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“As previsões são graves”, diz Philip Fearnside sobre o aquecimento global na Amazônia

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03 Agosto 2023

Em entrevista à Amazônia Real, um dos maiores especialistas em mudança climática do mundo explica a chegada do El Niño e as ondas de calor que diversas cidades na Europa enfrentam. O cientista ressalta o que é esperado a respeito dos impactos do fenômeno junto com a temporada de queimadas na Amazônia.

A entrevista é de Wérica Lima, publicada por Amazônia Real, 01-08-2023.

Fenômeno climático que ocorre há milhares de anos, o El Niño aumenta em frequência devido ao efeito estufa provocado pelas emissões humanas e causa ondas de calor acima das registradas em décadas anteriores.

Este ano, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa), dos Estados Unidos, registrou a mais alta temperatura na superfície do oceano em 41 anos. Em abril, a temperatura do oceano chegou a 21,1 graus, a mais alta desde 1982. Em julho, a temperatura voltou a crescer e bater novamente os 21 graus. Os registros do Noaa ilustram que desde 2016 o aquecimento do oceano sobe desenfreadamente, com picos nos últimos anos.

Na Amazônia, vários exemplos mostram mudanças no modo de vida das populações tradicionais, ribeirinhas e indígenas, indicando alterações no clima. Como um dos exemplos, pescadores não conseguem mais prever a subida e a descida dos rios. O açaí, fruto amazônico com importância no mercado internacional, também é afetado.

O cientista Philip Fearnside, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e colunista na Amazônia Real, dedica a vida a alertar sobre o impacto destrutivo dos grandes empreendimentos na região.

Altamente reconhecido e sendo o segundo autor mais citado em aquecimento global do mundo, Fearnside ressalta diversos estudos que preveem que a Amazônia e o Brasil, até o fim do século, terão secas sem precedentes e estarão com uma temperatura quatro graus acima da média atual.

Pós-Bolsonaro, pesquisadores questionam se o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), responsável por derrubar as taxas da destruição florestal entre os anos 2000 e 2010, será suficiente para o Brasil conseguir diminuir as emissões e zerar o desmatamento.

Apesar do relançamento do PPCDAm em junho e de haver uma queda no desmatamento da Amazônia em até 33,6% nos seis primeiros meses de 2023 em comparação ao mesmo período em 2022, os focos de queimadas já superam os do ano anterior.

Este ano, o Mato Grosso é o estado mais afetado de janeiro a julho, com um aumento de 20% de focos com relação a 2022. Além do aumento significativo, Mato Grosso também concentra quase metade de todos os focos de calor na Amazônia Legal, com 43,8% de todas as queimadas.

Unida a um El Niño mais intenso devido às emissões, a temporada de fogo na Amazônia acende um alerta sobre como os impactos gerados pelo homem podem contribuir para destruições e avanço na fronteira do desmatamento.

Alertas de desmatamento na região da AMACRO de 01 de janeiro a 31 de julho de 2023 na plataforma do Greenpeace. (Imagem: Reprodução | Amazônia Real)

Eis a entrevista.

Qual é a explicação para o El Niño?

O El Niño resulta do aquecimento de água na superfície do Oceano Pacífico perto da linha do Equador. Isso afeta as correntes de ar, alterando o clima em diferentes partes do mundo. No sul do Brasil, por exemplo, o resultado são inundações no lugar de secas. Os impactos podem ser diferentes dependendo de qual parte do Pacífico equatorial esquenta. Por exemplo, a parte central versus a parte oriental. Os impactos na Amazônia também dependem da combinação das temperaturas de água no Pacífico com as temperaturas no Atlântico.

Como o senhor avalia o fenômeno esse ano? Ele vai ser muito forte e pode ser comparado com o El Niño Godzilla, de 2016?

O aquecimento no Oceano Pacífico é forte e, também, está ocorrendo cedo, indicando um grande impacto. A temperatura da superfície do mar está bem acima do normal em uma faixa que se estende praticamente de um lado ao outro do Pacífico na região equatorial. As grandes ondas de calor ocorrendo neste momento na Europa e na América do Norte são consistentes com um El Niño forte.

Quais são os impactos do El Niño sobre as regiões onde há muita queimada?

A Amazônia fica mais quente e mais seca. Isso leva à morte de árvores em pé pela combinação de seca e calor, sendo que qualquer planta precisa de mais água se a temperatura aumenta. Também leva a incêndios florestais, que matam mais árvores. As secas do El Niño normalmente afetam mais a parte norte da Amazônia, Roraima sendo o lugar mais famoso para incêndios florestais. No entanto, às vezes as secas se estendem até a parte sudoeste da região, como ocorreu em 2015, quando houve grandes incêndios no Acre.

Há uma estimativa do tempo de duração do El Niño este ano?

Este El Niño provavelmente vai se estender para a primeira parte de 2024. Os primeiros meses do ano são época chuvosa na maior parte da Amazônia, que é ao sul do Equador, assim atenuando o impacto. No entanto, em Roraima, ao norte do Equador, esses meses são de época seca, agravando o impacto.

Quais regiões da Amazônia devem ter uma atenção maior durante este período?

Este El Niño está previsto atingir todos os estados da Amazônia brasileira. A generalização de que o resultado é seca e que é mais forte na parte norte é o normal, mas nem sempre acerta para todos os locais. Por exemplo, o Vale do Javari às vezes tem mais chuva quando outras partes da Amazônia estão sofrendo secas provocadas pelo El Niño.

Os impactos do El Niño e a frequência com que ele ocorre podem ser intensificados com o aumento do aquecimento global e do desmatamento na Amazônia?

Embora o El Niño seja um fenômeno natural que ocorre há muitos milhares de anos, sem o impacto do aquecimento global antropogênico, este fenômeno está aumentando em frequência devido ao efeito estufa provocado pelas emissões humanas. Antes de 1975 os eventos de aquecimento da água no Pacífico eram menos frequentes do que depois daquele ano. O aumento de frequência é estatisticamente significativo, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) alertou no seu relatório de 1995 que isto indicava que algo havia mudado no sistema global. Foi só no relatório de 2013 que o IPCC conseguiu mostrar que a causa era o aquecimento global, e que a frequência do El Niño deve aumentar bastante no futuro na medida em que as emissões de gases de efeito estufa continuam.

Quais as previsões para a Amazônia nas próximas décadas?

As previsões são graves. Um trabalho em 2015 na revista prestigiosa Climatic Change apresentou um modelo climático que projetava futuros “super El Niños”. Em 2022, outro trabalho na revista Climatic Change calculou que, com o 1,2⁰ C de aquecimento atual, a chance de secas muito severas no Brasil já seria quase o dobro do valor histórico e que aumentaria para um valor aproximadamente nove vezes o valor histórico se o aquecimento chegar a 4⁰ C, o que será atingido perto do final deste século se não tiver grande redução das emissões mundiais. Um trabalho em 2022 na revista Environmental Research Letters mostrou que o norte da Amazônia deve enfrentar secas de magnitude “sem precedentes”, ou seja, pior do que qualquer evento até agora. Um trabalho em 2023 na revista Nature Sustainability calculou que a incorporação nos modelos os impactos de eventos extremos e a combinação simultânea de diferentes fontes de estresse, como temperatura e desmatamento, encurtaria o tempo para a floresta amazônica entrar em colapso irreversível em 61,3%. Evidentemente, tudo isto coloca em risco a floresta amazônica, além de muitas vidas humanas. Esse quadro mostra a urgência do Brasil mudar radicalmente as suas ações que aumentam o efeito estufa. Infelizmente, apesar do discurso, o país ainda caminha na direção errada, por exemplo abrindo novos campos de exploração de petróleo e gás na foz do rio Amazonas e promovendo projetos que implicam em grandes emissões a partir do desmatamento, como a rodovia BR-319 e estradas associadas.

Leia mais

  • Como salvar a floresta amazônica? Entrevista com Philip M. Fearnside
  • A vingança de Gaia. Mudanças climáticas e a vulnerabilidade do Planeta. Revista IHU On-Line Nº 171
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