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O risco de uma guerra nuclear e de um céu branco. Artigo de Leonardo Boff

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02 Outubro 2024

"Isso não é alarmismo nem catastrofismo. Mas devemos ser realistas esperançosos e eticamente responsáveis. Já temos a experiência do que tem sido o maior ato terrorista da história, quando os EUA sob Truman lançaram duas bombas nucleares simples sobre Hiroshima e Nagasaki que dizimaram em minutos duzentas mil pessoas", escreve Leonardo Boff, autor de "Terra madura: uma ética da vida" (Planeta 2023) e de "Cuidar da Casa Comum: pistas para protelar o fim do mundo" (Vozes 2024).

Eis o artigo.

Em declarações recentes, Putin, com referência à guerra que move contra a Ucrânia, país que se defende com cada vez mais armas potentes dos EUA e da OTAN, declarou: "se houver um perigo existencial para meu país, usarei armas nucleares".

Certamente não serão as estratégicas com devastador poder de destruição. Provocaria uma retaliação dos EUA com o mesmo tipo de armas. Isso, provavelmente, liquidaria grande parte da vida humana e da biosfera.

Mas Putin usaria as táticas, mais limitadas, mas também com efeitos altamente destrutivos. A ameaça não parece ser um blefe, mas uma decisão tomada por todo o corpo de defesa da Confederação Russa. Bem disse o secretário geral da ONU António Guterres, ao abrir em setembro os trabalhos: "Estamos nos aproximando do inimaginável – um barril de pólvora que corre o risco de engolir o mundo”. Se isso vier ocorrer, surge o grave risco de uma escalada perigosíssima para o nosso futuro.

No limite, pode ocorrer um inverno nuclear no qual o céu ficará branco (na expressão de Elizabeth Kolbert: O céu branco: a natureza de nosso futuro, 2020) por causa das partículas radioativas. As árvores mal poderiam fazer a fotossíntese, garantindo-nos o oxigênio suficiente e a produção de alimentos seria altamente afetada. Tal catástrofe poria em risco a vida humana e a biosfera.

O assunto é por demais ameaçador para não lhe darmos importância. Toby Ord, filósofo australiano lecionando em Oxford escreveu um livro minucioso sobre os riscos presentes: Precipice: Existencial Risk and the Future of Humanity (2020). Isso não é alarmismo nem catastrofismo. Mas devemos ser realistas esperançosos e eticamente responsáveis. Já temos a experiência do que tem sido o maior ato terrorista da história, quando os EUA sob Truman lançaram duas bombas nucleares simples sobre Hiroshima e Nagasaki que dizimaram em minutos duzentas mil pessoas.

Depois criamos armas muito mais devastadoras e ainda o princípio de autodestruição como o chamou o falecido e eminente cosmólogo Carl Sagan. O Papa Francisco em sua alocução na ONU no dia 25 de setembro de 2020, advertiu por duas vezes da eventualidade do desaparecimento da vida humana como consequência da irresponsabilidade em nosso trato com a Mãe Terra e com a natureza superexploradas. Na encíclica Fratelli tutti (2020, n. 32) afirma com severidade: ”estamos todos no mesmo barco, ou nos salvamos todos ou ninguém se salva".

O prêmio Nobel, Christian de Duve, em seu conhecido Poeira Vital (1997, p. 355) atesta que “de certa forma, nosso tempo lembra uma daquelas importantes rupturas na evolução, assinaladas por extinções maciças”. Antigamente eram os meteoros rasantes que ameaçavam a Terra; hoje o meteoro rasante se chama ser humano dando origem a uma nova era geológica, o antropoceno e na sua fase mais aguda, o atual piroceno (as grande queimadas).

Théodore Monod, talvez o último grande naturalista moderno, deixou como testamento um texto de reflexão com esse título: E se a aventura humana vier a falhar? Assevera: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (Monod, 2000, p. 246). E acrescenta: “seria o justo preço de nossas loucuras e de nossas crueldades” (Monod, 2000, p. 248).

Se tomarmos a sério o drama mundial, sanitário, social e o aquecimento crescente, na era do piroceno, esse cenário de horror não é impensável.

Edward Wilson, grande biólogo, atesta em seu instigante livro O futuro da vida (2002): O homem até hoje tem desempenhado o papel de assassino planetário… a ética da conservação, na forma de tabu, totemismo ou ciência, quase sempre chegou tarde demais.

Vale ainda citar um nome de grande respeitabilidade James Lovelock, o formulador da hipótese/teoria da Terra como Superorganismo vivo, Gaia, com um título que diz tudo: A vingança de Gaia (2006). Em sua passagem pelo Brasil declarou à Veja: ”até o fim do século 80% da população humana desaparecerá. Os 20% restantes vão viver no Ártico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva…quase todo o território brasileiro será demasiadamente quente e seco para ser habitado” (Páginas Amarelas de 25-10-2006).

Bem ponderou o maior pensador do século XX, Martin Heidegger, num texto publicado 15 anos após sua morte, consciente do risco planetário: ”Só um Deus nos pode salvar” (Nur noch ein Gott kann uns retten).

Não basta esperar em Deus, pois ele não é um tapa-buraco face às irresponsabilidades humanas, mas sim, cuidar do ser humano enlouquecido, pôr limites a uma razão que virou irracional a ponto de forjar meios de se autodestruir. Confiamos que face a esta catástrofe, haja um mínimo de sabedoria e de contenção nos tomadores de decisões.

Depois que matamos o Filho de Deus que se fez homem, nada é impossível. Mas Deus, não os detentores de armas de destruição em massa, é o senhor da história e do destino humano. Ele pode das ruínas criar um novo céu e uma nova Terra, habitada por seres humanos transfigurados, cuidadores e amigos de toda vida. É a nossa fé e esperança.

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