02 Outubro 2024
"Na realidade, porém, está se repetindo, por exemplo, na Faixa de Gaza e no Líbano, assim como ocorreu em 7 de outubro em Israel e, silenciosamente, em muitas outras partes do mundo. Vigiar significa não desistir, continuar a denunciar e garantir que o massacre em andamento pare. Significa não esperar pelos próximos oitenta anos, quando um presidente em exercício do Estado de Israel for ao Líbano ou à Palestina para pedir perdão pelo que um seu antecessor ordenou", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 30-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
É tão importante quanto uma luz que o presidente da Alemanha participe das comemorações do massacre de Monte Sole e peça publicamente perdão pelo massacre realizado pelas SS há oitenta anos! É um chamado à vigilância para que um horror semelhante nunca mais se repita. Na realidade, porém, está se repetindo, por exemplo, na Faixa de Gaza e no Líbano, assim como ocorreu em 7 de outubro em Israel e, silenciosamente, em muitas outras partes do mundo.
Vigiar significa não desistir, continuar a denunciar e garantir que o massacre em andamento pare. Significa não esperar pelos próximos oitenta anos, quando um presidente em exercício do Estado de Israel for ao Líbano ou à Palestina para pedir perdão pelo que um seu antecessor ordenou.
Vigiar significa que, nas nossas paragens, aquela mesma ideologia nazista, hoje disfarçada em nauseabunda nostalgia e sutis cumplicidades, talvez com palavras arrogantes e ébrias, justifica ou acredita que a matança de outras pessoas seja um ato devido ou até meritório. Hoje, mais do que nunca, é necessário cortar o fio da violência que permeia a história.
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