“Como Igreja e sociedade ucraniana, rejeitamos e consideramos inaceitável qualquer manifestação de apoio ao ‘Russkij mir’ (‘mundo russo’, ed), que trouxe tanta dor e sofrimento à nossa terra e às nossas famílias”. Até o presidente da Conferência Episcopal da Igreja Católica Latina na Ucrânia, Mons. Vitalij Skomarovskyi, posiciona-se sobre as palavras proferidas pelo Papa Francisco aos jovens católicos russos no último sábado, em videoconferência. 

A informação é publicada por SIR, 29-08-2023. 

“A menção à ‘grande Rússia’, com a sua grande cultura e humanidade – explica o bispo num comunicado divulgado hoje –, infelizmente testemunha a continuação da existência do mito do humanismo e da grandeza de um Estado, que durante 9 anos guerra sangrenta e brutal contra a Ucrânia. As declarações citadas são dolorosas e preocupantes para nós." 

Neste ponto, o comunicado acrescenta: “Tendo em conta e recordando tudo o que o Papa Francisco fez e está fazendo pela Ucrânia, não temos dúvidas sobre o seu apoio ao nosso povo. Expresse este apoio constantemente e em voz alta, não permitindo que o mundo esqueça o sofrimento do povo ucraniano. Estamos convencidos de que tais mal-entendidos são causados ​​pela falta de um diálogo adequado entre o Papa e a Ucrânia, a nível eclesiástico e diplomático. Esperamos que a reacção da sociedade ucraniana às palavras acima mencionadas ajude a corrigir a situação agora e a evitar mal-entendidos no futuro”. 

Os bispos lançam, portanto, um convite à população ucraniana: “Convidamos os nossos fiéis e pessoas de boa vontade a não nos limitarmos às declarações individuais do Santo Padre, mas a manifestarmos a sua solidariedade com a Ucrânia nas suas ações".

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