02 Outubro 2023
Um estudo recente publicado na revista One Earth descobriu que as pessoas que vivem em bairros de baixa renda estão mais propensas a sofrer de estresse térmico.
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 29-09-2023.
TC Chakraborty, pesquisador do Pacific Northwest National Laboratory e autor principal do estudo, analisou dados de 481 cidades dos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que os bairros de baixa renda tinham temperaturas médias mais altas e umidade mais alta do que os bairros de alta renda.
Essas condições criam um ambiente mais propício para o estresse térmico.
O estresse térmico é uma condição que ocorre quando o corpo não consegue regular sua temperatura interna. Isso pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo insolação, exaustão por calor e cãibras musculares.
O corpo humano regula sua temperatura interna através da transpiração. Quando o corpo está quente, ele libera suor para evaporar na pele. A evaporação do suor ajuda a resfriar o corpo.
No entanto, quando o corpo está exposto a temperaturas muito altas ou umidade muito alta, a transpiração não é suficiente para resfriar o corpo. Isso pode levar a um aumento da temperatura corporal, que pode ser prejudicial à saúde.
O estresse térmico é um risco para a saúde das pessoas porque pode causar:
O estresse térmico pode piorar condições de saúde preexistentes, como doenças cardíacas, pulmonares e diabetes.
Além das pessoas afetadas pela desigualdade social e racial, também que estão mais propensas a sofrer de estresse térmico:
O estresse térmico é um problema sério de saúde pública e o estudo destaca a desigualdade social como um fator de risco importante.
Para abordar esse problema, é necessário tomar medidas para reduzir a desigualdade social e melhorar as condições de vida nos bairros de baixa renda.
TC Chakraborty et al., Residential segregation and outdoor urban moist heat stress disparities in the United States, One Earth (2023).