• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Assim o Papa João XXIII abriu a igreja aos direitos humanos e à democracia

Foto: Selver 97 | Canva

Mais Lidos

  • Uma breve oração pelos mortos no massacre no Rio de Janeiro: “Nossa Senhora da minha escuridão, que me perdoe por gostar dos des-heróis”

    LER MAIS
  • “É muito normal ouvir que Jesus está para voltar. Mas quem está no púlpito dizendo que Jesus está para voltar está fazendo aplicações em ações ou investimentos futuros, porque nem ele mesmo acredita que Jesus está para voltar”, afirma o historiador

    Reflexão para o Dia dos Mortos: “Num mundo onde a experiência fundamentalista ensina o fiel a olhar o outro como inimigo, tudo se torna bestial”. Entrevista especial com André Chevitarese

    LER MAIS
  • De Rosalía a Hakuna, por que a imagem cristã retornou à música? Artigo de Clara Nuño

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

05 Junho 2023

"Só com o passar do tempo, provavelmente foi possível compreender a extensão da virada promovida pelo Papa Roncalli, que em poucos anos - seu pontificado durou de 1958 a 1963, conseguiu projetar a Igreja na modernidade", escreve Francesco Peloso, jornalista, em artigo publicado por Domani, 03-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O reconhecimento dos direitos humanos contidos na Carta das Nações Unidas de 1948 entendido como progresso geral da humanidade, a plena consonância entre doutrina católica e democracia, a ascensão das classes trabalhadoras como fator caracterizador da época moderna, o fim da ideologia colonialista pela qual existiam povos dominadores e povos dominados, o fato novo do protagonismo das mulheres na vida pública: são alguns dos traços fundamentais do legado que João XXIII deixou à Igreja e ao catolicismo modernos.

Para reencontrá-los e percorrê-los, em sua profética visão, basta consultar a famosa encíclica Pacem in terris, de 1963, na qual Roncalli, de quem se celebra neste 3 de junho o sexagésimo aniversário de morte, indicou à Igreja o caminho a seguir na nova época que se ia desenhando nas primeiras décadas do pós-guerra, colocando-se, de fato, na escuta dos “sinais dos tempos”.

Fim do antissemitismo católico

O papa que convocou o Concílio Vaticano II também conseguiu, como diplomata, como representante pontifício na Turquia, entre os anos anteriores à Segunda Guerra Mundial e depois durante a guerra, colocar a salvo milhares de judeus, fornecendo-lhes documentos falsos para fazê-los expatriar.

Uma experiência que terá uma continuação nas decisões tomadas quando foi eleito papa, quando quis abolir a fórmula dos "pérfidos judeus" da liturgia da Sexta-Feira Santa. E se o Concílio de 1965, com a declaração Nostra Aetate, finalmente chegou a cancelar a acusação de deicídio dirigida contra os judeus que perdurava há séculos, fornecendo a base comum para as perseguições antijudaicas, sem dúvida isso se deve em parte significativa à ação e ao magistério, portanto à herança, de João XXIII.

Mas há ainda mais, no documento conciliar de fato afirma-se: “Além disso, a Igreja, que reprova quaisquer perseguições contra quaisquer homens, lembrada do seu comum patrimônio com os judeus, e levada não por razões políticas mas pela religiosa caridade evangélica, deplora todos os ódios, perseguições e manifestações de antissemitismo, seja qual for o tempo em que isso sucedeu e seja quem for a pessoa que isso promoveu contra os judeus.".

Diplomata em Istambul

Nesse sentido, na biografia do futuro Papa, foi certamente decisiva a experiência diplomática a que acenamos, vivida num período dramático da história europeia e mundial. Em 1934, Ângelo Roncalli é nomeado vigário apostólico na Turquia e delegado para a Grécia.

A Turquia, durante os anos das perseguições nazistas, tornou-se uma terra de salvação para muitos judeus e o núncio Roncalli, nesse contexto, engaja-se pessoalmente oferecendo assistência à Agência Judaica e trabalhando para que fossem obtidos vistos de trânsito para inúmeras famílias de origem judaica. Uma atividade que se intensificará a partir de agosto de 1938, ou seja, quando entrará em contato com o novo embaixador da Alemanha em Istambul, Franz von Papen, ex-chanceler da República de Weimar, e ex-vice-chanceler de Hitler de 1933 a 1934. É a ele que, entre outros, Mons. Roncalli pedirá ajuda.

O embaixador alemão testemunhou que "vinte e quatro mil judeus foram ajudados" naqueles anos.

Em 1939 estoura a Segunda Guerra Mundial e Roncalli desfruta para a sua obra de uma parte da neutralidade turca e, ao mesmo tempo, da confiança conquistada junto alguns embaixadores das potências alia das. Em seu diário espiritual, o “Giornale dell'Anima” escreveu um dia: “Pobres filhos de Israel.

Eu ouço cotidianamente seus gemidos ao meu redor. Sinto pena deles e faço o meu melhor para os ajudar".

Ficou famoso o episódio do navio com crianças judias alemãs que chegou ao porto de Istambul durante a guerra. A Turquia, com base em sua própria neutralidade, deveria ter enviado essas crianças de volta para a Alemanha, mas Roncalli conseguiu evitar a deportação e salvá-las. A atividade a favor dos judeus pelo núncio, continuou até o fim do conflito, assim, vinte anos depois, o Concílio, inspirado por João XXIII, colocava uma lápide sobre o antissemitismo e, na própria Nostra Aetate, abria ao diálogo com as outras fés e tradições espirituais.

A dignidade da mulher

Só com o passar do tempo, provavelmente foi possível compreender a extensão da virada promovida pelo Papa Roncalli, que em poucos anos - seu pontificado durou de 1958 a 1963, conseguiu projetar a Igreja na modernidade.

No entanto, é verdade que o catolicismo social e político já havia aberto o caminho para a mudança, por exemplo, na Itália com Dom Luigi Sturzo, o partido popular, a democracia-cristã, Alcide De Gasperi, ou - em nível europeu - os pais fundadores da comunidade europeia, juntamente com o próprio De Gasperi, Jean Monnet e Robert Schuman. De fato, pode-se dizer, em certos aspectos, que o laicato católico empenhado tornou possível a novidade do Vaticano II, e aquele traço de uma Europa que busca caminhos de convivência e de paz após os imensos massacres da guerra, deixou sua marca. Mas certamente, João XXIII traz para o plano geral, da doutrina, do magistério da igreja, transformações tão profundas a ponto de influenciar os tempos futuros.

E a Pacem in terris continua sendo, nesse sentido, um texto de surpreendente atualidade, por exemplo quando fala do novo protagonismo feminino: “Em segundo lugar – lemos no capítulo dedicado aos “sinais dos tempos” – o fato por demais conhecido, isto é, o ingresso da mulher na vida pública: mais acentuado talvez em povos de civilização cristã; mais tardio, mas já em escala considerável, em povos de outras tradições e cultura. Torna-se a mulher cada vez mais cônscia da própria dignidade humana, não sofre mais ser tratada como um objeto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social". Ainda a referência aos direitos humanos, importantes e, de forma alguma, dados como certos: “Um ato de altíssima relevância efetuado pelas Nações Unidas foi a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada em assembleia geral, aos 10 de dezembro de 1948. No preâmbulo desta Declaração proclama-se, como ideal a ser demandado por todos os povos e por todas as nações, o efetivo reconhecimento e salvaguarda daqueles direitos e das respectivas liberdades”.

O universalismo dos direitos humanos e o universalismo católico, portanto, podiam se encontrar e trilhar um caminho comum, reconhecendo-se como parte de uma mesma história.

Leia mais

  • Não o chamem de papa bom: o Papa Roncalli fez a revolução. Artigo de Marco Boato
  • João XXIII morria há 60 anos. Sua vida pela Igreja e pela paz
  • Do arrependimento à reparação. João XXIII e a 'Nostra aetate'
  • Pacem in Terris: 60 anos de uma encíclica atual, profunda e sempre válida
  • De João XXIII ao papa Francisco, a “Pacem in terris” completa 60 anos
  • Assim nasceu a encíclica do diálogo
  • “Lembre a todos que a verdadeira paz requer corresponsabilidade”. Entrevista com Vincenzo Buonomo
  • Pacem in Terris, canteiro de obras aberto. Artigo de Tonio Dell’Olio
  • Pacem in terris, Dom Betazzi e os 60 anos de uma revolução. Veja o vídeo
  • Pacem in Terris, 60 anos depois (1963-2023): atualidades e contribuições fundamentais
  • Pacem in Terris (1963-2023): uma encíclica para a “terceira guerra mundial aos pedaços”
  • Os 60 anos da Pacem in Terris. A surpreendente atualidade de uma encíclica. Artigo de Giannino Piana
  • Fratelli tutti: uma nova Pacem in terris. Artigo de Massimo Borghesi
  • Há 56 anos, João XXIII publicava Pacem in Terris
  • “Pacem in Terris”. Os 56 anos de uma encíclica e a dimensão social do Evangelho. Entrevista especial com Frei Carlos Josaphat
  • Congresso Internacional comemora os 50 anos da Pacem in Terris
  • Pacem in terris: uma semente de concórdia em plena Guerra Fria
  • “Inspiremo-nos na Pacem in Terris”, pedem bispos do Japão
  • Pacem in Terris, uma encíclica para o fim da guerra fria
  • Francisco garante que a Pacem in Terris é “um estímulo à paz”
  • Pacem in terris. A grande encíclica de João XXIII completa 50 anos
  • Pacem in Terris: uma visão de paz
  • O mundo 50 anos depois da ''Pacem in Terris''
  • Em meio a temores nucleares, lembremos um papa que ajudou a evitar o Armagedom
  • Concílio, 60 anos depois do anúncio de João XXIII: uma decisão inspirada para atualizar a Igreja
  • João XXIII, primavera na Igreja. Artigo de Juan José Tamayo
  • Quando João XXIII recebeu o primaz anglicano: e não tiraram uma foto
  • A primavera da Igreja: Francisco vive desafios semelhantes àqueles que João XXIII com tanto acerto enfrentou
  • ''João XXIII fez uma reviravolta na história da Igreja.'' Artigo de Joseph Ratzinger

Notícias relacionadas

  • Quando os papas visitam os presos

    Duas são as imagens-símbolo dos papas nas prisões: João XXIII que conta aos detentos do Regina Coeli sobre um parente seu que [...]

    LER MAIS
  • João XXIII, “il Papa buono”, faleceu no dia 3 de junho de 1963

    LER MAIS
  • Não me ''re-Concílio''. Uma viagem entre os católicos tradicionalistas

    "Fundamentalismo" – uma cunhagem do início do século XX do cristianismo batista do Sul dos EUA, que reivindicava a defesa dos [...]

    LER MAIS
  • Por que não se reconciliam? A pesquisa de uma revista jesuíta

    Uma aprofundada investigação da revista dos jesuítas italianos Popoli reconstrói a aversão dos católicos tradicionalistas ao[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados