08 Mai 2024
Moramos ao lado de escola municipal que cedeu suas instalações para abrigar flagelados que tiveram suas casas invadidas pelas águas do Rio dos Sinos.
O artigo é de Edelberto Behs.
Durante o dia, é incrível ouvir a voz da cachorrada que está abrigada no colégio. Durante o dia, passeiam pelo pátio, tomam banho de sol. Gosto de cachorros, principalmente os de rua, que sobrevivem nesses tempos de agruras; mas também gosto de cavalos e gatos. Acho incrível, louvável, que esse pessoal que vê suas casas invadidas, salvem cães e os trazem aos abrigos improvisados.
É uma sinfonia maravilhosa. Um cachorro late, outros tantos respondem. Só saber que eles e suas “famílias” estão sob um teto seguro, alimentados por doações de moradores da cidade, traz um sentimento de alegria e de solidariedade que, no dia-dia normal, parecem esquecidos. É impressionante constatar quanto de ajuda recebem!
A cachorrada late. Anuncia vida. À noite, acreditem, quase impera o silêncio. Cães procuram se calar. É como se entendessem: “Não vamos atrapalhar o sono da vizinhança”. É incrível, esse pessoal flagelado lembrar dos seus cães e trazê-los aos abrigos. Seria tão fácil largá-los ao deus dará, mas não, são partes da família.
Eu fico me perguntando: essas famílias são fiéis aos seus cães ou os cães não esquecem de seus progenitores? Bem por isso, São Franciso as abençoa. As famílias e os cães. Elas merecem, eles também.
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A bênção, São Francisco. Artigo de Edelberto Behs - Instituto Humanitas Unisinos - IHU