21 Agosto 2024
A reportagem é de Dumar Espinosa, publicada por Religión Digital, 20-08-2024.
A dignidade dos migrantes e das mulheres no mundo foram as temáticas centrais dos pronunciamentos da religiosa colombiana Gloria Liliana Franco Echeverri, da Companhia de Maria, mãe sinodal e presidenta da Conferência Latino-Americana de Religiosos e Religiosas CLAR, durante a primeira sessão da 16ª Assembleia Geral ordinária do sínodo dos bispos sobre a sinodalidade.
Em um dos briefings informativos da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou que neste sínodo se faz ressoar o grito dos excluídos, o grito dos migrantes, convidando a pensar em tantos rostos de irmãos e irmãs que, em muitos casos, não conseguem chegar ao seu destino e morrem no mar. Assim, no dia 13-10-2023, na Aula Nervi em Congregação geral, referiu-se ao reconhecimento e à promoção da dignidade batismal da mulher na Igreja.
Liliana Franco é mulher, irmã e discípula. Assistente social pela Universidade de Antioquia, mestra em Teologia Bíblica pela Universidade Pontifícia Bolivariana e doutora em Teologia.
No meio dos trabalhos do Primeiro Congresso Latino-Americano e Caribenho de “Teologia em chave sinodal para uma Igreja sinodal”, realizado em Bogotá na sede do Celam de 9 a 11 de agosto de 2024, a irmã Liliana Franco concedeu à Religión Digital uma breve entrevista que se reporta a seguir.
Irmã Liliana, é um prazer conversar com a senhora. Obrigada por este espaço que oferece à Religión Digital. Para começar, eu gostaria de perguntar: o que a motivou a ingressar na Companhia de Maria?
Eu entrei na Companhia de Maria primeiro porque experimentei que Jesus me chamava para servi-Lo como religiosa e me impactava a maneira como as irmãs da Companhia de Maria viviam seu compromisso com o evangelho, com a causa dos pobres.
Então conheci seu trabalho profético em lugares como Cristales, onde mataram a Irmã Teresita Ramírez[1], uma das mártires deste país. Me impactava muito o compromisso das irmãs e que não era apenas trabalho social, mas que nascia do evangelho, da paixão por Jesus, do desejo de viver pela radicalidade do evangelho.
Depois, quando conheci Juana del Lestonnac (1556-1640, mãe de família numerosa, santa e religiosa francesa, fundadora da Companhia de Maria) me impactou muito porque é uma mulher avançada para seu tempo; primeiro em uma época em que tinham que viver clausura papal maior, ela conseguiu que aprovassem um estilo de vida misto, em que, sendo contemplativas, pudessem ser apostólicas.
Juana del Lestonnac foi a primeira a criar as instituições educativas para as mulheres católicas. Sempre teve como em seu DNA a paixão pelo mundo feminino, o desejo de educar e promover a mulher, de gerar instâncias de maior participação. Além disso, era uma mulher ponderada, com muita capacidade de dialogar com a Igreja, de abrir portas onde havia horizontes fechados. Então para mim é uma inspiração e, além disso, ela contribuiu muito com seu estilo de vida para a renovação da vida religiosa.
Sobre sua gestão como presidenta da Conferência Latino-Americana de Religiosos e Religiosas, o que pode nos contar?
Bem, estamos terminando nosso serviço, que termina em maio do próximo ano. Eu levo dois mandatos como presidenta da CLAR, os mandatos são de três anos. Minha experiência mais bela é a de trabalhar com outros, essa certeza de que Deus nos presenteia com a comunidade, de que nos presenteia com irmãos e irmãs com os quais sintonizamos nas mesmas linhas.
Para mim, nesses anos, cresceu o amor pela minha vocação, o amor pela vida religiosa, e isso graças ao testemunho de tantos religiosos, homens e mulheres que conheci ao longo do continente e que vejo nas margens mais empobrecidas, dando a vida, arriscando a existência de maneira profética a partir da CLAR, com os dois horizontes inspiradores que tivemos, estamos também puxando a renovação da vida religiosa.
A chamada a viver uma vida religiosa em chave de esperança, mas uma vida religiosa capaz de ser mística, missão e profecia, de vivenciar-se a partir da intercongregacionalidade, interculturalidade, itinerância.
O serviço na CLAR desses anos também nos direcionou para essa dinâmica de Igreja em saída, trabalhar com outros, fortalecer a rede em comunhão com o Celam, com a CEAMA (Conferência Eclesial da Amazônia), com a Caritas, com a REPAM (Rede Eclesial Panamazônica).
Foi uma experiência de Igreja muito bonita. E, acima de tudo, continuar ouvindo o clamor dos pobres deste continente, migrantes, vítimas de tráfico de pessoas, o clamor também da terra e dos povos amazônicos. Foi uma experiência de nos expandirmos a partir da escuta, que também possibilita o compromisso.
A propósito da primeira sessão do Sínodo sobre a sinodalidade, quando você interveio em uma Congregação geral diante do papa Francisco, você mencionou uma mulher que toda a vida trabalhou levando a comunhão aos enfermos e que foi relegada desse serviço após a chegada de um novo pároco. Poderia nos contar mais sobre ela?
Era dona Rosa; ela já morreu; era de uma cidade da Colômbia. Eu a conheci, trabalhei com ela, formada em ambientes precisamente de comunidades eclesiais de base, uma mulher belíssima. Mas por uma mudança na orientação da paróquia, foi uma mulher que se viu obrigada a não poder continuar levando a comunhão, porque agora há ministros ordenados de uma maneira distinta nessa paróquia.
Ela continuou durante muitos anos visitando as pessoas, acompanhando, embora já não pudesse levar a eucaristia, mas levava o Jesus que a habitava. É uma mulher que edificou e construiu a todos nós.
E sobre o caso da mulher que não conseguiu o título pontifício, mas apenas civil em teologia, que você também mencionou em sua intervenção no sínodo, o que pode nos contar?
Ela conseguiu o título teológico, mas não canônico, e sim civil, é o caso de muitas mulheres do continente, não apenas na Colômbia, mas também em outros lugares do continente, porque até há poucos anos as faculdades de teologia estavam fechadas para as mulheres.
Até há poucos anos havia institutos de vida religiosa. À mulher que queria estudar teologia, dizia-se para estudar ciências religiosas, mas não teologia, e sim ciências religiosas. É o caso de muitas mulheres no continente.
Mas também há a beleza de todas as mulheres que continuam empenhadas em abrir caminhos, em se formar, em gerar dinâmicas que possibilitem também o crescimento intelectual para um maior serviço, porque o que se trata é de se formar para ser melhores testemunhas.
Para finalizar, conte-nos uma ideia que você leva no coração para a segunda sessão do sínodo.
Para a segunda sessão… Para mim, fundamentalmente a chamada a ser Igreja sinodal em missão. Creio que este sínodo tem dois objetivos, pelo menos no coração do Papa: nos ajudar a ser uma Igreja menos clerical, mas também potencializar a dimensão missionária da Igreja.
Creio que há um caminho com muitos horizontes que nos exigirá formação, intercâmbio, trabalho com outros. Eu vou com muita esperança, com a certeza de que o Espírito é o protagonista e com a certeza também de que todos na Igreja, ao ritmo do espírito, saberemos impulsionar a necessária transformação, a necessária reforma.
Obrigada, irmã.
Obrigada a vocês.
Segue abaixo o texto das duas intervenções da irmã Liliana Franco ODN na primeira sessão do sínodo da sinodalidade em outubro de 2023:
Alocução da Irmã Liliana Franco ODN na reunião Geral do Sínodo da Sinodalidade em 13-10-2023, “Como pode a Igreja de nosso tempo compartilhar melhor a própria missão através de um melhor reconhecimento e promoção da dignidade batismal da mulher?”
Querido Papa Francisco, irmãs e irmãos.
Ao pensar na missão das mulheres na Igreja, convém olhar para Jesus, aprender com ele.
O evangelho mostra uma disposição de Jesus para ver e sentir as mulheres, levantá-las, dignificá-las, enviá-las.
A verdadeira reforma vem do encontro com Jesus, ao eco de sua palavra, no aprendizado de suas atitudes e critérios, na assimilação de seu estilo.
Com esta convicção, gostaria de começar trazendo ecos do que vivem algumas mulheres:
Dona Rosa tem 70 anos. Todas as tardes sai a visitar os enfermos do bairro. Cuida para que tenham alimentos e vida digna. Até seis meses atrás, ela também levava a comunhão.
Mas o novo pároco lhe disse que essa já não é uma missão para ela, que a comunhão será levada pelos ministros da eucaristia homens, que foram vestidos com um uniforme vistoso; ela continua percorrendo as ruas do seu bairro visitando os enfermos.
Agora ela não pode levar Jesus na eucaristia, os protocolos não permitem. Mas todas as noites, depois de orar, ela se deita sentindo que Deus a leva e que através dela, ele é o verdadeiro consolo para os mais frágeis.
Marta terminou seu doutorado em teologia com notas melhores que as de seus colegas homens.
A universidade pontifícia onde se formou decidiu que não poderia lhe dar um título canônico porque ela é mulher, que o dela seria um título civil. No entanto, isso já constitui uma conquista, pois até poucos anos atrás, as mulheres em seu país não podiam estudar teologia, apenas ciências religiosas.
Muitas outras mulheres não têm lugar no conselho paroquial ou diocesano, apesar de serem elas as mestres, as catequistas pelos rios, as que curam as feridas dos enfermos, as que atendem os migrantes, as que orientam os jovens e brincam com as crianças, as que alimentam a fé nas paraliturgias e com criatividade sustentam a esperança quando a violência aturde.
Da ótica dos membros de muitos conselhos, a missão das mulheres é muito maternal, básica, pastoral, e os objetivos dos conselhos são para eles mais administrativos e estratégicos.
No dia 28 de setembro, ao chegar a Roma, fui à eucaristia.
Atrás de mim estava uma mãe com seus dois filhos.
No momento da comunhão, ela perguntou ao seu filho mais velho: Você vai comungar?
Imediatamente a menina pequena de seis anos, depois soube que se chamava Maria Antonieta, perguntou: Mamãe, o que é comungar?
Confesso que essa pergunta ressoou com força durante todos esses dias da Assembleia Sinodal. A caminhada das mulheres na Igreja está cheia de cicatrizes, de conjunturas que implicaram dor e redenção, trama pascal na qual o evidente e definitivo tem sido o amor de Deus. Amor que permanece além do esforço de alguns em invisibilizar a presença e a contribuição das mulheres na construção da Igreja.
A Igreja tem rosto de mulher. As assembleias, os grupos paroquiais, as celebrações litúrgicas, os ministérios apostólicos das comunidades, a qualidade da reflexão e a calorosidade da entrega da Igreja se tece em grande parte no ventre das mulheres. Isso é possível de ser constatado em todos os contextos.
A Igreja é mãe e mestre, é também irmã e discípula, é feminina e isso não exclui os homens, pois em todos, homens e mulheres, habita a força do feminino, da sabedoria, da bondade, da ternura, da fortaleza, da criatividade, da ousadia e da capacidade de dar a vida e enfrentar as situações com bravura.
Todos, mulheres e homens, estamos chamados a ser ventre, casa, carícia, abraço, palavra.
Uma Igreja feminina tem a força da fecundidade, aquela que vem dada pelo Ruah no processo sinodal em nosso continente. Vamos experimentando que uma Igreja missionária que pulsa ao ritmo do feminino é uma Igreja com essas perspectivas:
Primeiro, a pessoa de Jesus e o evangelho são quem convocam; o encontro é para fazer memória e atualizar o compromisso na consciência de ser enviados discípulos missionários. Nele se faz leitura de fé dos fatos e o discernimento está na base de qualquer processo ou ação.
Segundo, a inclusão e a participação na tomada de decisões brotam da consciência da identidade: povo de Deus e, por meio do batismo, portadores da mesma dignidade.
Terceiro, a opção pelo cuidado de toda forma de vida é a opção pelo reino. Procura-se construir comunidades nas quais se tende naturalmente a levantar o caído, a curar as feridas, nas quais há lugar para o deserdado e se trabalha pela dignidade humana, pelo bem comum, pelos direitos das pessoas e da terra.
Quarto, um novo modo de estabelecer as relações possibilita uma identidade renovada, mais circular, fraterna, sororal, com novos ministérios. É uma Igreja na qual se tecem relações de solidariedade e proximidade. O vínculo se estabelece além do hierárquico e do funcional, naquele espaço existencial chamado comunidade, onde todos nos sentimos humanos, irmãos.
Quinto, acredita-se no valor dos processos, prioriza-se a escuta e reconhece-se que a fecundidade é fruto da graça, da ação do Espírito, único capaz de fazer novas todas as coisas.
No fundo do desejo e do imperativo de uma maior presença e participação das mulheres na Igreja, não há uma ambição de poder ou um sentimento de inferioridade, tampouco uma busca egolátrica de reconhecimento.
Há um clamor por viver em fidelidade ao projeto de Deus, que deseja que no povo com o qual ele fez aliança, todos se reconheçam em condição de irmãos.
Trata-se de um chamado à participação e à corresponsabilidade igual nos discernimentos e na tomada de decisões.
Mas é fundamentalmente um anseio de viver com consciência e em coerência com a dignidade comum que a todos nos dá o batismo.
É um desejo de servir.
Oxalá, ao concluir este processo sinodal, todos possamos olhar nos olhos da pequena Maria Antonieta e responder que comungar é caminhar na condição de irmãos e, com o olhar voltado para Jesus, atualizar aquele banquete onde há lugar para todos, o amor se traduz em obras e a verdade que a todos nos abriga é simples e claramente o evangelho.
Intervenção da Irmã Liliana Franco, ODN, em um dos briefings informativos do escritório de imprensa da Santa Sé em Roma. Outubro 2023:
Eu venho da América Latina e do Caribe e estou aqui trazendo a voz também desse continente e da vida religiosa que peregrina nesse continente.
E a experiência foi, primeiramente, que realmente o protagonista do sínodo está sendo o Espírito, que no centro está a pessoa de Jesus e o desejo que todos temos de que os valores do evangelho se tornem explícitos.
Há um desejo real de poder viver à maneira de Jesus, que é esse modo que humaniza, que levanta, que dignifica, que inclui, que possibilita que o outro seja na totalidade de sua dignidade.
Está sendo muito significativa a experiência de um método diferente, a partir da Conversação no espírito, em mesas redondas nas quais nos reconhecemos nessa dignidade comum que todos temos, em um ambiente de respeito, de comunhão, de valorização mútua.
Como disse o cardeal Joseph Tobin, realmente é a experiência de encontrarmos com diferentes línguas, com outras sensibilidades, com modos diferentes de entender as diferentes temáticas que estamos abordando.
É a experiência da construção coletiva, de sentir que todos temos algo a contribuir, algo a dizer, mas acima de tudo que todos viemos habitados pelos territórios de onde chegamos.
E hoje, precisamente ontem à tarde e hoje, quando estamos de frente para aquele núcleo, que é o núcleo B, na ficha B1, o que nos ressoa é esse chamado a ouvir o grito dos pobres.
Na nossa mesa, de maneira especial hoje, o que ressoou foi isso, o grito dos pobres; os rostos dos pobres na migração, no tráfico de pessoas, aqueles que estão sendo mais excluídos.
Hoje sentimos o chamado a ser presença profética, uma presença que se compromete e também sentimos o chamado a unir forças, a criar redes, a fortalecer as redes que temos.
Na nossa experiência de tecido do comum, no grupo, esta manhã surgiu um profundo agradecimento pelo que reconhecemos também como compromisso da Igreja, sobretudo nessa dimensão social e ambiental.
Todos reconhecíamos que o seguimento de Jesus tem que se traduzir em compromisso pelo Reino, que não é possível seguir Jesus sem um compromisso também pelo desenvolvimento humano integral.
E agradecíamos por tantos homens e mulheres que, nas diferentes margens do mundo, caminham na condição de missionários, ajudando a que tantas pessoas possam viver com mais dignidade; que haja mais possibilidades de educação, de saúde, que muitos possam ter mais acesso às condições mínimas para uma vida digna.
E logicamente, hoje também nos perguntávamos pela Casa comum e deixávamos que nos ressoasse o grito da terra, das culturas e dos mais pobres.
Está sendo a experiência de construir, de construir na condição de irmãos a partir daquela mesa redonda que se assemelha à mesa de um jantar familiar onde há lugar para todos.
O Sínodo situa sua reflexão no contexto, com os pés na terra, abraçando os diferentes territórios, e por isso está ressoando com muita força a realidade do nosso mundo, um mundo em que há xenofobias, nacionalismos excludentes, líderes que insistem em construir fronteiras. E em um mundo assim, que é o nosso, a opção da Igreja é a opção pela fraternidade, é a opção pela sinodalidade, é a disposição para entender que todos somos irmãos, e em um mundo e em uma Igreja em que nos olhamos como irmãos, há lugar para todos.
Por isso, hoje, de maneira especial em meu grupo com a ficha B1-1, nos ressoava a realidade dos excluídos e trazíamos a esse cenário da conversa e do encontro a realidade dos mais pobres do nosso mundo, das caravanas e caravanas de migrantes que estamos acompanhando em nossa Igreja e de tantos outros que não conseguimos acompanhar como gostaríamos.
Trazíamos a realidade de todas as vítimas de tráfico, dos desterrados, dos deslocados, daqueles para quem não há lugar nesta sociedade. E diante deles sentíamos a responsabilidade de continuar unindo forças para possibilitar a acolhida, a hospitalidade, o alimento, a educação, as condições que gerem uma vida digna para eles.
Mas também sentimos que, como Igreja, precisamos ser defensores dos direitos humanos e precisamos pronunciar essa voz profética que gere o necessário questionamento, que nos faça mais conscientes de nossa necessidade de trabalhar por um mundo melhor.
Eu sinto que o itinerário, a Bitácora do Sínodo, é muito clara, é o instrumentum laboris e o conteúdo de todos os diálogos, de todos os encontros sinodais é este que está claramente oferecido a todo o povo de Deus.
E com relação à sua pergunta, é verdade o que diz Paolo de que ainda não chegamos a esse tema, no entanto, é um tema em torno do qual a Igreja vem construindo já há muito tempo.
Inclusive o sínodo passado foi precisamente a possibilidade também de nos perguntarmos como fazer com que os idiomas, como fazer com que as éticas e estéticas da nossa Igreja, como fazer com que nossos modos litúrgicos possam chegar a todos e ter aquele caráter de significatividade que é necessário.
Então, o instrumentum laboris, o que foi dito nas etapas continentais, certamente nutrirá essa reflexão que faremos esta semana voltada para a liturgia.
Mas essa é uma pergunta que já como Igreja nos fazemos, que ressoa com força, que nos interpela e que nos exige aprender e reaprender também esses modos que tornem a mensagem de Jesus mais acessível, sobretudo para os jovens.
Há pessoas, mas depois o apoio também para o que significa reconstruir a vida, o enfoque na escuta, no tecido emocional, no tecido laboral, que possa sustentar a reintegração das pessoas novamente, depois de terem sido vítimas de tráfico, aos seus ambientes familiares, a ambientes laborais ou profissionais que possam ser mais seguros.
Ressoava com muita força histórias com nomes concretos, porque uma das coisas bonitas que está acontecendo nos círculos menores é que os discursos teóricos têm sido transcendidos e estamos trazendo a vida, estamos trazendo a experiência, estamos trazendo o clamor concreto das pessoas.
Então, o diálogo acaba sendo um diálogo povoado também de nomes, de realidades concretas, de gritos concretos que nos fazem nos movimentar também a partir de nossa identidade cristã e nos perguntarmos sobre o como responder e como responder melhor a essas realidades.
E eu queria adicionar algo à pergunta sobre o metodológico:
Realmente neste sínodo há muito mais possibilidade de que a voz ressoe e há outro meio para isso, que é que todos, frente a todos os temas, podemos enviar à Secretaria do Sínodo contribuições pessoais, já não apenas frente a um único tema, como fazíamos em sínodos passados, mas agora é possível enviar contribuições sobre todos os temas que se queira.
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“Vou com a certeza de que todos na Igreja, ao ritmo do Espírito, saberemos impulsionar a necessária transformação, a necessária reforma”. Entrevista com Irmã Liliana Franco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU