da Humanidade é a própria vida, para cuidar dela e não destruí-la”, disse Petro. “Aqueles que pensam em fóruns mundiais como este que o livre mercado pode levar à maximização do bem-estar e que levará os seres humanos a serem portadores de vida estão iludidos. (…) Talvez a maior batalha é começar a grande batalha pela vida”.

A responsabilidade dos países industrializados e dos maiores emissores de gases de efeito estufa foi lembrada por Petro na questão do financiamento. Para o líder colombiano, as finanças globais “estão ligadas à ganância, ou seja, à morte” e precisam mudar radical e rapidamente para reverter o quadro de destruição do meio ambiente e da vida na Terra.

“Quem mais emite CO2 na atmosfera são as economias fósseis, do petróleo e do carvão, são as economias poderosas dos Estados Unidos, da China e da Europa. [Essas economias] cobram sobretaxa em cima da taxa de juros para os países [em desenvolvimento] que ainda hoje conseguem absorver CO2”, afirmou Petro, citado pela EFE. Mídia Ninja e R7 também repercutiram a fala.

A urgência citada por Petro foi reiterada pela ministra colombiana do meio ambiente, Susana Muhamad, que preside a Conferência de Cali. “O planeta não tem tempo a perder. Todos concordamos que não temos recursos [financeiros] suficientes para esta missão”, afirmou, de acordo com a Reuters.

Mas nem todos na Colômbia estão alinhados a essa visão. O Guardian abordou a posição do líder guerrilheiro Ivan Mordisco, chefe do Estado Maior Central (EMC), um dos maiores grupos armados que resistem no país. Com domínio em grandes áreas florestais no sul colombiano, Mordisco foi por muito tempo um “aliado” na defesa da floresta por conta da proibição – imposta violentamente, vale ressaltar – da exploração madeireira nos territórios sob seu controle. Agora, Mordisco não apenas encabeça as ameaças de grupos armados contra a realização da COP16 em Cali como também liberou a derrubada de floresta e está dificultando a atuação de fiscais e guardas florestais em áreas protegidas.

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