Alemanha. Caminho Sinodal. Dom Heiner Wilmer pede paciência e calma

D. Heiner Wilmer, atual Bispo de Heildsheim. (Foto: KNA Katholische Nachrichten Agentur)

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07 Março 2023

O bispo de Hildesheim, dom Heiner Wilmer, dehoniano, adverte contra as expectativas muito altas do caminho sinodal, com o qual clérigos e leigos querem reformar a Igreja Católica. O caminho sinodal gostaria de muitas coisas ao mesmo tempo.

A reportagem é de Antonio Dall'Osto, publicada por Settimana News, 05-03-2023.

Antes da quinta e última assembleia sinodal a ser realizada de 9 a 11 de março em Frankfurt, ele disse ao Rheinische Post: "Não é todo dia que homens e mulheres se sentam com os bispos em torno de grandes mesas e discutem entre si. Isso tem gerado grandes expectativas. Eles disseram: 'agora podemos finalmente fazer uma mudança na Igreja'".

Segundo Wilmer, uma grande necessidade de reformas se condensou na Igreja, mas há muita pressa para implementá-las. "Eu", explicou, "sou definitivamente a favor de uma renovação. Temos que seguir em frente, mas estamos muito impacientes. Na Alemanha, às vezes, falta o fôlego longo. Falta vontade de reconhecer que nem tudo se consegue na vida".

O bispo de 61 anos está preocupado com o tom dos recentes debates no caminho sinodal, como o celibato e as mulheres nos ministérios ordenados. "Certamente não tenho medo de discussões, sempre houve algumas, até os Atos dos Apóstolos falam sobre isso". As disputas são sempre um sinal de intensa participação. “Mas depende de como o fazemos. E espero que agora não estraguemos tudo”.

Para isso, ele foi para Frankfurt com "sentimentos confusos". Em sua opinião, o caminho sinodal, como está se desenvolvendo, “nos mudou definitivamente, não importa como e onde termina. A Igreja Católica na Alemanha já é diferente agora e continuará mudando”.

Mas, “em termos de participação, a Igreja ainda está em sua infância. Na Igreja Católica, somos basicamente uma grande associação de pessoas que estão fazendo sua primeira experiência com a participação de todos. Não estou falando da democratização da Igreja, mas do fato de que agora conhecemos elementos democráticos”, enfatizou. “Não precisamos ter medo. O fato é que o clima se intensificou emocionalmente. Só desejo uma maior tranquilidade. Isso não significa menos seriedade; apenas menos drama”.

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