03 Julho 2024
Jornalistas que tiveram que deixar seus países de origem sofrem, não raro, atos de intimidação nos países anfitriões, que vão de desde ameaças físicas, digitais, agressões, sequestros, a assassinatos e processos judiciais conduzidos à revelia por acusações forjadas e retaliação contra familiares.
A nota é de Edelberto Behs, jornalista.
O quadro consta em relatório que a relatora especial da ONU sobre Liberdade de Expressão, Irene Khan, apresentou ao Conselho de Direitos Humanos da instituição. De uma perspectiva legal, observou, “a maioria dos atos de repressão transnacional envolve tanto a responsabilidade do Estado que realiza as violações, quanto da nação onde esses abusos ocorrem ou se manifestam”.
Jornalistas no exílio, defendeu Khan, precisam proteção mais eficazes contra ataques de natureza física e digital, vistos de emergência e autorização de trabalho dos governos anfitriões.
Profissionais da imprensa, definiu, não devem ser tratados como “peões políticos, mas como seres humanos em perigo que, a um grande custo para si mesmos, contribuem para a realização do direito humano à informação”.
Khan propôs, informa a ONU News, que os países tratem da situação dos jornalistas no exílio com foco nos direitos e no ser humano.
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Jornalistas no exílio merecem proteção especial, defende relatora da ONU - Instituto Humanitas Unisinos - IHU